24 horas de Le Mans: como foram os últimos 5 anos


De modo a percebermos como poderá ser a edição deste ano, recordamos o resumo das últimas cinco edições das 24 horas de Le Mans, que com os seus acontecimentos ajudam a perceber como poderá desenrolar-se a corrida deste ano.

Realiza-se entre hoje e amanhã mais uma edição das míticas 24 Horas de Le Mans. Um total de 62 carros e 186 pilotos competem na corrida deste ano. O line up de Hipercarros para Le Mans é o maior de sempre, com um total de 23 participações. Este é um aumento de 43% em relação à grelha de hipercarros do ano passado, que contou com 16 carros, e destaca o crescimento contínuo da classe rainha do WEC devido a um afluxo de fabricantes que se juntaram à série nos últimos 24 meses.

No total, nove fabricantes de automóveis irão competir na Hypercar, incluindo a Alpine, BMW, Cadillac, Ferrari, Isotta Fraschini, Lamborghini, Peugeot, Porsche e Toyota. Há ainda 16 participantes em LMP2 e 23 em LMGT3.

Entre os 19 dos Hypercars listados e elegíveis para marcar pontos no WEC, a Porsche ainda não terminou no pódio esta época, mas enfrenta a forte concorrência de equipas como a atual campeã do mundo Toyota Gazoo Racing e a vencedora de Le Mans do ano passado, a Ferrari AF Corse. A Porsche é também a marca mais representada na grelha dos Hypercars, com um total de cinco 963s (a Porsche Penske tem três carros, a Hertz Team JOTA dois e a Proton Competition um).

Pela primeira vez esta época, a Lamborghini Iron Lynx e a Cadillac Racing colocam dois Hypercars em pista, juntando-se às outras duas participações de dois carros – Alpine Endurance Team, BMW M Team WRT, Ferrari AF Corse, Peugeot TotalEnergies e Toyota Gazoo Racing. Por fim, a Isotta Fraschini e a AF Corse terão uma participação de Hypercars cada. A completar a lista de inscritos na Hypercar está a entrada da Whelen Cadillac Racing, com bandeira americana, o que faz com que sejam três os Cadillac V.Series R na categoria rainha.

A corrida de 2024 está completamente em aberto, apesar de haver teóricos favoritos, mas para entender melhor o que se passa em pista numa corrida como Le Mans,recordamos os últimos cinco anos (2019-2023), marcados por quatro triunfos da Toyota (que por acaso também tinha vencido em 2018) e um da Ferrari, no ano passado (2023).

Entre os pilotos vencedores estão Fernando Alonso (ESP), Sébastien Buemi (SUI), Kazuki Nakajima (JPN), Mike Conway (GBR), Kamui Kobayashi (JPN), Ryō Hirakawa (JPN), James Calado (GBR), Antonio Giovinazzi (ITA) e Alessandro Pier Guidi (ITA). Vamos ver como é este ano, até lá recordemos os últimos cinco ano e como tudo se desenrolou…

2019 – Toyota vence as 24h de Le Mans pela segunda vez consecutiva

Depois de várias horas de liderança do Toyota TS050-Hybrid #7 de Mike Conway, Kamui Kobayashi e José Maria Lopez, acabou por ser o Toyota TS050-Hybrid #8 de Sébastien Buemi, Kazuki Nakajima e Fernando Alonso a vencer, naquela que é a segunda vitória consecutiva da Toyota nas 24 horas de Le Mans. Um furo lento a uma hora do fim, um erro da equipa com um erro a ler os sensores, uma ida à boxe e a troca de líder. Depois de tantas horas na frente, é certamente frustrante para os homens do Toyota #7.

Terceiro lugar para o BR Engineering BR1-Aer #11 da SMP Racing de Vitaly Petrov, Mikhail Aleshin e Stoffel Vandoorne, que terminaram a seis voltas. Quarto lugar para o Rebellion R13 – Gibson #1 da Rebellion Racing de Neel Jani, André Lotterer e Bruno Senna, que terminaram na frente dos seus colegas de equipa, no Rebellion R13 – Gibson #3 de Thomas Laurent, Nathanaël Berthon e Gustavo Menezes.

Sexto posto para o vencedor das LMP2, o Alpine A470 – Gibson #36 da Signatech Alpine Matmut de Nicolas Lapierre, André Negrao e Pierre Thiriet, que foram campeões do WEC, ao terminar uma volta na frente do Oreca 07 – Gibson #38 da Jackie Chan Dc Racing de Ho-Pin Tung, Stéphane Richelmi e Gabriel Aubry.

Terceiro lugar para o Oreca 07-Gibson #28 da TDS Racing de François Perrodo, Matthieu Vaxiviere e Loïc Duval, que ficou também a uma volta, com Ligier JSP217-Gibson #22 da United Autosports, de Philip Hanson, Filipe Albuquerque e Paul Di Resta a terminara em quarto depois duma boa recuperação durante a corrida.

