Vila Real voltou a encantar

Por a 5 Julho 2022 12:00

Finalmente de volta! Era o sentimento que reinava na quinta feira em que as pessoas que apenas se juntam para as corridas voltaram a reunir-se passado dois anos de ausência. Esta comunhão que existe no intenso fim de semana, fomenta amizades que perduram e que a Pandemia impediu. Foi um sentimento bonito de se assistir, tão bonito como o pódio final. Tiago Monteiro não festejou, mas o público apareceu na mesma para festejar com os pilotos, para aplaudir Monteiro que foi convidado a subir ao pódio com os vencedores e para cantar o Hino Nacional. Estas reações espontâneas são fundamentais para dar força ao evento. É por isto que o WTCR gosta de vir a Vila Real e com esta grande festa, o lugar da “Bila” no calendário nunca será questionado. Mesmo logo na quinta feira, com a parada dos carros do WTCR pelas ruas da cidade, pilotos, organização e fãs ficaram encantados com as imagens e os “Burnouts” dos pilotos. Vila Real mostrou estar bem de saúde e por isso, fez questão de exigir mais do WTCR, uma competição que precisa rapidamente de um novo rumo, pois corridas canceladas e grelhas curtas não são um bom cartaz para uma taça do mundo.

Desportivamente, vimos boas corridas nos Clássicos (domínio de Joaquim Jorge), 1300 (Bruno Pires em grande) e Legends (vitórias à geral de Luís Barros e Nuno Batista). Vimos o bonito gesto de Bruno Pires nos 1300, vimos lutas intensas, máquinas icónicas. Os campeonatos da ANPAC vestiram-se de gala para a grande festa e não desiludiram, tal como no KIA GT CUP onde os pilotos da casa (Pedro Alves e Manuel Fernandes Jr.) não deram hipóteses a ninguém.

No CPV, os TCR pareciam favoritos, dada a maior agilidade e maior capacidade no ataque os corretores das chicanes face aos GT4 mais pesados, mas tanto Francisco Mora como Daniel Teixeira, não conseguiram materializar o excelente andamento em resultados, por culpa do azar (problemas técnicos e acidentes). Quem mostrou também um excelente andamento foi a dupla Fábio Mota (que correu com o pai no CPV1300) e Bruno Pires, apesar do BoP muito castrador, impuseram sempre um grande ritmo. Francisco Carvalho (35 anos de carreira e a competir no CPV e nos KIA) e Miguel Cristóvão foram também rápidos, a dupla Pedro Salvador e André Pimenta teve azar na primeira, mas dominou na segunda corrida (Salvador já tem uma coleção invejável de troféus de Vila Real, parecendo um embaixador do Barro de Bisalhães) e a dupla de Oliveiras vinda das duas rodas gostou do desafio e aproveitou azares alheios para vencer na sua categoria. Os Ginetta tiveram vários problemas ao longo do fim de semana, mas foram máquinas agradáveis de ver em pista tal com o novo Elantra da Sports & You de António Coimbra e Luís Silva. Foi bom ver a variedade de máquinas, mas uma grelha de GT4 bem composta ficaria “a matar” nas ruas de Vila Real. Que os promotores e a FPAK tenham coragem de manter regulamentos, apostar a sério neste novo formato e permitir que se façam investimentos para melhorar as nossas grelhas.

No WTCR, Lynk & Co em grande, apesar da azia de Yann Ehrlacher na vitória do colega Santiago Urrutia, Rob Huff a mostrar que é o rei dos citadinos, Azcona a manter a liderança e Monteiro a ser um bravo guerreiro, apesar dos resultados longe do desejado.

Por fim, uma palavra à organização (Município, CAVR e APCIVR). Mesmo depois de dois anos de paragem, tudo decorreu lindamente, sem se notar muito a “ferrugem” da pausa forçada. Um nível de organização notável, com estrelas anónimas que deram tudo pelo evento. Mais um grande acidente resolvido com mestria (trocar rails deve ser desporto de fim de semana na “Bila”, tal a rapidez com que se fazem), o programa foi cumprido sem sobressaltos ou atrasos e todos foram recebidos calorosamente. Há sempre pormenores a melhorar e a paragem talvez tenha interrompido incrementos necessários, mas a forma como tudo fluiu é uma excelente base para o futuro. A alegria no rosto das pessoas dizia tudo. No final, dizia-se em tom de brincadeira: “quinta feira começamos isto de novo certo? Fácil!”. Quem conhece a máquina que está por trás deste evento entende a dedicação e o empenho que todos têm para fazer o melhor possível. É por isso que o apelo do Presidente da Câmara deve ser ouvido com atenção. Esta festa é já maior do que a cidade que a recebe. É uma festa nacional importante que deve ser preservada. A “Bila” voltou em grande queremos mais para o ano.

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