24 Horas Le Mans: A corrida dos portugueses

Por a 12 Junho 2022 16:42

Veja neste artigo a ser atualizado durante a corrida, o desempenho dos pilotos portugueses em ação nas 24h de Le Mans de 2022:

Algarve Pro Racing levou bandeira portuguesa ao pódio

A estrutura com bandeira portuguesa começou o ano da pior forma. Com a invasão russa à Ucrânia e as resultantes sanções da FIA a pilotos russos, a G-Drive deixou a competição, deixando a Algarve Pro Racing no limbo. Mas, mais uma vez, a equipa sediada no sul de Portugal encontrou forma de continuar a competir e apresentou-se em Le Mans com dois carros que terminaram a edição 90 das 24 Horas de Le Mans com sortes distintas. 

A tripulação do Oreca #45 (Steven Thomas/James Allen/Rene Binder) conquistou a vitória entre a categoria LMP2 Pro-Am (15º lugar da classificação geral), batendo o Oreca #24 da Nielsen Racing (Matt Bell/Ben Hanley/Rodrigo Sales) e o Oreca #3 da DKR Engineering (Alexandre Cougnaud/Jean Glorieux/Laurents Hörr). O #45 partiu do fundo do pelotão, tendo falhado a qualificação, enquanto a Algarve Pro Racing reconstruiu o Oreca depois de um forte embate durante o segundo treino livre. A vitória ganha uma importância ainda maior. 

Foi a quinta participação de James Allen em Le Mans e já contava com um pódio em LMP2 (2021) enquanto Binder visitou pela quarta vez La Sarthe. Steven Thomas tem-se evidenciado no IMSA, mas realizou a sua primeira corrida no WEC em Le Mans (competiu no Le Mans Cup em LMP3).

No carro 47 (Sophia Flörsch/John Falb/Jack Aitken) as coisas não correram como ao #45. Com a piloto alemã a iniciar a corrida, logo após a ordem de partida o carro teve de completar a primeira volta muito lentamente, parando na garagem da equipa no final da volta 1. Os mecânicos necessitaram de substituir um componente da caixa de velocidades do carro que voltou à pista com muito atraso para o líder da classe. Não foram além do 26º posto entre os LMP2.

Félix da Costa: “É espantoso cruzar a linha de meta como vencedor”

As lágrimas de um campeão. António Félix da Costa chorou quando o carro #38 cruzou a linha de meta e ficou confirmada a vitória na categoria LMP2. O piloto português voltou a ser uma das estrelas e  o primeiro stint foi novamente crucial para as contas da equipa. Félix da Costa entregou o carro com grande margem e a partir daí a vantagem foi se dilatando. Ninguém teve argumentos para o #38 da Jota e o português festejou finalmente a tão desejada vitória em Le Mans. No final,  o piloto luso estava radiante:

“Antes de mais, quero dar os parabéns a toda a equipa que fez um trabalho espantoso e toda a gente executou a sua tarefa de forma perfeita, desde o primeiro dia que chegamos aqui até agora. Tenho de dar os meus parabéns à minha equipa, aos meus companheiros, especialmente o Will (Stevens), incansável, afinando o carro como acreditava ser o melhor ele que é um especialista de protótipos. Seguimos a sua liderança e graças a isso tivemos um carro que foi um sonho de pilotar. Tornou o nosso trabalho mais simples, mas ainda é preciso fazer o trabalho durante 24h. Este ano a noite foi muito dura, tive de me manter focado, e fiz muitas horas durante a noite. É espantoso cruzar a linha de meta como vencedor. Já fui segundo, tentamos vários anos mas conseguir isto finalmente é espantoso. Não ganhamos antes porque estávamos à espera de termos público para festejar em condições. “

Fantásticas vitórias de António Félix da Costa e Henrique Chaves; Filipe Albuquerque azarado

Dia de Portugal em Le Mans! Dois pilotos portugueses fazem parte da lista de vencedores da edição 90 das 24 Horas de Le Mans em duas classes diferentes. António Félix da Costa passou para a liderança do pelotão dos LMP2 nas voltas iniciais da corrida ao volante do carro #38 da JOTA, depois de um arranque que deitou por terra as esperanças de vitória de Filipe Albuquerque no Oreca #22 da United Autosports. Enquanto Félix da Costa passou para as posições cimeiras da classe, Albuquerque viu da garagem da equipa o carro a ficar na gravilha por causa de um toque de René Rast no #31 da WRT e perdeu voltas importantes que a tripulação nunca conseguiu recuperar. Para além disso, já nesta manhã Phil Hanson teve de parar o #22 em pista e reiniciar o carro, voltando a perder terreno. A United Autosports terminou com o #22 na 10ª posição da classe.

