24 HORAS DE LE MANS: Preocupação com as zonas lentas

A ACO introduziu este ano um novo sistema para evitar as mais do que aguardadas entradas do Safety Car em pista devido a incidentes vários, substituindo-as por ‘zonas lentas’. Esta mudança nos procedimentos de segurança levaram à criação destas ‘zonas lentas’, onde apenas essa seção do circuito fica sob ‘cautela’ e onde os carros não podem ultrapassar os 60 Km por hora na zona designada, um sistema semelhante que tem sido usado nas 24 Horas do Dubai (aqui em todo o circuito), onde todos os carros diminuem imediatamente para a 60 Km/h e mantêm as suas posições relativas na pista, eliminando a necessidade da entrada do Safety Car tantas. O sistema da ACO prevê, logicamente, a utilização de Safety Car em acidentes maiores, que exigem neutralização de todo o circuito.

Contudo, Alex Wurz, piloto oficial da Toyota, é um dos que acredita que a introdução das zonas lentas nas 24 Horas de Le Mans, podem redundar em algum perigo para os pilotos alegando que o principal risco é precisamente as travagens bruscas que podem acontecer na entrada para essas mesmas zonas lentas. “Eu defendo a ideia de que as zonas lentas aumentam o tempo de corrida e a distância percorrida em competição. Mas também são um risco, porque, por exemplo, durante as sessões de treinos eu rodava a 340 km/h com um pára-brisas sujo e com a vibração é difícil de ter boa visibilidade, por isso existe um grande risco, porque enquanto alguns vão travar forte, outros podem manter a velocidade”, explica Alex Wurz.