Miguel Ramos: “Com o handicap não tivemos motor nem carro para recuperar”

O handicap provocado pela vitória há quinze dias em Portimão, penalizou bastante a performance do Corvette #2 de Ramos e Pastorelli. Os 90 segundos de paragem nas boxes foram por isso um fator de enorme importância no desenrolar de todo o fim-de-semana.

Logo na Q1 se percebeu que o Corvette #2 com o handicap de peso e ainda com o restritor mais pequeno, estava com bastante dificuldade em acompanhar o ritmo do Ferrari de Montermini-Schirò e Rugolo-Sdanewitsch. Por isso foi sem surpresa que o melhor tempo de Ramos foi o 4º, imediatamente atrás do Corvette da SRT de Tutumlu. Na Q2 e com Pastorelli ao volante, os Ferrari continuaram inalcançáveis e Rugolo fez a Pole, secundado por Aircart e só depois ficou o Corvette da V8 Racing com Soulet imediatamente a seguir.

Se os tempos dos treinos faziam prever alguma dificuldade, o ritmo de corrida e mais concretamente o handicap de tempo na paragem para a troca de pilotos, provocado pelas vitórias em Nurburgring e Portimão, fez com que a dupla Ramos/Pastorelli não tivesse hipótese de lutar pela vitória em Jerez, pois o tempo extra de paragem fez com que na entrada em pista para o segundo turno, o Corvette fosse parar no meio do pelotão, complicando bastante a gestão da corrida.

Segundo Miguel Ramos, “O handicap é sem dúvida um fator com o qual se pretende tentar nivelar o desempenho dos carros em pista em função dos resultados anteriores. Mesmo com o peso extra mas sem tráfego, temos ritmo e conseguimos andar em bons tempos, mas se apanhamos um carro lento temos muita dificuldade em ultrapassar. Como o handicap na troca de pilotos nos empurrou para o meio da tabela, não tivemos motor nem carro para recuperar. Tenho imensa pena, pois Jerez é um circuito que gosto muito, mas às vezes as coisas não saem bem e desta feita coube-nos a nós. Daqui a quinze dias vamos para o Hungaroring e estaremos limpos de handicap. Ainda que não seja o género de circuito mais adequado ao Corvette, estamos empenhados em regressar à luta pela vitória, mas com esta questão dos handicaps e mais concretamente não revendo a questão dos restritores fica muito difícil pois caindo lá para trás, não temos motor para recuperar”.

Com a vitória esta tarde do Ferrari da Scuderia Villorba Corse, Andrea Montermini e Niccolò Schirò, passaram para a liderança do Campeonato com 13 pontos de vantagem sobre a dupla Ramos/Pastorelli e mais 15 sobre a do Ferrari de Mavlanov/Zampieri.

A próxima prova do International GT Open será no Hungaroring a 5 e 6 de Julho