Na LM GTE PRO, depois de tanto equlíbrio ao longo das 24 Horas, triunfo para o Ferrari 488 GTE Evo #51 da AF Corse de Alessandro Pier Guidi, James Calado e Daniel Serra, que terminaram 49.193s na frente do Porsche 911 RSR #91 da Porsche GT Team de Richard Lietz, Gianmaria Bruni e Frédéric Makowiecki. 17.964 mais atrás terminou o Porsche 911 RSR #93 também da Porsche GT Team de Patrick Pilet, Earl Bamber e Nicholas Tandy. O BMW M8 GTE #82 da BMW Team Mtek de Augusto Farfus, António Félix Da Costa e Jesse Krohn terminou no 11º lugar depois de muitos problemas de suspensão, que não só atrasou a equipa, especialmente a meio da noite, como os obrigou a reduzir muito o andamento de modo a garantir que chegavam ao fim.

Por fim, a LMGTE Am, a única classe que teve três marcas distintas no pódio. Venceu o Ford GT #85 da Keating Motorsports de Ben Keating, Jeroen Bleekemolen e Felipe Fraga, que terminaram 44.943s na frente do Porsche 911 RSR #56 do Team Project 1 de Jörg Bergmeister, Patrick Lindsey e Egidio Perfetti. O Ferrari 488 GTE #84 da JMW Motorsport de Jeffrey Segal, Rodrigo Baptista e Wei Lu fecharam o pódio,terminando a mais 44.184s do segundos lugar, com Pedro Lamy a abandonar a corrida, cedo, de madrugada, com problemas no Aston Martin Vantage #98, que já estava muito atrasado devido a contratmepos mecânicos.

2020 – 24h Le Mans: Histórico, duplo pódio na LMP2, com vitória de Filipe Albuquerque

Foi a terceira vitória consecutiva da Toyota em Le Mans e a terceira também para o carro #8 Toyota TS050-Hybrid. Os vencedores da edição de 2020 das 24h de Le Mans foram Sébastien Buemi, Kazuki Nakajima e Brendon Hartley, com o Rebellion R13 – Gibson #1 de Bruno Senna, Norman Nato e Gustavo Menezes em 2º. Terceiro lugar para #7 Toyota TS050 – Hybrid de Mike Conway, Kamui Kobayashi e Jose Maria Lopez.

Na categoria LMP1, com cinco carros à partida, com os favoritos a serem os Toyota TS050-Hybrid. Aos carros da equipa japonesa juntaram-se mais dois da Rebellion Racing, equipa que fez a sua última corrida em Le Mans com os LMP1. Também de regresso esteve o #4 da ByKolles, mas o carro de Bruno Spengler, Tom Dilliman e Oliver Webb não teve sorte e mais uma vez ficou de fora, logo nas primeiras horas da noite, pois colidiu contra uma das barreiras de proteção.

Até meio da corrida, o #7 com Mike Conway, Kamui Kobayashi e José Maria López esteve confortável na frente do pelotão. Infelizmente, quando o relógio marcou o meio da corrida, o #7 encontrou problemas. Minutos perdidos nas boxes por causa de um dos turbos fez com que o #7 perdesse a liderança e ficasse de fora do pódio. Mas, em Le Mans a corrida só acaba com a bandeira axadrezada.

Com os problemas do #7, a Rebellion colocou os seus R13-Gibson nas posições do pódio, com vantagem para o #1 (Bruno Senna, Norman Nato e Gustavo Menezes), mas na hora final, o Rebellion #3 (Romain Dumas, Louis Delétraz e Nathanael Berton) teve uma saída de pista, que o fez parar para mudar a frente, permitindo ao #7 Toyota TS050 -Hybrid chegar à posição final do pódio. A vitória do #8 Toyota TS050-Hybrid é para Buemi e Nakajima a terceira vitória à geral, depois de terem vencido as edições de 2018 e 2019. Para Hartley é a segunda, depois de ter vencido com a Porsche em 2017.

Na categoria LMP2, Filipe Albuquerque, Phil Hanson e Paul Di Resta no #22 da Oreca 07 – Gibson da United Autosports venceram a categoria, com António Félix da Costa, Anthony Davidson e Roberto Gonzalez em segundo no #38 Oreca 07 – Gibson da Jota Sport. Mais um dia histórico para o automobilismo português, com um resultado absolutamente memorável.

Na pole position estava o #22 de Filipe Albuquerque, Phil Hanson e Paul Di Resta. Apesar da liderança no início, na terceira hora de corrida o #37 da Jackie Chan DC Racing, pilotado por Ho Ping Tung, Gabriel Aubry e Will Stevens, chegou à frente da categoria.

Na sétima hora de corrida, o #37 teve problemas e horas depois acabou desclassificado. A decisão dos comissários, emitida pela meia-noite, declarou que um membro da equipa se encontrou com Gabriel Aubry e forneceu um componente que o francês montou no carro, o que constitui uma violação do regulamento.

