Comissários portugueses de regresso a Le Mans

Por a 11 Junho 2018 19:48

Não é só em pista, com três pilotos, na direção de corrida, Eduardo Freitas, nas boxes com mecânicos, uma equipa portuguesa, a Algarve Pro Racing, vários fotógrafos e muitos adeptos que vai haver portugueses em Le Mans. Este ano, vamos ter também 17 Comissários, no que é um regresso dos nossos ‘anjos da guarda’ à mítica prova, 25 anos depois. Quinze homens, duas mulheres, vão levar a alma lusa para Le Mans, numa ideia que começou a ganhar tração em 2016, no Circuito de Vila Real, palco do WTCC.

De uma conversa entre dois comissários, por mera brincadeira, depressa se avançou para algo mais sério, e daí a concretizarem tudo, foi um pequeno (grande) passo.

No início de 2017, contactaram a FPAK, dando início ‘oficial’ a todo o processo e aqui foi decisivo o apoio de Eduardo Freitas, enquanto elemento da federação. Em março deste ano, surgiu a confirmação da ACO, as licenças ‘sofreram’ um upgrade para ‘Internacional’, pois são habitualmente somente válidas em Portugal e Espanha.

Depois disso… o campismo: “Arrancámos com o processo de aquisição de material de campismo e outro material diverso. Deles, só recebemos o fato de trabalho laranja. Mesmo lá, temos de ser nós a tratar da alimentação, uns vão ao restaurante, outros fazem-nas lá, no parque de campismo. No meio disto tudo, está espírito de camaradagem… e muito divertimento” começou por dizer José Manuel Santos, um dos Comissários: “Iremos estar divididos por dois grupos de oito Comissários, nos postos 12B e 13 B, nos ‘S’ de “Tertre Rouge” e um como suplente, para alguma eventualidade. Vamos fazer turnos de quatro horas, e descansar entre eles. A festa começa já hoje (4ª feira) com o treino livre das 16h00, e às 00h00 horas, o treino noturno. Na 5ª feira, o dia será longo, começa logo às 9h00 e termina às 24h00. sexta-feira será o dia de descanso, vai dar para visitar o Museu e dar a volta à pista. No sábado, tudo começa pelas 9h00 horas e vai terminar com o final da festa, pelas 15 horas. Aproveito para agradecer à FPAK, nomeadamente ao Sr. Eduardo Freitas, bem como ao departamento de licenças e seguros que nos deram todo o apoio e ajuda neste processo”, disse.

Fidélio Rio Maior (60 anos)

“Comissário por paixão a uns anos. O que motivou esta ida a Le Mans, é um sonho tornado realidade, sentir as emoções a adrenalina durante mais de 30 horas numa prova única. Viver o momento…

José Manuel Santos (45 anos)

Comissário de box, desde 1992, tenho este hobby , pois adoro desporto motorizado

Já fiz desde Karting até Formula 1, provas nacionais e internacionais, mas Le mans, é aquela prova especial que todos querem fazer e chegou a altura de concretizar um “sonho de menino”

Luís Silva (38 anos)

Sou comissário desde 1996, a primeira prova que fiz foi a Rampa da Falperra no mesmo ano. Já fiz provas de todo o tipo e feitio de quatro e duas rodas. Desde ralis, montanha, provas de velocidade até ao MotoGP. Ir a Le Mans é cumprir um sonho de criança e será de certeza um momento marcante para a nossa vida. Ir a Le Mans como comissário é mais do que esse sonho que tinha quando pela primeira vez entrei num posto, será também um momento histórico para todos os comissários portugueses que iremos de certeza representar com o nível de excelência que todos têm.

Alda Cristina (46 anos)

Comissária de Box desde 2009. A paixão pelos desportos motorizados e em especial pelos automóveis surgiu desde pequenina quando ficava frente à TV com o meu pai a ver F1. Ir a Le Mans é acima de tudo o realizar de um sonho, mas ir como comissária é… A cereja no topo do bolo.

Heloísa Diogo (37 anos… de Paixão pelos Automóveis, sendo como ar para respirar.)

Espectadora assídua nos circuitos portugueses, desde há cerca de 10 anos e comissária nos últimos três, mas já com muitas corridas no currículo automobilístico. Le Mans… é o 3º ano, consecutivo a ir de mochila às costas e será a minha estreia como comissária nesta prova mítica. Um sonho a tornar-se realidade. Todo o ambiente “Le Mans”, antes, durante e depois da prova é indiscritível. Fazem-se amigos e vivem-se experiências inesquecíveis.

