WEC: Vitória confortável da Toyota nas 6 Horas de Portimão
Foi uma vitória confortável da Toyota na classe Hypercar nas 6 Horas de Portimão com o GR010 Hybrid #8 da Toyota Gazoo Racing de Sébastien Buemi, Brendon Hartley e Ryo Hirakawa sobre o Ferrari 499P #50 da Ferrari AF Corse de Antonio Fuoco, Miguel Molina e Nicklas Nielsen e o Porsche 963 #6 da Porsche Penske Motorsport de Kévn Estre, André Lotterer e Laurens Vanthoor. Brendon Hartley foi o piloto escolhido para estar aos comandos do carro nipónico no último turno de condução, terminando com 1 volta de diferença para o Hypercar italiano.
Se na classe principal, apesar de muitos problemas com vários carros e lutas entre outras posições mais atrás na classificação, a diferença da Toyota para os restantes carros foi suficiente para vencer pela segunda vez consecutiva na temporada (com carros diferentes), nas restantes duas classes as lutas foram mais intensas. Em LMP2 a United Autosports acabou por conquistar o 1-2, com vitória para o #23 de Josh Pierson, Giedo van der Garde e Oliver Jarvis. O Oreca #22 de Philip Hanson, Frederick Lubin e Ben Hanley e o Oreca #41 de Rui Andrade, Louis Delétraz e Robert Kubica fecharam o pódio.
Em GTE-Am foi o Chevrolet Corvette C8.R #33 da Corvette Racing de Nicky Catsburg, Ben Keating e Nicolás Varrone muito pressionado pelo Ferrari 488 GTE Evo #33 da Corvete Racing de Luis Pérez Companc, Alessio Rovera e Lilou Wadoux até às últimas voltas da corrida. A tripulação do Porsche 911 RSR – 19 #85 da Iron Dames composta por Sarah Bovy, Rahel Frey e Michelle Gatting fechou o pódio.
Em relação aos pilotos portugueses, António Félix da Costa terminou a sua participação na classe LMP2 – em Spa-Francorchamps terá um Porsche 963 para competir na classe Hypercar – com o quinto lugar numa corrida em que a HERTZ TEAM JOTA apostou muito numa estratégia a contar com um Safety Car. No entanto, não correu como desejaríamos, mas a diferença final do piloto luso para o vencedor da prova nesta classe foi de apenas 31.807s.
Miguel Ramos e Guilherme Oliveira, que dividiram o Porsche 911 RSR – 19 #56 da PROJECT 1 – AO com o piloto de fábrica da Porsche Matteo Cairoli, acabaram por pagar alguns excessos do piloto italiano na reta final da prova. Foi uma prova muito sólida dos pilotos portugueses que entregaram o carro a Cairoli no quinto posto e com possibilidade de alcançar um pódio nos LMGTE-Am, mas o piloto da Porsche excedeu os limites de pista e foi penalizado. Terminaram no sexto posto da classe, comprovando que sem a penalização na última hora de corrida, outro resultado seria possível.
Mike Conway no Toyota GR010 Hybrid #7 passou para a liderança após a partida e depois da passagem com alguns toques pela primeira curva do Autódromo Internacional do Algarve. Atrás, o seu companheiro de equipa Sébastien Buemi no Toyota GR010 Hybrid #8, que arrancou da pole position, perdeu outra posição para o Ferrari 499P #51 da Ferrari AF Corse de James Calado, que arrancou da quarta posição. O Porsche 963 #6 da Porsche Penske Motorsport com Laurens Vanthoor ao volante passou para a quinta posição, mantendo o Ferrari 499P #50 com Nicklas Nielsen aos comandos, atrás de si.
Mantendo a pressão sobre James Calado, Buemi alcançou a segunda posição poucas voltas depois do início da corrida, quando Conway já tinha uma vantagem confortável para o restante pelotão e pouco depois Nielsen deixava Vanthoor para trás, ascendendo ao quarto posto da classificação.