António Félix da Costa teve, à semelhança da corrida do ano passado, excelentes turnos de condução na fase inicial da corrida, deixando aos colegas de equipa a missão de permanecer no primeiro lugar. O piloto luso tinha afirmado que esperava que o carro #31 da WRT se juntasse ao #9 da Prema – o carro da WRT acabou por desistir depois de mais um acidente já nesta manhã – mas nunca estiveram a pressionar os líderes, mesmo após a perda de algum tempo durante o período de Safety Car.

O #38 venceu com mais de 2 minutos de vantagem para o Oreca #9 da Prema.

Nos GTE-Am, Marco Sorensen, companheiro de equipa de Henrique Chaves no Aston Martin Vantage AMR #33 da TF Sport, conseguiu recuperar várias posições na fase inicial da prova francesa para a tripulação, entregando o carro ao piloto luso dentro do top 10. Na sua estreia em Le Mans, Chaves continuou o trabalho do colega de equipa e subiu mais algumas posições, até que durante a noite conseguiram chegar ao primeiro lugar entre os carros da sua classe e foram aumentando a vantagem para os adversários. Na manhã foram gerindo o andamento, mas sem terem qualquer adversário a provocar e a pressionar a liderança do #33, passando na meta pela última vez na corrida com mais de 1 minutos de vantagem para o Porsche #79 da Weathertech Racing.

O Oreca #45 da Algarve Pro Racing venceu nos LMP2 Pro-Am (Steven Thomas/James Allen/Rene Binder) e vão subir com a bandeira portuguesa ao pódio, mas o #47 terminou na 20ª posição dos LMP2, depois de um problema na volta inicial da corrida.

Rui Andrade, piloto angolano com licença desportiva portuguesa, terminou no 17º posto juntamente com os companheiros de equipa do Oreca #41 da Realteam by WRT, passando por vários problemas nas 24 horas de prova.

NOVO AZAR PARA O #22 DE FILIPE ALBUQUERQUE

O azar voltou a bater à porta da United Autosports e à tripulação do Oreca #22. Depois de terem perdido algumas voltas nos primeiros instantes das 24 Horas de Le Mans, o carro ocupava o nono lugar entre os LMP2, mas a cerca de 4 horas e 25 minutos do final da prova, Phil Hanson teve de parar na berma da pista e reiniciar os sistemas do Oreca.

O carro regressou à pista e parou logo a seguir na box. Passaram a ocupar o 13º posto da classificação da classe, depois de terem realizado uma recuperação notável durante as 18 horas de corrida anteriores.

ANTÓNIO FÉLIX DA COSTA CONTINUA LÍDER NOS LMP2 E HENRIQUE CHAVES NOS GTE-AM

Com menos de cinco horas para o final da edição 90 das 24 Horas de Le Mans e depois do primeiro período de Safety Car em pista, António Félix da Costa mantém a liderança na classe LMP2 aos comandos do Oreca #38 da JOTA, mas perdeu algum terreno por causa dessa situação. O piloto português assumiu o primeiro lugar no início da corrida e, juntamente com os seus companheiros de equipa Will Stevens e Roberto Gonzalez, manteve os adversários longe e consegue entrar na fase final da prova com a liderança intacta e com mais de minuto e meio de vantagem para o Oreca #9 da Prema.

Ainda nos LMP2, a tripulação do Oreca #22 da United Autosports (Filipe Albuquerque, Will Owen e Phil Hanson) conseguiram uma excelente recuperação durante a noite – recordamos que ficaram com o carro na gravilha nos primeiros 200 metros da prova francesa e perderam 3 voltas para o líder – e são os nonos classificados. No final da 18ª hora eram décimos, mas com a desistência do Oreca #31 da WRT (Robin Frijns/Sean Gelael/René Rast) – que foram os responsáveis pelo incidente na partida – subiram mais uma posição.

O #45 da Algarve Pro Racing (Steven Thomas/James Allen/Rene Binder) continua a liderar a categoria Pro-Am. Estão uma volta à frente do #3 da DKR Engineering, enquanto o #47 é o 22º classificado depois de também ter tido problemas na volta inicial da corrida.

A tripulação do Aston Martin Vantage AMR #33 da TF Sport, com Henrique Chaves atualmente aos comandos, fez também uma fabulosa recuperação, mesmo passando por momentos difíceis durante a noite. Marco Sorensen arrancou ontem da 19ª posição entre os carros da classe GTE-Am e agora ocupam o primeiro lugar, com o Porsche #79 da Weathertech Racing na perseguição. Estão claramente na discussão da vitória.

