GT Open, Miguel Ramos: “Poderia ter sido uma injustiça”
Miguel Ramos falou ao AutoSport sobre a época fantástica que viveu com Chaves no GT Open, competição que foi dominada pela dupla lusa de fio a pavio. Um dos pilotos mais experientes teve de aguentar a pressão da última corrida que ficou decidida de forma caricata, mas com justiça a ser feita, como referiu Ramos:
“ É um prémio pelo trabalho que eu e o Henrique fizemos ao longo do ano. Fomos os mais consistentes, estivemos sempre à frente e esta consistência permitiu-nos vencer apesar da intempérie que nos criaram na última corrida, com um comportamento pouco ético por parte dos nossos adversários. Mas apesar disso, conseguimos vencer pois tínhamos mais pontos conquistados até ali. Poderia ter sido uma injustiça pois aquele incidente fez com que não marcássemos qualquer ponto na última corrida, mas felizmente o trabalho feito permitiu que levássemos a melhor. Durante todo o fim de semana estiveram mais preocupados connosco do que com eles próprios e a certo ponto não aguentaram a pressão, nós aguentamos e vencemos.”
O tão falado incidente nos últimos momentos da prova deixou um amargo de boca aos portugueses que lutaram de forma limpa até ao final, mas que viram os seus adversários fazerem jogo sujo:
“Custou-me imenso ver aqueles comportamentos e ficou claro que havia uma estratégia montada. O Stephane Ortelli devia ter vergonha pois já é um piloto experiente, bastante prestigiado, com uma carreira impressionante e fez o sujo papel de perder tempo já com uma volta de atraso, esperando que o colega de equipa se aproximasse. Mesmo assim consegui passá-lo. Depois o Vincent Abril perdeu a cabeça, pois faltava apenas um minuto e vinte para o fim da corrida e sabia que não bastava ultrapassar, tinha de me ganhar dois segundos pois tinha o handicap de penalização porque não cumpriu com o tempo na troca de pilotos. O toque que me deu não foi de luta porta com porta, pois ele bateu-me na traseira do carro. Na volta anterior já tinha tentado e saiu completamente fora de pista no final da reta interior. “
“Eu estava algo nervoso com esta situação. Sabia que tinha a corrida sob controlo e sabia que ritmo colocar de forma segura sem arriscar nada. Ele estava mais rápido que toda a gente pois eles usaram uma estratégia de pneus novos no último stint e por isso estava mesmo ao ataque. O primeiro momento que me deixou apreensivo foi quando a equipa me avisou que o Ortelli estava à minha espera, pois estava a perder muito tempo. Mais ainda quando percebi que ele estava a ser maldoso e por exemplo, levantava o pé a meio da curva três que é feita sempre em aceleração, com o intuito de eu perder o carro. Tinha de ter muito cuidado na ultrapassagem pois se ele me atirasse fora eu perdia a corrida e o campeonato mas o companheiro de equipa dele lucrava. Quando começou a ver bandeiras azuis começou a aumentar o ritmo mas para mim foi otimo pois com aquele andamento o colega não chegaria a alcançar-me. A equipa deve ter reparado isso e ele voltou a baixar o andamento, mas ele cometeu um erro e consegui passar. Bastava-me seguir sem cometer erros mas infelizmente cometi um e o Abril aproximou-se. Como sabia que ele tinha dois segundos de penalização estava relativamente tranquilo e numa tentativa de ultrapassagem ele foi demasiado ambicioso e travou tarde demais, eu fiz-lhe uma cruz e fiquei convencido que ele nunca mais me passava. Sabia que a pista tinha apenas dois locais de ultrapassagem e que estávamos na última volta. Se ele me passasse iria atrás dele e nunca perderia dois segundos. Nunca imaginei que ele tentasse uma ultrapassagem naquela curva.”
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