Com os dois Ferrari juntos no pelotão, James Calado foi avisado pelo seu engenheiro de corrida para deixar passar o Nielsen, mas o piloto do #51 não concordou e foi-lhe dito para aumentar o ritmo ou iria mesmo ter de dar passagem ao carro-irmão. A ultrapassagem do #50 acabou por acontecer, mas porque Calado abriu demasiado a porta quando ultrapassava um carro de outra classe.
Perto do final da primeira hora, Buemi alcançou o seu companheiro de equipa de Conway, até que este parou e deixou o piloto suíço na liderança da corrida.
Em LMP2, Sean Gelael no Oreca #31 da WRT saltou para a liderança da classificação nesta classe, com Doriane Pin no segundo lugar aos comandos do Oreca #63 da Prema Racing. António Félix da Costa foi o piloto escolhido para o primeiro turno no Oreca #48 da Hertz Team Jota e passou a rodar na quinta classificação nesta classe.
Gelael foi ultrapassado quando a corrida se encaminhava para a passagem pela primeira meia hora, passando Ben Hanley no Oreca #22 da United Autosports, que entretanto tinha deixado Pin para trás antes de alcançar a liderança da classe. Aproveitando algumas dificuldades do piloto da WRT nesta fase da corrida, Giedo van der Garde no #33 também da United copiou a manobra de Hanley e ascendeu ao segundo lugar.
Um dos carros em destaque nos treinos livres, o Oreca #10 da Vector Sport com Ryan Cullen ao volante teve problemas e teve de parar na box.
Após as primeiras paragens, Félix da Costa passou para a terceira posição nos LMP2, enquanto Giedo van der Garde no #33 passou a liderar a classificação.
Nos GTE-Am também Miguel Ramos iniciou a corrida aos comanso dos Porsche 911 RSR – 19 #56 da Project 1 – AO. Na frente do pelotão, Diego Alessi no Ferrari 488 GTE Evo #21 da AF Corse ultrapassou o polesitter Ben Keating no Chevrolet Corvette C8.R #33 da Corvette Racing, enquanto Sarah Bovy no Porsche 911 RSR – 19 #85 da Iron Dames perseguiu o piloto do Chevrolet tentando alcançar o segundo posto. Depois de 40 minutos a pressionar Keating, Bovy ultrapassou o Corvette C8.R e ascendeu ao segundo posto dos GTE-Am.
O Toyota GR010 Hybrid #7 de Mike Conway, Kamui Kobayashi e Jose Maria Lopez ficou afastado da discussão pela vitória nas 6 Horas de Portimão, segunda corrida da temporada do WEC. A equipa nipónica foi obrigada a trocar de transmissão pela FIA, depois de um dos sensores deste componente não transmitir sinal para ser analisada pelos delegados técnicos da entidade federativa. Mike Conway estava no segundo posto, depois de ter liderado durante grande parte da primeira hora, mas o carro #7 perdeu muito tempo parado na box, regressando à pista com um atraso de sete voltas.
Os responsáveis da equipa garantiram que não tinham qualquer problema técnico com o carro, mas foram obrigados a parar por pressão da FIA resolvendo a questão.
Sem qualquer questão no Toyota GR010 Hybrid #8, Sébastien Buemi manteve a liderança herdada na primeira hora e entrando Ryo Hirakawa para o cockpit do carro japonês, continuou na frente do pelotão, com o Ferrari 499P #50 de Nicklas Nielsen e James Calado no Ferrari #51. No entanto, a Ferrari AF Corse também não teve a vida facilitada, perdendo algum tempo com o carro #51 por causa de problemas com os travões. Assim, o Porsche 963 #6 da Porsche Penske Motorsport de Kévin Estre passou para o terceiro lugar da classificação.
O primeiro período de Safety Car das 6 Horas de Portimão aconteceu a pouco mais de uma hora do fim da segunda prova da temporada do WEC, quando explodiu um disco de travão do Vanwall Vandervell 680 #4 da Floyd Vanwall Racing Team conduzido por Jacques Villeneuve que levou o carro a embater nas proteções do Autódromo Internacional do Algarve. Esta situação pode alterar a classificação devida a algumas escolhas estratégicas.