Com os problemas (e depois desclassificação) do #37 a liderança ficou para o #26 da G-Drive (Roman Rusinov, Jean-Eric Vergne e Mikkel Jensen), mas rapidamente o #32 da United Autosports (Will Owen, Alex Brundle e Job Van Uitert) chegou-se à frente. Mais atrás, na luta por posições no pódio, que iria durar até ao final da corrida, estava o #22 e o #38 da Jota Sport, de António Félix da Costa, Anthony Davidson e Roberto Gonzalez.

Infelizmente, quando a United Autosports tinha os dois carros nas duas primeiras posições, a oito horas do final da corrida, o #32 sofreu uma fuga de óleo, que o colocou de fora da luta pela vitória na categoria.

O #22 herdou a liderança, seguido do #38 no segundo lugar. Mas, a corrida não estava decidida, um Safety-Car nos minutos finais veio baralhar as coisas. Uma paragem de Phil Hanson no #22 da United AutoSports já nos últimos dez minutos de corrida levou a um autêntico thriller na decisão da LMP2, com Anthony Davidson no Oreca 07 – Gibson #38 da JOTA a reduzir para nove segundos antes de também ele parar para um Splash & Dash final, que na prática, decidiu a corrida, pois com a ida às boxes o #38 da JOTA o resultado da corrida ficou decidido na categoria LMP2. Terceira posição na categoria LMP2 para o Oreca 07-Gibson #31 da Panis Racing de Nico Jamin, Julien Canal e Matthieu Vaxivère.

LMGTE Pro

Na categoria dos LMGTE as coisas estiveram interessantes. Na frente partia o #71 Ferrari 488 GTE Evo, com Davide Rigon, Sam Bird e Miguel Molina. Rapidamente a luta passou a ser a dois com o #97 Aston Martin Vantage AMR (Maxime Martin, Alex Lynn e Harry Tincknell) e o #51 Ferrari 488 GTE Evo (Alessandre Pier Guidi, James Calado e Daniel Serra), pois no final da 11ª hora, o #71 sofreu um furo na reta de Indianapolis.

No final, a vitória foi para o #97, com o#51 na segunda posição. A completar o pódio ficou o #95 Aston Martin Vantage AMR de Nicki Thiim, Marco Sorenson e Richard Westbrook.

LMGTE Am

Na categoria AM dos LMGTE as coisas também estiveram ‘quentinhas’. Na pole saiu o #98 Aston Martin Vantage AMR de Paul Dalla Lana, Ross Gunn e Augusto Farfus. A luta pela vitória fez-se a dois, com o #98 e o #90 Aston Martin Vantage AMR de Salih Yoluc, Charlie Eastwood e Jonny Adam, sempre colados.

Mas mais uma vez o #98 teve problemas, desta vez não foi erro de nenhum piloto, mas sim no Aston Martin, com a suspensão traseira a dar trabalho aos mecânicos. Assim, o #98 perdeu o ‘comboio’ da vitória, deixando o #90 confortável na liderança, com uma vantagem de cerca de uma volta.

Atrás do #90, o Safety Car na última hora de corrida juntou quatro carros na luta pelo segundo lugar. Quem levou a melhor foi o #77 Porsche 911 RSR (Christian Reid, Matt Campbell e Ricciardo Pera) que ficou na segunda posição. A completar o pódio na categoria ficou o #83 Ferrari 488 GTE Evo de François Perrodo, Emmanuel Collard e Nicklas Nielson.

2021- 24h Le Mans: Toyota vence na estreia dos Hypercar em La Sarthe

Não houve surpresas e a Toyota venceu a 89ª edição das 24h de Le Mans na estreia dos Hypercars em La Sarthe, com o carro # 7 de Mike Conway, Kamui Kobayashi e José Maria Lopez a cruzar finalmente a linha de meta em primeiro, quebrando um enguiço que já durava há muito. Para os portugueses foi uma prova para esquecer.

A equipa nipónica foi claramente mais forte que a concorrência, especialmente o carro #7 que fez uma prova imaculada, liderando praticamente toda a corrida, sem grandes problemas técnicos, evidenciando uma fiabilidade notável para um carro novo. Também a Alpine e a Glickenhaus fizeram provas muito positivas, mas o andamento dos Toyota em pista foi superior e não deu hipótese. Em LMP2 a vitória caiu para a WRT, apesar do drama do #41 que parou em pista a dois minutos do fim. Vimos também os azares que prejudicaram os portugueses e que os tiraram da luta pela vitória. Em LMGTE a Ferrari foi o destaque quer nos Pro quer nos AM.

A chuva apimentou a prova no arranque e com a chegada da noite, com as condições de pista a provocarem muitos sustos, saídas de pista e surpresas. Mas apesar dos muitos incidentes nestes períodos de pista molhada, o resto da prova decorreu de forma relativamente tranquila, com 22 horas e vinte minutos de bandeira verde, quatro Full Course Yellow, quatro Safety Car que retiraram pouco mais de 1 hora e quarenta de competição.

