Fábio Mota: “O 308 tem um chassis muito equilibrado”
Fábio Mota começa a preparar o seu novo desafio, a 308 Racing Cup. O piloto de Vila Nova de Gaia estreia-se este ano na competição francesa em detrimento do TCR Europe, que veio substituir o ETCC, onde esteve inserido nos últimos dois anos:
“O TCR Europe era um dos projectos iniciais que tinha em mente para este ano. Entretanto, houve algumas mexidas no calendário, a época passou de 6 para 7 provas e se essa corrida acrescentada à última da hora fosse em Portugal, Vila Real por exemplo, eu conseguia justificar mais esse custo junto dos patrocinadores. Não sendo em Portugal, não consegui angariar o necessário.”
Mota tem noção que a nova competição TCR será muito renhida e muito equilibrada mas acabou por estruturar um projeto a médio prazo na 308 Racing Cup, com o intuito de evoluir, conhecer uma nova realidade e estar em contacto com uma equipa ligada diretamente à Peugeot:
“A minha escolha recaiu sobre o Peugeot 308 Racing Cup, com performances muito idênticas ao TCR. Existe ainda um forte apoio da marca e o vencedor do troféu receberá um carro com especificações TCR no ano seguinte. A ideia é entrar no mercado francês, que é algo desconhecido para mim, mas que sei que é um país muito forte nos Turismos, para além de ser um troféu com reconhecimento da FIA e do facto de ir à Bélgica e a Espanha, o que prova que a marca está também a fazer um investimento para alguns anos. Quero ganhar reputação nesse mercado e alguma consolidação financeira, para tentar outro tipo de projecto e se puder ser com a Peugeot melhor.”
A escolha deste campeonato foi em grande parte graça a um teste que o piloto fez em Magny Cour com a máquina francesa que convenceu Fábio Mota:
“As sensações foram muito boas, já que o 308 tem um chassis muito equilibrado, uma travagem muito forte, um nível de aderência muito bom mesmo com pneus usados, com caixa Sadev que já conheço, que oferece uma performance muito boa. Fiquei logo de olho no carro e se calhar, se não tivesse testado o Peugeot naquela altura, agora não teria colocado o troféu como próximo objectivo na minha carreira. É um troféu forte.”
O calendário conta com 6 provas, duas das quais serão uma novidade para Mota. Nogaro e Dijon serão as novas pistas a aprender mas o piloto está ansioso por correr num campeonato muito renhido, onde todos vão andar num ritmo semelhante o que promete grandes lutas:
“Vai ser muito interessante ver 25 carros idênticos a lutar pela primeira curva. Vai ser bom para pilotos e para os fãs que vão poder ver as corridas em live streaming no site da Peugeot Sport, quer no site da federação francesa.”
2017 foi um ano de aprendizagem para o piloto no ETCC. A segunda passagem pela taça europeia teve altos e baixos, mas no geral ficou a ideia que este ano poderia ter sido muito melhor para Mota. O andamento mostrado na Hungria e na Alemanha por exemplo evidenciou o potencial do piloto que teve de enfrentar situações atribuladas que retiraram potenciais bons lugares:
“Ficou provado que se não fizermos um esforço orçamental, não se consegue melhores resultado. Sem meios para testar e treinar, os erros tendem a aparecer pois temos que andar mais no limite. E isso condicionou o meu segundo ano no ETCC. Mas cumpri o campeonato todo e isso faz parte da minha forma de estar. Prefiro ter de usar menos pneus por fim de semana, por exemplo, do que sair a meio. E os resultados mostram também uma evolução e isso não pode ser esquecido. Podia ter sido melhor mas ainda tenho tempo para provar o meu verdadeiro valor. “
Quanto a um possivel regresso ao campeonato nacional, Fábio Mota defende que se os responsáveis conseguirem reduzir os custos, talvez os piloto que competem lá fora possam regressar e fazer o campeonato ou pelo menos algumas provas:
“Creio que estão a ser desenvolvidos esforços para a redução de custos do TCR Portugal o que é muito bom pois isso pode permitir que alguns pilotos que competem fora, possam também estar presentes no nacional assim como para permitir que pilotos que estejam em categorias de iniciação possam também dar o salto. “
Uma aposta realista mas inteligente de Fábio Mota para a época 2018, já a pensar no futuro.
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