Ricardo Santos (44 anos)

Ser comissário é ser como um anjo para pilotos e direcção de prova. Algo que nos vai na alma que nos acompanha diariamente. Ir a Le Mans como costumo dizer Le está para mim como Fátima esta para os peregrinos. Ir a Le Mans significa tornar um sonho realidade fazer parte do ‘circo’ é algo impensável mas q estamos quase lá. O q me motiva? O ser capaz o cheiro a gasolina o cheiro a borracha os meus companheiros, conhecer pessoas novas e o tudo em meu redor e EU SOU LE MANS.

João Nuno Oliveira (51 Anos)

Comissário por vocação e gosto. O ir como comissário a Le Mans é um sonho tornado realidade. Vou sentir os cheiros e sons de Le Mans, de mais perto.

Luís Santos (49 anos)

Apaixonado pelos automóveis desde pequenino. A paixão por Le Mans foi muito por culpa do Michel Vaillant… O ser comissário surgiu com a necessidade de poder estar mais perto do ambiente das corridas. O cheiro da gasolina e da borracha queimada é superior a todo o cansaço resultante de uma prova. Ir a Le Mans é acima de tudo o realizar de um sonho, ir como comissário… Sem palavras…

Nuno Azevedo (52 anos)

Comecei como comissario de pista em 1989. Passei a comissario técnico ate aos dias de hoje. Adoro tudo o que tenho motor. Já participei na 24 Horas de kart de Le Mans como piloto. O meu sonho sempre foi participar na prova rainha das corridas de carros. O sonho tornou se realidade.

Bruno Cabral (40 anos)

Sou comissário a alguns anos motivado pelo gosto de desportos motorizados. Ir a Le Mans como comissário vai ser um sonho realizado”

Ricardo Martins (49 anos)

Sou artista plástico de profissão. Le Mans sempre foi um ponto de referência na minha vida. O facto de ter a oportunidade de participar diretamente como comissário de posto é como emoldurar um quadro que já faz parte da nossa vida, agora com mais emoção.

Nuno Catarino (34 anos)

Corria o ano de 2001, um adepto fervoroso por F1, que andava a ver carros para comprar, e ao ver a Mazda, numa maior pesquisa vi que já tinham ganho Le Mans. Acabei por comprar um Mazda, nesse ano vi as famosas 24h, na Eurosport. Ficou o bichinho. 17 Anos depois, surgiu, a oportunidade de ver estas máquinas que trabalham 24 horas e ao fim de 24 horas cortam a meta separados por segundos ou minutos. Esta oportunidade é um sonho de menino que um dia comprou um Mazda…

Tiago Rio Maior (22 anos)

Comissário por paixão à uns anos. O que motivou está ida a Le Mans, é um sonho tornado realidade, sentir as emoções a adrenalina durante mais de 30 horas numa prova única. Viver o momento mítico de Le Mans.

Ricardo Peres (48 anos)

Existem coisas na vida que pensamos que jamais se irão repetir. As 24 de Le Mans são exatamente uma dessas coisas. De repente e quase sem perceber estamos a caminho da maior prova de velocidade do mundo, representando oficiosamente o nosso Portugal. Em tempos de Mundial de futebol é de louvar este interesse por parte de tão ilustre publicação em nos dar um pouco de espaço nas suas páginas. Para além de um sonho se estar a tornar realidade, temos consciência que temos de fazer um grande trabalho e honrar o Desporto Motorizado Português e colaborar o mais que pudermos com o Diretor de Prova

Bonne chance à tous.

Armando Nascimento (47 anos)

Ser comissário é poder “assistir “ e participar na 1ª fila à paixão das corridas de velocidade, ir a Le Mans é estar no maior palco do automobilismo Mundial.

Pedro Silva (26 anos)

Sou comissário desde os meus 18 anos e lembro-me perfeitamente do dia em que me inscrevi, tinha plena consciência de que tinha acabado de me integrar num grupo de pessoas que, tal como eu, eram fanáticas por desportos motorizados e era com eles que ia agora poder partilhar o cheiro a borracha, combustível e todas as outras inúmeras experiências que estariam para vir. Sendo o meu pai Francês e tendo ele sido comissário durante 14 anos, LeMans sempre foi uma prova bastante seguida em casa e poder fazer parte deste enorme evento é um orgulho tremendo.

Ricardo Guerra (29 anos)

Ser comissário de pista é o mais perto que tenho de “estar em pista” numa corrida de automóveis. Há o piloto o carro/mota e depois existimos nós os Comissários agradeço em grande parte a família e ao próprio Eduardo Freitas por me ter dado este prazer de ser comissario e graças aos meus colegas e amigos que estarei este fim-de-semana a fazer as 24 Horas de Le Mans.

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