LMP1 – Toyota vence com naturalidade

A história em LMP1 é relativamente simples de contar, como tem sido habitual nas últimas edições. A Toyota chegou a Le Mans como clara favorita mas havia a dúvida se os GR010 teria níveis de fiabilidade suficientes para materializar esse favoritismo. O Toyota #7 largou da pole e de lá nunca mais saiu até ao fim da prova. Com um stint de abertura muito forte, Mike Conway abriu uma boa vantagem para o resto da concorrência, beneficiando dos azares dos restantes. O Toyota #8 (Sébastien Buemi / Kazuki Nakajima / Brendon Hartley )levou um toque algo violento do Glickenhaus #708 (Luis Felipe Derani / Franck Mailleux / Olivier Pla) na curva 1, que atirou Sebastien Buemi para a cauda do pelotão. Mais uma série de percalços do suíço complicaram a recuperação nos primeiros minutos, mas aos pouco o #8 foi subindo na tabela, até se instalar no segundo lugar, já na segunda hora.

O Alpine #36 ( André Negrão / Nicolas Lapierre / Matthieu Vaxiviere ) começou nas primeiras voltas a pressionar o #7, mas a chuva que caiu antes da prova, pregou muitas partidas e Nicholas Lapierre não evitou um pião que o fez cair na classificação. Quem beneficiava era a Glickenhaus que se instalava no terceiro e quarto lugar. Mas o decorrer da prova mostrou que os novos Glickenhaus 007 Lmh não-híbridos não tinham andamento para os Toyota e até para o Alpine e foram caindo na classificação no primeiro terço da corrida.

Uma das grandes surpresas foi a capacidade da Alpine em fazer stints de 12 voltas, apenas menos uma volta que os Toyota, o que teoricamente colocava a equipa francesa em boa posição para desafiar os nipónicos, mas o desenrolar da prova mostrou uma superioridade inatingível dos Toyota, que estiveram sempre na frente.

Nas últimas horas os dois GR010 desenvolveram problemas na bomba de combustível que obrigou a stint mais curtos mas ainda assim a vitória nunca pareceu comprometida com duas voltas de avanço para o A480 da Alpine e cinco voltas para o Glickenhaus #708 que tentava pressionar o Alpine. A vantagem da Toyota era tal que nos últimos dez minutos os dois carros da marca pararam nas boxes para um reabastecimento curto e o carro #8 esperou pelo #7, saindo juntos para a pista, para a fotografia. Vitória para o Toyota #7, seguido do Toyota #8 e do Alpine #36.

Foi uma corrida relativamente tranquila para a Toyota, apesar de pequenos problemas que foram preocupando nos dois carros. A fiabilidade foi muito boa para a primeira vez destes carros em Le Mans e a forma tranquila como se afastaram da concorrência foi a prova de que a máquina nipónica é claramente superior. O Alpine parecia ter argumentos para desafiar os japoneses, e até os responsáveis pareciam confiantes, com o truque (não revelado) que permitiu mais voltas por stint, mas não teve ritmo em pista para igualar os líderes e teve de se contentar com a luta pelo terceiro lugar, que também não foi muito difícil de gerir. Os Glickenhaus fizeram uma boa estreia em Le Mans, não tiveram muitos problemas técnicos e até estiveram menos tempo parados nas boxes que os outros Hypercars, mas a falta de ritmo em pista foi gritante e Jim Glickenhaus queixou-se de um BoP algo injusto e que com estes valores aplicados dificilmente um Hypercar não-hibrido tem hipótese contra os híbridos. Mas a primeira amostra dos Hypercar foi servida sem grandes motivos de destaque, com uma vitória inteiramente justa e merecida da Toyota com o carro #7 que finalmente quebrou o enguiço e venceu em La Sarthe.

LMP2 – Dia não para os portugueses

Se há um ano Le Mans se pintou de verde e vermelho, este ano as cores portuguesas não tiveram a sorte do seu lado. António Félix da Costa e Filipe Albuquerque estavam nos carros favoritos à vitória, mas o seu esforço caiu por terra e as esperanças de um bom resultado esfumaram-se.

Félix da Costa fez um primeiro stint absolutamente soberbo, superando o ritmo de alguns Hypercarros com a pista ainda molhada, de tal forma que chegou a rodar em segundo lugar da geral na primeira hora. A sucessão de voltas rápidas deixou todos de queixou caído, no que terá sido um dos melhores momentos do português no endurance. Félix da Costa cumpriu a sua missão, entregou o carro em primeiro na classe, com mais de um minuto de vantagem para a concorrência, mas Anthony Davidson deitou tudo a perder com um erro que atirou o carro para a caixa de gravilha, o que significou um trambolhão na classificação. Apesar do 19º lugar, a equipa tentou recuperar mas à quinta hora de prova uma fuga de óleo obrigou a uma paragem de mais de meia hora, o que comprometeu definitivamente as hipóteses do #38 JOTA de lutar pela vitória.

