WEC, 6h de Fuji: Toyota vence e conquista título de construtores, portugueses em bom plano

Por a 10 Setembro 2023 09:45

A Toyota conquistou um dos objetivos para esta época, com a conquista do título de construtores, em casa, nas 6h de Fuji. Com uma prestação muito forte, a Toyota alcançou uma dobradinha à frente do Porsche #6, que dominou grande parte da prova. Para os pilotos lusos foi uma boa prova, com Filipe Albuquerque a terminar no pódio em LMP2 no #22 da United AutoSports e com António Félix da Costa, apesar de um Drive Through a terminar no sexto no Porsche da Hertz Team JOTA.

A qualificação, que acabou por sorrir à Toyota, deu-nos um vislumbre do que seria a ordem final, especialmente no top3. A Toyota garantiu a pole pelo carro #7 (M. Conway / K. Kobayashi / J. Lopez) com o #8 (S. Buemi / B. Hartley / R. Hirakawa) a ficar na segunda posição e o Porsche #6 (K. Estre / A. Lotterer / L. Vanthoor) a ficar com o terceiro posto. Na largada para a corrida, os Toyota não começaram da melhor forma e uma série de travagens no limite atiraram metade do pelotão dos Hypercar para fora de pista, com Laurens Vanthoor a executar uma manobra agressiva, mas eficaz, alcançando a liderança da corrida. Os Ferrari também aproveitaram para ganhar posições, especialmente o #50 (A. Fuoco / M. Molina / N. Nielsen) que subiu do sétimo posto para o segundo, com o #51 (A. Pier Guidi / J. Calado / A. Giovinazzi) a também subir às primeiras posições.

O primeiro e único Safety Car da prova aconteceu na primeira volta, quando Luis Perez Companc parou em pista com o Ferrari 488 GTE #83 da Richard Mille, depois de uma volta na Curva 1. A corrida recomeçou pouco depois e os Toyota começaram a mostrar o seu ritmo, passando os Ferrari. Depois das lutas duras entre Toyota e Ferrari, com os nipónicos a saírem em vantagem, era tempo de correr atrás do Porsche #6 (K. Estre / A. Lotterer / L. Vanthoor). Mas o Porsche, apesar de sozinho nesta luta, aguentou pouco menos de quatro horas na liderança. Foi Hirakawa (com o #8 a ter passado pelo #7) a selar a manobra que colocou a Toyota na frente da corrida, com o #7 a passar o Porsche numa das últimas idas às boxes. Já com Kobayashi ao volante, o #7 regressou a liderança passando pelo #8, numa luta fratricida, que foi feita com todos os cuidados. O #7 nunca mais largou a primeira posição e chegou ao fim da corrida em primeiro, com o #8 em segundo e o Porsche #6 a completar o pódio, repentino o feito de Portimão, em que subiu ao pódio pela primeira vez.

A Ferrari, sem argumentos para mais, teve de se contentar com os lugares do top 5, com o Ferrari #50 a terminar em quarto e o #51 em quinto, já com uma volta de atraso para os líderes, num fim de semana que não sorriu à Scuderia, com o BoP a continuar a não agradar à equipa italiana. Em sexto lugar, o Porsche #38 da Hertz Team JOTA. A equipa privada continua a mostrar excelentes apontamentos, e apesar de um drive through a Félix da Costa, por ter batido no LMP2 #28 da equipa (nunca se deve bater nos carros da própria equipa), conseguiu um excelente sexto posto, num projeto que continua a crescer e a mostrar potencial. Ficaram à frente dos Peugeot, com o #94 (L. Duval / G. Menezes / S. Vandoorne) a ficar em sétimo e o #93 (P. Di Resta / M. Jensen / J. Vergne) a sofrer problemas hidráulicos e a terminar em oitavo, já a três voltas dos líderes.

Também para o Porsche #99 da Proton Competition (N. Jani / G. Bruni / H. Tincknell) uma prova complicada, com vários problemas nos cintos de segurança que motivaram um atraso de oito voltas. Para o #2 da Cadillac Racing uma prova para esquecer. O carro ficou sem a roda dianteira direita na quarta hora de prova e demorou muito tempo nas boxes a reparar os danos.

O campeonato de construtores fica assim entregue à Toyota, que continua a dominar, levando a melhor sobre a Ferrari que perdeu algum “gás” nesta segunda metade da época.

Em LMP2, vitória para o Oreca #41 da Team WRT (R. Andrade / R. Kubica / L. Delétraz) com o angolano Rui Andrade a fazer a festa. A WRT esteve muito forte e levou a melhor sobre a United AutoSports que liderou boa parte da corrida com os seus dois carros, o #22 (F. Lubin / P. Hanson / F. Albuquerque) e o #23 (J. Pierson / B. Hanley / O. Jarvis). Mas a WRT passou para a frente da corrida já na segunda metade da prova, com o #41 a selar a vitória, à frente do #22, com Albuquerque a fazer uma excelente ultrapassagem ao #31 da WRT (S. Gelael / F. Habsburg / R. Frijns) que fechou as contas do pódio. O #23 e o #36 da Alpine (M. Vaxiviere / J. Canal / C. Milesi) completaram o top 5 final.

Na classe GTE-Am,o Ferrari 488 GTE Evo #54 da AF Corse (Davide Rigon/ Francesco Castellacci / Thomas Flohr), venceram a prova, mesmo depois de um toque com o Corvette #33 (B. Keating / N. Varrone / N. Catsburg). O Corvette terminou a corrida em terceiro lugar após receber uma penalização de 30 segundo por um contacto evitável entre Ben Keating e Flohr na terceira hora, que motivou reparações no carro americano. Na segunda posição ficou o #57 Kessel Racing Ferrari (T. Kimura / S. Huffaker / R. Miyata)

Resultados AQUI

Fotos: Philippe Nanchino

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2 Comentários
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hellrun
hellrun
1 ano atrás

A melhor equipa, sem duvida, ao longo da epoca. As 24h de Le Mans, foram um azar, resultante mais das alterações no BOP, a martelo, antes da prova, do que outro factor. E o campeonato para o ano deverá ser melhor. Quer a Ferrari quer a Porsche, acredito que vão melhorar e aproximar-se ainda mais. Espero que a Peugeot o consiga também, mas tenho menos esperanças.

Scirocco
Scirocco
Reply to  hellrun
1 ano atrás

vai ser difícil. O regulamento está como está para que a Toyota não perdesse todos os anos de desenvolvimento. Daí as duas categorias LMH e LMDh. Basta ver as dificuldades da Porsche para se chegar á frente para perceber a diferença entre eles e a Toyota e Ferrari. Depois entra o BoP que normalmente só traz confusão e decisões salomónicas. O LMDh deveria ter sido a única classe a substituir o LMP1 mas penso que a FIA não quis prejudicar a Toyota (que de alguma maneira também andou com o WEC ao colo depois da desistência das outras marcas)

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