Depois do Toyota GR010 Hybrid #7 de Mike Conway, Kamui Kobayashi e Jose Maria Lopez ter perdido algumas voltas por causa de um sensor e de o Ferrari 499P #51 da Ferrari AF Corse de Alessandro Pier Guidi, James Calado, Antonio Giovinazzi ter tido problemas de travões, o Porsche 963 #5 de Dane Cameron, Michael Christensen e Frederic Makowiecki também ficou parado dentro da box da Porsche Penske Motorsport a cerca de 1h40 para o final da corrida com problemas de direção que levou a uma troca extensa de componentes. Momentos antes, o mesmo carro tinha feito parte da volta em velocidade reduzida para regressar à box, parecendo que tinha ficado sem combustível. Também o Vanwall Vandervell 680 #4 da Floyd Vanwall Racing Team com Jacques Villeneuve ao volante ficou parado em pista para reiniciar os sistemas, o que permitiu ao Toyota GR010 Hybrid #7 regressar a posições pontuáveis.
Se na classe Hypercar o carro líder não teve qualquer problema, na LMP2 o Oreca #22 foi penalizado com 5 segundos acrescentados ao tempo na paragem seguinte por um infração cometida durante um anterior pitstop. Giedo van der Garde, o piloto que esteve em ação no #22, passou quase o turno todo sem comunicação rádio e por isso não sabia o que se estava a passar e por isso não se apercebeu que quando o fizeram entrar para cumprir a penalização e troca de pilotos – a cerca de 1h15 para o fim da prova – sendo um momento de enorme confusão. O #22 perdeu a liderança para o Oreca #63 da Prema Racing com Daniil Kvyat ao volante. Esta classe foi uma das discutidas da corrida.
Nos GTE-Am liderava o Ferrari 488 GTE Evo #21 da AF Corse, mas tinha concorrência de peso atrás de si, nomeadamente o Chevrolet Corvette C8.R #33 da Corvette Racing, o Ferrari #83 da Richard Mille AF Corse e o Porsche 911 RSR – 19 #85 da Iron Dames. Em quinto segue Matteo Cairolli no Porsche 911 RSR – 19 #56 da PROJECT 1 – AO dos pilotos lusos Guilherme Oliveira e Miguel Ramos.
Na fase final da corrida, depois do único período de Safety Car nas 6 Horas de Portimão, a classificação entre os LMP2 foi-se alterando conforme as muitas trocas de posições e algumas penalizações por excessos dos limites de pista, com o Oreca #63 da Prema Racing de Doriane Pin, Mirko Bortolotti e Daniil Kvyat a perder o último posto do pódio com troca com o Oreca #41 de Rui Andrade, Louis Delétraz e Robert Kubica.
O Ferrari 499P #51 da Ferrari AF Corse de Alessandro Pier Guidi teve novamente problemas com travões e perdeu a última posição no pódio, herdando esse posto o Porsche 963 #6 da Porsche Penske Motorsport com André Lotterer ao volante, que manteve esse posto apesar de um pitstop rápido muito perto do final da corrida. Enquanto isso, o Toyota GR010 Hybrid #8 da Toyota Gazoo Racing de Sébastien Buemi, Brendon Hartley e Ryo Hirakawa não mostrou qualquer problema durante as seis horas de corrida e manteve a liderança do pelotão até ao final.
Foto: NunOrganistA
O Autosport já não existe em versão papel, apenas na versão online.
E por essa razão, não é mais possível o Autosport continuar a disponibilizar todos os seus artigos gratuitamente.
Para que os leitores possam contribuir para a existência e evolução da qualidade do seu site preferido, criámos o Clube Autosport com inúmeras vantagens e descontos que permitirá a cada membro aceder a todos os artigos do site Autosport e ainda recuperar (varias vezes) o custo de ser membro.
Os membros do Clube Autosport receberão um cartão de membro com validade de 1 ano, que apresentarão junto das empresas parceiras como identificação.
Lista de Vantagens:
-Acesso a todos os conteúdos no site Autosport sem ter que ver a publicidade
-Desconto nos combustíveis Repsol
-Acesso a seguros especialmente desenvolvidos pela Vitorinos seguros a preços imbatíveis
-Descontos em oficinas, lojas e serviços auto
-Acesso exclusivo a eventos especialmente organizados para membros
Saiba mais AQUI