IndyCar, Indy500: Um guia para estreantes

Por a 21 Agosto 2020 11:39

Domingo, dia 23 de agosto, corre-se a 104º edição da Indianapolis 500, depois de ter sido adiada da sua data habitual em maio devido à pandemia da COVID-19. Na pole position estará Marco Andretti no #98 da Andretti Herta Autosport Honda. Marco é filho de Michael Andretti e neto de Mario Andretti.

Outra das atrações desta corrida é Fernando Alonso. O piloto espanhol tenta completar a ‘Tripla Coroa’ com uma vitória na corrida histórica da IndyCar, após já ter vencido o Grande Prémio do Mónaco de Fórmula 1 e as 24h de Le Mans no Campeonato Mundial de Resistência (FIA WEC). Alonso parte de 26º no #66 da Arrow McLaren SP.

Grelha para a corrida de domingo

A Indy500 é uma das corridas a vencer na América do Norte. Existem pilotos e equipas que apenas participam nesta corrida durante a temporada da IndyCar (exemplo: Fernando Alonso). No domingo, vão alinhar 33 carros, que ao longo de mais de 200 voltas vão percorrer a superspeedway de Indianapolis para completar uma distância de 500 milhas, ou cerca de 804.672 quilómetros.

A Indy500 é um espetáculo à “Americana”. Lembra-se da apresentação dos pilotos no Grande Prémio dos Estados Unidos da América, no Circuito das América, em 2017? Pois bem, isso já acontece há muito tempo na Indy500. A pré-corrida é sempre uma grande festa, com uma grande presença militar, paradas na reta do circuito, entre muitas outras coisas. Claro que a corrida se tem realizado ao longo dos anos no fim de semana do Memorial Day (o Memorial Day é um feriado nos Estados Unidos da América que serve para honrar os militares que morreram ao serviço das Forças Armadas dos Estados Unidos).

Este ano, devido à pandemia da COVID-19, ainda não se sabe o que vai acontecer. O que se sabe já é que não vai haver espetadores, nem Roger Penske vai estar no pitlane. A última vez que “O Capitão” não esteve presente foi entre 1996 e 2000, quando havia a divisão da CART e da Indy Racing League.  

Sobre a corrida

Nesta corrida, os pilotos tem um arranque em movimento, em filas compostas por três carros. Na primeira parte da corrida, os pilotos tentam sempre encontrar o seu ritmo, com o maior factor de diferenciação a ser as ‘cautions’. As ‘cautions’ são como as bandeiras amarelas na Fórmula 1, mas, como isto é uma oval, onde se atingem velocidades superiores a 300km/h, o pace-car entra sempre que existe uma ‘caution’, o que reagrupa o pelotão e dá a oportunidade a paragens nas boxes, para se poder colocar combustível e mudar pneus. Parar em bandeira verde no início pode certamente comprometer a corrida, pois Indianapolis tem apenas 2.500 milhas, ou seja, cerca de 4.023 quilómetros, o que pode significar logo voltas de atraso.

A estratégia do combustível é essencial na Indy500. Na corrida, um bom cone de ar pode ajudar nisto, já que se podem aumentar o número de voltas com o mesmo tanque de combustível (cerca de uma a quatro voltas a mais).

Em termos de pneus, os pilotos têm duas escolhas. O composto vermelho ou o composto preto da Firestone. O vermelho desgasta-se mais rapidamente enquanto o preto dura mais.

No final, o vencedor vê o seu nome inscrito no Borg-Warner Trophy. E depois é só abrir o champanhe… Ou, não! Na Indy500 o vencedor não tem direito a champanhe, mas sim a uma garrafa de leite!

Em 2020, quem são os pilotos a ter em conta?

Em 2020, existem alguns antigos e futuros pilotos de Fórmula 1. Takuma Sato é, deste lote. Sato é o piloto com maiores chances, já que arranca da terceira posição. O piloto japonês já provou o leite em 2017.

Outro antigo piloto da Fórmula 1, Alexander Rossi, também quer provar novamente o leite da vitória. Rossi venceu a corrida em 2016, tendo sido segundo em 2019. Rossi vai começar de nono.

Já fizemos menção a ele, mas Fernando Alonso também quer vencer a corrida. Em 2021, Alonso regressa à Fórmula 1 pela equipa Renault, que já fez saber que o espanhol vai estar concentrado no programa de Fórmula 1 e não poderá realizar a Indy500. Portante, vamos aos dados das participações de Alonso: já esteve em três ocasiões na oval americana. Em 2016 terminou em 24º, mas teve problemas no motor Honda que equipava o seu monolugar. Em 2019 não conseguiu qualificar-se. Vamos ver o que faz em 2020, a partir de 26º no Arrow McLaren SP.

Outro antigo piloto da Fórmula 1 é Marcus Ericsson, que parece ter renascido na IndyCar. O sueco parte de 11º no carro da Chip Ganassi Racing. A equipa americana tem dominado este início de temporada com Scott Dixon, portanto Ericsson tem uma boa hipótese de fazer um bom resultado.

Não podemos descartar Josef Newgarden. O duas vezes campeão da IndyCar tenta a sua primeira vitória na Indy500 com um carro do Team Penske. No Team Penske também está o vencedor da edição de 2019, Simon Pagenaud, que vai sair de 25º.

A edição de 2020 é já este domingo, dia 23 de agosto, e começa a partir das 18h, hora de Portugal Continental.

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