WEC: Plataforma de entendimento à vista para 2020

As discussões sobre o futuro do WEC continuam mas parece haver luz ao fundo do túnel. Foi encontrado um compromisso que parece agradar o ACO, a FIA e o IMSA o que poderá permitir uma plataforma mais abrangente. Será muito mais aliciante para as equipas poderem competir em Daytona, Sebring e Le Mans com os mesmos carros e, quem sabe, até chegarmos a um campeonato onde as grande provas estejam todas reunidas.

O grande ponto de rotura entre as duas partes era a electricidade. Os responsáveis do IMSA sabem bem que para manter privados e marcas felizes, o campeonato não pode entrar numa espiral de aumento de custos e por isso a tecnologia híbrida causava algumas dúvidas. Mas as marcas presentes no IMSA mostraram-se interessadas em dar o salto para os híbridos, desde que não fosse um salto demasiado grande.

E assim foi dado o mote para um possível entendimento. O ACO tem a vertente híbrida que queria manter nos carros, o IMSA tem o controlo de custos essencial para evitar que os privados e marcas com menos recursos para investir no desporto se assustem. A nova proposta passa por um sistema de híbrido único, de baixa potência que possa ser adaptado, ao contrário dos complexos sistemas actuais do Toyota. A simplicidade é a chave da proposta para assim manter os orçamentos reduzidos. Falaram-se em orçamento de 20 milhões de euros por ano, mas o número concreto ainda não foi oficializado.

Outra das medidas será um conjunto de regulamentos que limitem o desenvolvimento do carro, fazendo que independentemente da quantidade de desenvolvimento e investimento feito, a performance seja sempre similar, evitando que marcas com mais capacidade caiam na tentação de aumentar sobremaneira os custos.

Os responsáveis esperam ter um acordo em Junho de forma a poder apresentar o novo formato em Le Mans, mas não é certo que tal aconteça.  A vontade é que surja um acordo e que as novas regras sejam tão apelativas para marcas como para privados. O ACO está também aberto à possibilidade de usar a ideia da Formula E, equipa privadas com o apoio das marcas ao nível dos motores. Parece agora que a base para o entendimento é possivel, mas o melhor mesmo é esperar para ver.