Filipe Albuquerque começou a prova no #22 da United, mas não foi um arranque exuberante. O português demorou algum tempo a iniciar a recuperação, mas aos poucos o #22 foi se aproximando da frente e depois dos incidentes do inicio da noite, era terceiro na sua categoria. Tudo estava bem encaminhado para tentar um ataque final, mas a chegada da manhã trouxe más notícias e um problema no alternador do Oreca do português obrigou a uma paragem de mais de uma hora, o que acabou com as esperanças da equipa em revalidar a vitória.

As lutas em LMP2 foi duras, mas desde a saída de pista do #38 da JOTA se entendeu que os carros da WRT estavam com um bom andamento, apesar de pressionados pelo #23 da United (Paul Di Resta / Alex Lynn / Wayne Boyd), com o #26 da G-Drive (Roman Rusinov / Franco Colapinto / Nyck De Vries) também por perto. Mas quando a noite caiu trouxe também mais chuva, o que motivou muitos incidentes. Um deles envolveu o #23 e o #32 da United, num toque violento entre os dois carros a mesma equipa que tirou o #23 da luta pela frente. Também o G-Drive #26 (Colapinto) perdeu o controlo e embateu no #1 da Richard Mille (obrigado a desistir) tornando-se em mais um candidato a cair da luta. O #28 (Sean Gelael / Stoffel Vandoorne / Tom Blomqvist) da JOTA e o #65 da Panis Racing (Julien Canal / Will Stevens / James Allen) tentaram chegar aos lugares da frente mas os carros #31 (Robin Frijns / Ferdinand Habsburg / Charles Milesi) e #41 (Robert Kubica / Louis Delétraz / Yifei Ye) da WRT não deram hipótese e lideraram grande parte da corrida. Mas houve drama nos últimos minutos e o #41 que liderava e se preparava para vencer Le Mans ficou parado em pista o que entregou a vitória ao #31, seguido do #28 da JOTA e do #65 da Panis Racing. António Félix da Costa terminou a prova em oitavo na sua categoria e Filipe Albuquerque teve de se contentar com o 18º.

LMGTE Pro – Ninguém parou a Ferrari

Também em LMGTE Pro a sorte não sorriu às cores lusas. Álvaro Parente no Porsche #72, não chegou a ver a bandeira de xadrez, com a desistência do Porsche da HubAuto durante a manhã. A equipa sabia que ia ser uma corrida complicada, sem conseguir encontrar a afinação ideal, com um carro muito nervoso em curva e com pouca velocidade de ponta. Apesar da brilhante pole conquistada por Dries Vanthoor, seria difícil chegar a um bom resultado e o carro andou sempre nas últimas posições da sua categoria até desistir.

Nos primeiros lugares desta categoria, a Ferrari destacou-se e nas primeiras horas os Ferrari #51 (Alessandro Pier Guidi / James Calado / Côme Ledogar ) e #52 (Daniel Serra / Miguel Molina / Sam Bird ) mantiveram-se sempre na frente da corrida, apesar de pressionados pelo Corvette #63 (Antonio Garcia / Jordan Taylor / Nicky Catsburg). Os Porsche nunca pareceram ter andamento suficiente para se baterem com as máquinas italianas e teve de ver ao longe a luta entre os Ferrari e o Corvette. Na 15ª hora de prova o Ferrari #52 sofreu uma falha na suspensão traseira esquerda, que obrigou uma paragem de meia hora que os tirou da luta. O Ferrari #51 manteve a toada e apesar da pressão do #63 com os Porsche #92 (Kevin Estre / Neel Jani / Michael Christensen) e #91 (Gianmaria Bruni / Richard Lietz / Frederic Makowiecki)a lutar pelo último lugar do pódio, com vantagem para o #92. Com uma prova praticamente perfeita, o Ferrari #51 venceu a prova na sua categoria, com a companhia do Corvette #63, primeiro pódio do C8.R na sua estreia em Le Mans e o Porsche #92 ficou com ó último lugar do pódio.

LMGTE AM – Língua portuguesa no pódio

A força dos Ferrari ficou clara logo nas primeiras horas também nos AM. Apesar da pole feita pelo Porsche da Dempsey Proton #88 (Julien Andlauer / Dominique Bastien / Lance Arnold), o Ferrari #83 da AF Corse (François Perrodo / Nicklas Nielsen / Alessio Rovera) cedo passou para frente, dividindo as despesas da liderança com o Aston Martin #33 da TF Sport (Ben Keating / Dylan Pereira / Felipe Fraga), com a companhia do Aston Martin #98 (Paul Dalla Lana / Nicki Thiim / Marcos Gomes) da Aston Martin Racing, o #47 da Cetilar (Roberto Lacorte / Giorgio Sernagiotto / Antonio Fuoco )e o #80 da Iron Lynx (Matteo Cressoni / Rino Mastronardi / B Callum Ilott).

