A logística da Porsche nas 24 Horas de Le Mans
Ao serviço do programa LMP1 da Porsche desde 2014, ano do regresso da casa alemã ao palco onde obteve os seus maiores triunfos, o madrileno Roberto Gomez foi o cicerone de serviço na visita que o AutoSport e os restantes meios de comunicação portugueses (Autofoco e Autohoje) tiveram direito às boxes da equipa na edição de 2016 das 24 Horas de Le Mans.
Responsável em 2016 pela telemetria do carro nº 2 (o ano passado esteve ao serviço da tripla composta por Mark Webber, Brendon Hartley e Neel Jani), o engenheiro de dados espanhol começou por explicar que logo à entrada, do lado esquerdo, situam-se os pneus e os rádios dos membros da equipa, sendo que os fornos de cozedura estão na outra extremidade, do lado direito. Cada carro conta com oito fornos, num total de 16, com a missão de pré-aquecer os pneus que serão utilizados pelos pilotos a uma temperatura que pode variar entre os 80 e os 100 graus centígrados. Para garantir a máxima eficácia permanecem ‘fechados’ entre 30 a 60 minutos. Mais à frente encontramos outra sala, também do lado esquerdo, onde se podem ver quatro motores totalmente destapados, e outros tantos guardados. Estes não podem ser trocados durante a corrida à conta do regulamento, explicou Gomez, e sim após a qualificação. Ou seja, após a qualificação, os técnicos montam dois motores novos em cada carro.
TRABALHO DE CAMPO
Ao fundo do corredor concentra-se então todo o trabalho de pitlane, com duas garagens unidas com uma equipa de dez mecânicos dedicada a cada um dos carros. Neles incluem-se (por carro) um engenheiro para a eletrónica, um para a caixa de velocidades, outro que se responsabiliza por todos os elementos que se encontram na dianteira e traseira do veículo e ainda um chefe de mecânicos.
Sempre que o carro se encontra na boxe, a parte traseira que corresponde ao motor e a sistemas de regeneração e baterias está coberta para impedir que os segredos do fabricante sejam descobertos pelos rivais. Já no piso superior pode vislumbrar-se uma panóplia de material suplente e a sala da telemetria, onde 50 engenheiros (25 por carro) analisam todos os detalhes do 919 Hybrid e da corrida — um número semelhante ao do ano passado, apesar de a Porsche (e a Audi) terem desta feita menos uma viatura. Estes estão depois ligados em direto à fábrica da Porsche em Weissach, local onde outras cerca de 250 pessoas estudam ao pormenor todos os parâmetros do carro.
Ou seja, 100 pessoas no total em pista e outras 250 ‘em casa’ – uma ordem de grandeza incrível que diz tudo sobre a importância da prova e o compromisso da Porsche.
André Bettencourt Rodrigues
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