World Series by Renault/Mónaco 2007: O dia que Parente ‘arrumou’ Vettel
Depois de Monza e Nurburgring… as estreitas ruas do Principado do Mónaco. E que melhor palco (e assistência!) para Álvaro Parente quebrar finalmente o enguiço – já tinha sido segundo e terceiro – e estrear- se a vencer na temporada de 2007 das World Series by Renault, competição que ganharia. Sebastian Vettel, que desta feita foi batido pelo português, já estava a preparar-se para se estrear com a BMW Sauber F1 Team na Fórmula 1, e nem sequer terminou o campeonato.
O primeiro sinal de que aquele poderia ser um fim-de-semana perfeito foi dado nos treinos cronometrados, numa sessão onde o português até nem precisou de realizar a volta mais rápida para se apoderar da “pole position”. É que Salvador Duran fez o seu melhor crono numa altura em que estavam a ser mostradas bandeiras amarelas… precisamente no local onde Parente se tinha despistado momentos antes, pelo que o Colégio deComissários Desportivos declarou nulo o último tempo do mexicano, devolvendo a “pole” ao português. «Tive pena de não a conseguir na pista, até porque teria baixado cerca de quatro décimos de segundo ao meu melhor tempo na volta que acabei por não completar… Aquela em que acabei por bater », recordou.
Felizmente, os percalços de Álvaro Parente terminaram por ali e na corrida, pouco antes da partida do Grande Prémio de Fórmula 1, o portuense da Tech 1 Racing fez questão de mostrar por que era considerado um dos mais jovens e promissores pilotos da altura. Confiando em absoluto nas afinações
do seu monolugar, Álvaro Parente realizou uma largada perfeita: «Deixei-me estar no interior da pista para ganhar a posição». Mas logo depois, entra o “safety car” em pista. «A partir daí, mal saiu de pista, mantive a liderança e consegui mesmo abrir algum espaço para os meus perseguidores directos », casos de Sebastian Vettel e Salvador Duran, respectivamente segundo e terceiro no final.
Contudo, a fase final da corrida revelou-se bastante mais complicada e Parente foi mesmo obrigado a controlar os seus adversários: «Nas últimas voltas, o carro deixou de ter o mesmo equilíbrio e começou a sair muito de frente nas curvas mais lentas. Felizmente, continuei a ter uma boa saída nas curvas, pelo que mesmo pressionado pelo Vettel consegui controlar a vantagem até final e confirmar o meu terceiro – e mais saboroso – pódio da época », resumiu, naturalmente efusivo. De resto, só foi mesmo pena que o segundo lugar tenha mesma ficado na posse do piloto da Carlin Motorsport, Sebastian Vettel, que assim logrou manter o comando do campeonato, mesmo se apenas com mais sete pontos do que Parente. «Agora é continuar a trabalhar e tentar repetir esta vitória noutras provas. Por exemplo, já na próxima, que se disputa numa pista (Hungaroring) que ninguém conhece », disse Parente na altura.
Albuquerque fora dos pontos
No plano oposto de Parente, Filipe Albuquerque acabou por pagar bem caro o erro cometido ainda nos treinos livres de quinta-feira, quando fez um pião e embateu com o seu Formula Renault 3.5 no muro, o que depois se reflectiu nos treinos cronometrados. Ao sair apenas do 14º lugar da grelha, o piloto da Red Bull Junior Team teve, como se imagina, uma corrida difícil, vindo ainda assim a recuperar três posições, até ao 11º lugar final, embora à custa dos incidentes que envolveram Clivio Piccione, Charlie Kimball, e Fairuz Fauzy: «Numa pista tão particular como a do Mónaco, onde as ultrapassagens são tarefa quase impossível, tudo dependia do desempenho dos meus adversários. Infelizmente, nenhum deles cometeu erros que me permitissem subirmais posições na tabela. Assim, tive mesmo que me contentar com este lugar», resumiu o piloto Coimbra, que assim não somou quaisquer pontos para o campeonato. «Agora é olhar em frente e procurar fazer melhor na próxima prova», prometeu.
Corrida: 1º Álvaro Parente (Tech 1 Racing) 25 voltas em 37m48,007s; 2º Sebastian Vettel (Carlin Motorsport), a 1,273s; 3º Salvador Duran (Interwetten.com) a 7,190s; 4º Milos Pavlovic (Draco), a 7,893s; 5º Van der Garde (Victory), a 30,224s; 6º Ben Hanley (Prema); 30,595s; 7º Mikhail Aleshin (Carlin Motorsport), a 31,934s; 8º Davide Valsecchi (Epsilon), a 37,889s; 9º Guillaume Moreau (KTR), a 38,542s; 10º Marco Bonanomi (RC Motorsport) a 39,546s; 11º Filipe Albuquerque (Epsilon), a 41,048s. Campeonato: 1º S. Vettel, 58 Pontos; 2º A. Parente, 51; 3º F. Albuquerque, 29; 4ºs M. Aleshin e M. Pavlovic 27.
Foi pena Portugal não ter nenhuma empresa que apostasse a sério nestes 2 pilotos. Teriam chegado facilmente à F1 e teriam brilhado.
E com o parente aind houve vergonha o turismo de algarve a dar de fuga com o dinheiro e o parente ate ja tinja sido anunciado como piloto de teste da virquin. Sabe se la o que teria acontecido depois disso…
Masbo que se sabe agora é que eles os dois sao pilotos muito bons onde por onde andem sao pilotos a bater e andam sempre em lugares de vencer. Pilotos tops mundiais.
Estes dois pilotos e o Félix da Costa, se tivessem tido apoios, teriam lugar garantido na F1 e provavelmente em equipas boas, mesmo que do meio da tabela, mas a pontuarem de foema consistente.
Infelizmente, para os pilotos Portugueses, o automobilismo não se pratica com uma bola ou prancha de surf.