O #98 terminou a prova mais cedo com uma saída de pista violenta que motivou um dos quatro períodos de Safety Car ficando fora de prova. Apesar das várias trocas na liderança, desta luta saiam o #83 e o #33 para o confronto final, com vantagem para o Ferrari #83. A luta prolongou-se até ao fim da prova mas foi mesmo o Ferrari da AF Corse a vencer, seguido do Aston Martin #33 com Dylan Pereira, um luso-luxemburguês que fez uma grande prova, no pódio e em terceiro lugar ficou o Ferrari #80 da Iron Lynx.

Destaque também para o Oreca #84 (Takuma Aoki / Nigel Bailly / Matthieu Lahaye), carro que correu a convite, com um carro adaptado a dois pilotos com mobilidade reduzida que terminou a prova num honroso 32º lugar.

2022 – 24 Horas Le Mans: Toyota vence sem contestação e Glickenhaus sobe ao pódio

O Toyota #8 (Sébastien Buemi/Brendon Hartley/Ryō Hirakawa) venceu a edição 90 das 24 Horas de Le Mans, batendo o carro-irmão, o Toyota #7 (Mike Conway/Kamui Kobayashi/José María López). A luta pela vitória à geral e na classe maior do Campeonato do Mundo de Resistência da FIA, os Hipercarros, deu-se apenas entre os dois carros nipónicos. O Glickenhaus #709 (Ryan Briscoe/Franck Mailleux/Richard Westbrook) subiu ao pódio, depois do #708 (Pipo Derani/Romain Dumas/Olivier Pla) da estrutura norte-americana e o Alpine #36 (Nicolas Lapierre/André Negrão/Matthieu Vaxivière) terem tido alguns problemas que os retiraram da luta pelo terceiro lugar.

O Toyota #7 liderou durante grande parte da corrida, mas depois de um problema elétrico já na segunda metade da mítica prova de resistência, o #8 herdou o primeiro lugar e não mais deixaram escapar.

Entre os LMP2 a vitória tem sabor português. António Félix da Costa, Will Stevens e Roberto Gonzalez venceram na classe aos comandos do Oreca #38 da JOTA. A liderança nunca esteve em causa após um brilhante início de corrida por parte do piloto luso.

O Oreca #9 da Prema (Lorenzo Colombo/Louis Delétraz/Robert Kubica) terminou a mais de 2 minutos do líder, tendo atrás de si o segundo carro da JOTA, o Oreca #28 (Jonathan Aberdein/Ed Jones/Oliver Rasmussen).

A classe GTE-Pro foi a mais dramática de todas em La Sarthe. Os Corvette lideraram a prova, mas tiveram de abandonar os dois carros durante a segunda metade da corrida – um problema mecânico no #63 (Nicky Catsburg/Antonio García/Jordan Taylor) e um acidente causado por um LMP2 fez desistir o #64 (Tommy Milner/Alexander Sims/Nick Tandy) – deixaram a Porsche e a Ferrari a discutirem a vitória. O Porsche #91 (Gianmaria Bruni/Richard Lietz/Frédéric Makowiecki) venceu com 45s de vantagem sobre o Ferrari #51 (James Calado/Alessandro Pier Guidi/Daniel Serra) e o #52 (Antonio Fuoco/Miguel Molina/Davide Rigon) dos carros italianos fechou o pódio.

Nos GTE-Am o estreante em Le Mans Henrique Chaves venceu juntamente com Marco Sorensen e Ben Keating no Aston Martin Vantage #33 da TF Sport. Durante a noite alcançaram o primeiro posto através de uma boa prestação dos seus pilotos e de uma boa estratégia da equipa. Deixaram o Porsche #79 (Julien Andlauer/Cooper MacNeil/Thomas Merrill) da Weathertech Racing a mais de 44s e o Aston Martin #98 da Northwest AMR (Paul Dalla Lana/David Pittard/Nicki Thiim) fechou o pódio nesta classe.

