Yvan Muller, atual piloto da Citroën no WTCC, revelou que esteve prestes a trocar o Campeonato do Mundo de Turismo pelo Mundial de Ralicross em 2016 antes de aceitar a oferta da marca francesa para continuar com a equipa durante mais um ano.
O tetracampeão é parte integrante do campeonato desde 2006 e membro da Citroën desde 2014, tendo terminado as duas últimas épocas como vice-campeão, atrás do argentino e colega de equipa Jose Maria Lopez.
Com a incerteza a rodear os planos da Citroën, que acabou por escolher apenas um programa desportivo, o Mundial de Ralis, Muller admitiu que esteve muito próximo de experimentar uma nova aventura ‘mundial’ em dez anos.
“Se a Citroën não me tivesse oferecido continuar com eles durante mais um ano antes de retirar o seu apoio de fábrica, teria assinado um contrato para uma temporada inteira no Mundial de Ralicross”, afirmou o piloto de 46 anos ao motorsport.com.
“Decidi continuar porque se olhares para a minha carreira fui sempre fiel aos programas das equipas de fábrica até ao fim dos seus programas, com a Vauxhall no BTCC, e a Seat e a Chevrolet no WTCC”.
Sobre se o ralicross será então uma hipótese a considerar após o final desta temporada, Muller disse apenas que neste momento não se encontra a pensar “para lá” de 2016. “Vou começar a pensar no meu futuro no verão. NEstou numa fase da minha carreira em que já não tremo quanto ao futuro”.
Sobre a redução da frota de C-Elysée, Muller diz que isso não o preocupa: “Obviamente que teremos menos carros, mas na prática isso não muda muito. No ano passado, os dados recolhidos pela equipa não eram transmitidos entre os três pilotos, excepção feita a Ma Qing Hua.
“A saída do Sébastien não é positiva, mas penso que podemos compensá-la com a experiência e uma boa compreensão do carro”.
Apesar de terem falhado apenas oito vitórias nos últimos dois anos, Muller recusou a previsão de que 2016 será novamente um ano de domínio Citroën:
“Não sabemos muito sobre os nossos adversários, em particular a Volvo, cujo nível de desempenho é desconhecido. Por outro lado, sabemos que teremos 80 kg de lastro para as duas primeiras corridas do ano”, concluiu.