Henrique Chaves dá continuidade ao trabalho de Marco Sorensen e é quarto classificado

O estreante em Le Mans, Henrique Chaves continuou o trabalho de recuperação do seu companheiro de equipa Marco Sorensen e ocupa já o quarto lugar entre a classe GTE-Am. Chaves tem de defender a sua posição do Ferrari #54 da AF Corse, mas está ao mesmo tempo a encurtar terreno para o segundo classificado Paul Dalla Lana no Aston Martin #98 da Nortwest AMR.

Depois de Chaves deverá assumir Ben Keating, o piloto Bronze da tripulação do #33, os comandos do carro, quando a corrida se encaminha para a fase noturna.

Nos LMP2, Filipe Albuquerque impôs um ritmo muito forte mas tem muito terreno para recuperar e embora já tenha subido algumas posições, o atraso na fase inicial da corrida faz com o português ainda esteja classificado no 20º posto.

António Félix da Costa deve regressar aos comandos do Oreca #38 da JOTA durante a noite, mas neste momento é já Roberto Gonzalez.

A Algarve Pro Racing tem o carro #45 na 17ª posição da classe, mas o #47 está muito atrasado depois do problema na volta inicial. Na altura Sophia Flörsch teve de completar uma volta em ritmo muito lento, após um problema na chicane Dunlop, o que colocou o carro muito para trás no pelotão.

Bom início de corrida de António Félix da Costa 

António Félix da Costa realizou um início fantástico das 24 Horas de Le Mans. O andamento do piloto português, juntamente com a estratégia bem planeada da JOTA, permitiram ao Oreca #38 assumir a liderança entre os protótipos LMP2 ainda dentro da primeira hora de corrida. Não será fácil segurar o primeiro posto, até porque se espera uma resposta dos adversários durante a noite, mas quando o piloto português foi substituído por Will Stevens após os primeiros turnos de condução, a vantagem para o carro perseguidor era de mais de 20 segundos. 

Ainda nos LMP2, Filipe Albuquerque já está ao volante do carro #22 mas ainda muito atrasado (25º nos LMP2) devido ao acidente nos primeiros 200 metros de corrida. Um acidente que mereceu críticas por parte de António Félix da Costa a René Rast que foi penalizado logo depois, nas declarações que fez ao Eurosport depois de terminar os seus turnos aos comandos do #38. 

Quem também está ao volante é Henrique Chaves no Aston Martin Vantage AMR #33 da TF Sport, substituindo Marco Sorensen. Estreante em Le Mans, Chaves é atualmente o 4º classificado entre os GTE-Am e pode estar na luta pelo pódio.

António Félix da Costa lidera após a primeira hora

Com Will Owen, companheiro da equipa de Filipe Albuquerque aos comandos do Oreca #22 da United Autosports, aos comandos do protótipo LMP2, a corrida começou da pior forma para a equipa. Owen seguiu em frente para a caixa de gravilha nos primeiros metros da prova francesa, tendo sido “apertado” por dois adversários, um de cada lado, e sofreu alguns danos no LMP2. O carro foi recuperado, mas perdeu pelo menos 3 voltas. Os carros envolvidos no acidente foram o #41 da Realteam by WRT e o #31 da WRT, com René Rast aos comandos. O #31 sofreu uma penalização por ser considerado culpado do incidente na partida da prova.

Também o carro #47 da Algarve Pro Racing, com Sophia Flörsch ao volante, sentiu dificuldades na primeira volta e dirigiu-se muito devagar para a box, perdendo quase 25 minutos da prova. O #41 da Realteam by WRT de Rui Andrade também já parou em resultado do toque com o #22 da United Autosports.

Fotos: António Borga

Ainda nos LMP2, António Félix da Costa começou por subir ao segundo posto no arranque, mas baixou para o terceiro lugar pouco depois, atrás do #9 da Prema e do #31 da WRT.

Já nos LMGTE-Pro, o Aston Martin Vantage AMR #33, de Henrique Chaves, arrancou para a corrida com Marco Sorensen ao volante e subiu algumas posições nas voltas iniciais.

Meia hora depois do início da corrida, os primeiros protótipos LMP2 pararam, incluindo Félix da Costa, ficando Fabio Scherer ao volante do #43 da Inter Europol Competition na liderança provisória do pelotão da classe. António Félix da Costa e a JOTA conseguiram ganhar tempo na paragem da box, saindo na frente do carro da Prema. Quando o #43 parou, o piloto português passou a liderar a corrida na classe LMP2. Estando Robert Kubica ao volante do #9 da Prema, Félix da Costa aumentou o ritmo e aumentou a vantagem sobre o adversário polaco, passando em poucas voltas a ter mais de 2 segundos de diferença para o vice líder.

Com as primeiras paragens dos GTE-Am na volta 12, Marco Sorensen fez mais uma volta e subiu várias posições provisoriamente. Continuando ao volante, Sorensen parou na volta seguinte e saiu para a pista na 12ª posição entre os GTE-Am.

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