2023 – 24h Le Mans: Ferrari venceu a edição centenária

“Veni, vidi, vici”. A Ferrari regressou ao endurance 50 anos depois da últimas participação e conseguiu vencer a edição centenária das 24h de Le Mans. Depois de meio século afastada das corridas de longa duração, a Scuderia regressou a La Sarthe e triunfou numa corrida de loucos, carimbando a 10ª vitória da sua história na mítica prova francesa. O Ferrari #51 de Alessandro Pier Guidi, James Calado e Antonio Giovinazzi fica assim na história e o nome Ferrari volta a gravado a ouro na história de Le Mans. O Toyota #8 de Sebastien Buemi, Brendon Hartley e Ryo Hirakawa deu luta até perto do fim, mas um pequeno erro do jovem Hirakawa acabou com as esperanças dos nipónicos que eram vistos como os grandes favoritos para esta corrida. A fechar o pódio, o Cadillac #2 de Earl Bamber, Alex Lynn e Richard Westbrook mostrou que o LMDh americano tem potencial para andar nos lugares da frente. Uma corrida pautada pela regularidade, com um bom ritmo, apesar de um furo abaixo dos Toyota e dos Ferrari, deu o terceiro e quarto lugar, com o “Caddy” #03 de Sebastien Bourdais, Renger van der Zande e Scott Dixon a ficar às portas do pódio. No top 5 ainda coube o segundo Ferrari, o #50 de Antonio Fuoco, Miguel Molina e Nicklas Nielsen. Para as cores portuguesas, foi uma edição para esquecer, apesar do talento dos pilotos lusos ter ficado, mais uma vez, realçado.

Hypercar

Os deuses das corridas juntaram-se para nos dar uma edição memorável das 24h de Le Mans. O centenário foi festejado com uma corrida tremenda, com emoção, drama, grandes lutas e incerteza até perto do final. Tivemos chuva torrencial, sol, muitos incidentes, erros de pilotos experientes, muitas interrupções. Tivemos um pouco de tudo nesta espetacular corrida. Mas nisto dos deuses das corridas, a Ferrari parece ter tratamento especial e a mítica marca italiana acabou por vencer a edição que todos queriam ganhar. Uma prestação sem mácula de um carro que se estreou este ano e que mostrou velocidade e fiabilidade ao nível da Toyota, que desde 2012 que anda nisto das corridas de longa duração. A experiência e a qualidade da Toyota não chegou para vencer a prova que, em teoria, era para eles.

A corrida começou de forma atribulada. As primeiras horas ficaram marcadas por muitos incidentes, bandeiras amarelas e Safety Cars, com a chuva a complicar as contas das equipas. No entanto, seguindo a tendência dos treinos e da qualificação com a Toyota e Ferrari a instalarem-se nos lugares da frente. No entanto, a concorrência não estava longe, com a Porsche, a Peugeot e até os Cadillac sempre por perto.

Para Porsche foi uma corrida ingrata. O Porsche #75 (F. Nasr / M. Jaminet / N. Tandy) apresentava-se no início como um dos carros mais fortes, mas foi também o primeiro a desistir com problemas na pressão de combustível, enquanto o #5 (D. Cameron / M. Christensen / F. Makowiecki) perdeu tempo nas boxes com problemas no arrefecimento do carro. O carro #6 perdeu mais de 40 minutos com uma reparação demorada na 16ª hora de prova. A Porsche queria festejar a 20ª vitória na edição centenária, mas não conseguiu, nem com o esforço da Hertz JOTA, equipa privada que levou o 963 para a pista. António Félix da Costa chegou a liderar a corrida, com um ritmo diabólico, mas uma saída de pista de Yifei Ye acabou com o sonho luso. A Porsche ficava assim arredada das contas pela vitória.

A história da Peugeot também foi feita de alegria e tristeza. Apesar do ritmo inicial ser pouco prometedor, a marca do leão começou a aproximar-se do topo da tabela. A noite parecia estar a trazer boas notícias e o carro #94 (L. Duval / G. Menezes / N. Müller) a liderar a corrida durante algum tempo. Infelizmente, Gustavo Menezes não evitou uma saída na Chicane Daytona, o que motivou um atraso de oito voltas, retirando o carro da luta pela vitória. Também o #93 (P. Di Resta / M. Jensen / J. Vergne) perdeu muito tempo com uma saída de pista de Jean-Éric Vegne, que ficou preso na gravilha em Arnage, o que motivou uma perda de tempo considerável. O sonho do regresso aos triunfos da Peugeot esfumou-se assim na sempre difícil noite de Le Mans.

Quanto aos privados, o Vanwall #4 ( T. Dillmann / E. Guerrieri / T. Vautier) viu a corrida acabar na volta 165 com um problema no motor que levou ao fim da participação da equipa. A Glickenhaus usou da resiliência e teimosia para chegar ao fim e conseguiu, com o sexto e sétimo lugar, em mais uma excelente prestação da pequena equipa que poderá não estar em pista no próximo ano. A equipa enfrentou alguns problemas, mas regressou sempre à pista com o #708 (R. Dumas / R. Briscoe / O. Pla) e #709 (F. Mailleux / N. Berthon / E. Gutierrez) a darem motivos de orgulho para James Cameron, chefe da equipa.

Nas contas da vitória sobraram a Ferrari e a Toyota, com a Cadillac a rondar. Mas apenas um Cadillac. O #311( L. Derani / A. Sims / J. Aitken) ficou fora da luta logo na primeira volta, com um erro de Jack Aitken, que não evitou uma saída de pista, sofrendo com as condições de pista traiçoeiras. Sobrava o #2 e o #3 que se foram acercando do pódio, esperando pelos erros da Toyota e Ferrari, sempre mais fortes.

