François Ribeiro: Vencer em Vila Real é como vencer em Nordschleife

Por a 29 Junho 2018 13:18

François Ribeiro não tem dúvidas que Vila Real é uma pista onde apenas os melhores se destacam. A exigência da pista foi realçada pelo chefe do WTCR que foi claro  nas suas declarações: “Vencer em Vila Real é como vencer em Nordschleife. Apenas os melhores conseguem destacar-se numa pista tão exigente quanto esta.”

Ribeiro recusou-se a falar do futuro a longo prazo, preferindo olhar e falar apenas para os dois anos que tem pela frente, a duração do acordo com a WSC, para uso da regulamentação TCR:

“Se as equipas, as marcas, a FIA e os fãs gostarem do campeonato e quiserem continuar iremos fazer o nosso melhor para continuar. Estou aqui para falar do WTCR e não quero falar de qualquer outro campeonato. Vamos tentar fazer uma grelha ainda melhor em 2019. Creio que a vinda oficial das marcas está fora de questão e farei tudo para que tal não aconteça.”

O chefe do WTCR mostrou-se contra a entrada de equipas oficiais no WTCR, defendendo que poderia ser o fim da categoria:

“Se as marcas vierem, o TCR corre sérios riscos. Se abrirmos essa porta podemos matar não só o WTCR mas também toda a categoria TCR. As marcas estão a fabricar TCR e a apoiar as equipas com a ideia de vender os seus modelos nos vários países onde o TCR está presente. Se matarmos o campeonato que promove toda a categoria seria muito mau. Seria bom ter novos carros, de marcas diferentes, que  apoiem mais as equipas e tragam mais pilotos de fábrica e neste momento temos quase meia grelha com pilotos pagos pelas marcas, mas sem a necessidade de ter equipas de fábrica. Estamos a provar este ano que podemos ter um campeonato super competitivo, com elevados padrões de qualidade, sem a necessidade de termos equipas oficiais. O que as equipas precisam é de um forte apoio das marcas a nível técnico e beneficiar de pilotos de fábrica. Um um excelente equilíbrio e uma fórmula muito boa e creio ser também muito bom para os fãs.”

François Ribeiro não tem dúvida que o WTCR é uma excelente rampa de lançamento para jovens e acredita que poderá haver novidades em 2019 no que a novas marcas diz respeito:

“Estamos a atrair jovens talentos. O WTCR pode ser uma rampa de lançamento para jovens pilotos. O caso de Ehrlacher é um deles. Neste momento já deverá ter boas propostas em cima da mesa e no futuro poderá ter ainda mais. Creio que no mínimo teremos mais uma marca representada no campeonato e se tivermos sorte, talvez duas. Não nos podemos esquecer que já temos 7 marcas envolvidas.”

 

Ribeiro está contra grandes mudanças no traçado vilarealense e acredita que a Joker lap resultou em cheio:

“Havia grande cepticismo em relação à Joker Lap, mas fiz todos os esforços para que ela se tornasse realidade. A experiência do ano passado provou que a ideia é apropriada para circuitos citadinos. Não creio que possamos mudar algo mais no circuito. É longo o suficiente e difícil o suficiente. Usarmos o traçado antigo aumentaria os custos. Não estou certo que seja necessário mudar o traçado todos os anos para termos um espectáculo melhor.  Podemos estudar cuidadosamente o desenho das chicanes especialmente este ano, em que temos de avaliar se estas chicane se adequam a estes carros. É fácil mudar as chicanes mas muito mais difícil mudar o traçado de uma pista e creio não ser necessário. Quero usar a Joker Lap noutras pistas mas apenas em citadinos. Em Macau não temos espaço para isso. Já estudei essa possibilidade várias vezes mas não temos essa possibilidade. “

Para finalizar, o campeonato está feliz com as mudanças introduzidas que têm resultado num aumento nas visualizações dos conteudos disponibilizados pelo promotor. O WTCR está a crescer e a atrair jovens:

“Temos 200 mil espectadores em  média a ver a corrida de sábado. Seria bom tentar melhorar a experiência de quem vê as corridas online. Não é fácil colocar comentários na língua de cada país que nos vê no Facebook. Neste momento temos comentários em inglês para toda a gente e nem todos conseguem ver as corridas em inglês, mas estamos a estudar algumas ideias.  Mas o online não afecta as visualizações na TV pois este ano estamos com uma taxa de visualização 15% superior à do ano passado. Temos uma presença muito forte nas redes sociais e os nossos vídeos são vistos por mais de 2 milhões de pessoas por fim de semana. É o dobro do que tínhamos no ano passado. E a media de idade das pessoas que agora passaram a ver o WTCR é inferior a 30 o que é excelente para nós.”

 

O WTCC deixou de ser falado. O promotor não quer nem fotos nem referências à antiga competição, mas o WTCR está a superar as expectativas. O campeonato não perdeu com a mudança. Pelo contrário, ficou mais competitivo, mais apelativo e vai convencendo cada vez mais fãs. Ribeiro tem motivos para estar satisfeito.

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