E foi neste duelo entre japoneses e italianos que todo o mundo se focou. A Toyota e a Ferrari foram trocando posições na frente, com muito pouco a separar as duas equipas. Do lado da Ferrari, havia mais velocidade, mais ritmo, mas do lado da Toyota havia mais experiência e mais conhecimento. No entanto, foi a Toyota a começar a claudicar, com o #7 de (M. Conway / K. Kobayashi / J. Lopez) foi o primeiro a ficar fora de prova, envolvido num incidente que motivou a desistência. Sobrava o Toyota #8 contra os dois Ferrari. Mas os deuses das corridas quiseram igualar as contas e o #50 acabou por ficar muito tempo nas boxes ainda durante a noite de Le Mans, com uma fuga de água que demorou a ser resolvida. Sobrava a luta #8 vs #51. Apesar da Ferrari ter alguma vantagem, a Toyota esteve sempre por perto até que na penúltima volta da prova, Ryo Hirakawa acabou por bloquear o eixo traseiro (um problema que ia dado problemas aos pilotos) e o carro bateu contra as proteções na curva Arnage. A Toyota perdeu aí uma volta e a Ferrari colocava uma mão no troféu. Os corações italianos ainda pararam na última paragem, em que o #51 necessitou de reiniciar os sistemas perdendo perto de um minuto, mas a vantagem para o #8 era suficiente para se manter na frente, até a mais desejada bandeira de xadrez ser mostrada. Uma corrida tremenda da Ferrari, que foi a mais forte, contra um adversário fortíssimo. A era de ouro do endurance começa a agarrar fãs por todo o mundo.

LMP2

No último ano dos LMP2 no WEC (apesar de continuarem a correr em Le Mans), os protótipos secundários voltaram a mostrar que são grandes máquinas e que dão excelentes corridas. O #34 da Inter Europol de Jakub Smiechowski, Albert Costa e Fabio Scherer (que fez metade da corrida com o pé partido depois do Corvette #33 ter passado por cima do pé do piloto suíço) venceu a corrida, depois de uma exibição portentosa da equipa que até nem começou da melhor forma, algo longe dos primeiros lugares. Mas sobreviveu à primeira metade, marcada por muitos incidentes e depois do meio da corrida, agarrou a liderança com a pressão do #41 da WRT de Rui Andrade (R. Andrade / L. Delétraz / R. Kubica). A sorte da corrida começou a sorrir ao #34, com os Safety Car e as Slow Zones a permitirem a consolidação da estratégia. O #41 andou sempre por perto, mas não conseguiu retirar o carro polaco do primeiro lugar. Em terceiro lugar o #30 da Duqueine (N. Jani / R. Binder / N. Pino) que também manteve pressão elevada nos primeiros, sem conseguir chegar ao objetivo desejado. Do lado de Filipe Albuquerque, o sonho da vitória acabou cedo, ainda nas primeiras horas. O #22 (P. Hanson / F. Albuquerque / F. Lubin) não evitou um incidente com um GT com Frederik Lubin a deitar por terra as esperanças do piloto português. Restou continuar para honrar a equipa e a prova.

Mas em LMP2, voltamos a ter motivos para sorrir. O #45 da Algarve Pro Racing (G. Kurtz / J. Allen / C. Braun) venceu nos Pro Am, o segundo triunfo consecutivo da equipa portuguesa nesta categoria em Le Mans. Foi claramente a equipa mais regular ao longo da corrida, evitando problemas, enquanto os adversários foram caindo ao longo das 24. Uma verdadeira prova de endurance por parte do carro com bandeira portuguesa, que conseguiu mais um triunfo em Le Mans.

LMGTE

Apenas os mais fortes resistiram, apenas os melhores conseguiram o pódio. Numa prova em que mais de metade dos GT acabaram por desistir foi o Corvette #33 de Nicky Catsburg, Nico Varrone e Ben Keating a vencer. Depois de conquistarem a pole, estiveram na frente da corrida nos primeiros momentos da prova, mas um problema num dos amortecedores do carro motivou um atraso de duas voltas. Mas o #33 recuperou do atraso durante a noite e voltou a colocar-se em posição de tentar a vitória. Entretanto o Porsche #85 da Iron Dames ( S. Bovy / M. Gatting / R. Frey) passou para a frente da prova e parecia ter tudo para vencer, apesar da pressão do Aston Martin #25 da ORT by TF (A. Al Harthy / M. Dinan / C. Eastwood) que se juntou à festa perto do fim. O #85 foi perdendo tempo e uma paragem mais lenta perto do fim acabou com as esperanças da tripulação 100% feminina. A vitória do #33 foi inquestionável, com o #25 em segundo e o Porsche #86 da GR Racing (M. Wainwright / B. Barker / R. Pera) a fechar o top 3.

Ativar notificações? Sim Não, obrigado