IMSA, Detroit: Cadillac domina a corrida, Filipe Albuquerque ficou-se pelo quinto lugar

Por a 4 Junho 2022 22:31

Mais uma grande corrida no IMSA, desta vez em Detroit. O traçado de Belle Isle recebeu a sexta jornada do IMSA WeatherTech SportsCar Championship e a Cadillac, como era esperado, dominou a corrida. Mas não foi um domínio fácil e as jogadas estratégicas tiveram um peso importante no desfecho da prova. Para o #10 de Filipe Albuquerque e Ricky Taylor, foi um dia menos bom que rendeu apenas o quinto lugar, no que pareceu ser uma opção estratégica menos feliz.

O Cadillac #01 (R. van der Zande / S. Bourdais) largou da pole e manteve-se na frente da corrida durante a primeira metade. Não vimos grandes mudanças na frente da prova, com o Acura #60 (O. Jarvis / T. Blomqvist) e o Acura #10 (R. Taylor / F. Albuquerque) na perseguição ao líder. O #02 (E. Bamber / A. Lynn) seguida na quarta posição, à frente do #31 (O. Pla / P. Derani) e do #5 (T. Vautier / R. Westbrook).

Foi mesmo o #31 que lançou os dados nas primeiras voltas e na volta 10 o estreante na equipa Olivier Pla, dava o seu lugar a Pipo Derani, que cumpriria o resto da prova, no que era declaradamente uma estratégia de duas paragens. Na frente, fazia-se gestão de combustível, mas quando se esgotaram os 40 minutos de corrida, o #10 entrou para troca de pilotos. Filipe Albuquerque entrava no carro com uma hora de corrida pela frente, no que parecia uma tarefa impossível de fazer render o combustível esse tempo todo (uma segunda paragem deveria ser necessária). Foi preciso esperar mais 15 minutos para vermos os líderes a parar. No caso do #01, #60 e #02, as contas eram simples… uma paragem a meio da corrida e muita poupança de combustível. Foi apenas nessa altura que o #01 perdeu a liderança da prova, de forma temporária.

Quando os ciclos de paragens nas boxes ficaram concluídos, tínhamos o #01 na liderança, na frente do #60 e do #10 de Filipe Albuquerque. Quando faltavam à volta de 40 minutos para o fim da prova, foi a vez do #31 de Derani parar novamente para o que seria a última paragem do dia e o começo do assalto final. Pipo Derani começou a fazer voltas rápidas em sucessão e aproximava-se a bom ritmo do grupo da frente. Alguns minutos depois foi a vez de Albuquerque voltar a parar. Não sabemos ao certo se foi premeditado, ou se o #10 teve um problema, mas a decisão estratégica parecia não ser a melhor e Albuquerque caiu para o fim da tabela. Apesar de começar a fazer voltas rápidas, o piloto luso estava demasiado longe do grupo da frente para poder almejar a algo, sem a ajuda de um Full Course Caution, que acabou por não acontecer.

Na frente, tínhamos o #01, o #60 e o #02 no top 3 e um endiabrado Derani que vinha de faca nos dentes, a atacar. O ataque surtiu efeito e o brasileiro alcançou o top 3 e começou a pressionar Earl Bamber. Não foram precisas muitas voltas para o #31 passar para terceiro lugar, numa manobra musculada de Derani sobre Bamber. O ritmo do brasileiro mantinha-se forte e em pouco tempo alcançou Oliver Jarvis que estava ao volante do #60, que também tinha na sua mira o #01, que não estava a mais de 2 segundos do Acura rosa. Derani tentou passar Jarvis, mas o britânico não facilitou a vida, isto quando estávamos já a pouco mais de 10 minutos do final da corrida de 1h e 40 minutos.

Nos instantes finais, Derani lançou um ataque final a Jarvis, sem sucesso e quem aproveitou foi Bamber, que devolveu a manobra a Derani, regressando ao terceiro lugar, com o brasileiro a tentar defender-se no limite da legalidade, sem o conseguir. Já não havia muitas voltas para tentar retificar o sucedido e quando Renger Van der Zande cruzou a linha de meta em primeiro, tinha perto de si, Jarvis, Bamber e Derani já a dois segundos, com uma pane seca iminente. Ficava assim definido o top 4, com Albuquerque a terminar em quinto, lugar alcançado depois da última paragem de Richard Westbrook no #5.

Foi uma excelente corrida, com emoção até ao fim, mas não vimos muitas ultrapassagens na frente da corrida. Sebastien Bourdais esticou ao máximo o primeiro stint no #01 e Van der Zande fez o mesmo no segundo stint, sem nunca deixar que Jarvis se aproximasse demasiado, depois de um excelente primeiro stint de Tom Blomqvist no #60. Filipe Albuquerque e Ricky Taylor pareciam bem lançados para segurar pelo menos o terceiro lugar, mas a segunda paragem já algo tardia para uma estratégia de duas paragens não pareceu a melhor opção, atirando-os para o quinto lugar. A dupla que chegou líder a Detroit e sai na segunda posição da geral, atrás de Jarvis e Blomqvist no #60. O Cadillac #02 fez uma corrida positiva, enquanto o #31 e em especial Derani, mereciam um lugar no pódio depois de um ataque fulgurante que animou a segunda metade da prova. O #5 fez uma corrida cinzenta, sem motivos de destaque. Confirmou-se o favoritismo dos Cadillac, mas os Acura mostraram andamento para minimizar as perdas e as duas duplas das máquinas nipónicas continuam na frente do campeonato.

Nos GTD, única classe que fez companhia aos DPi, este fim de semana, vimos também excelentes lutas. O Lexus #17 (B. Barnicoat / K. Kirkwood) largou da pole, perseguido pelo Aston Martin #27 (R. De Angelis / R. Gunn) e do BMW #1 (B. Sellers / M. Snow). Este trio rodou sempre muito junto e as lutas em pista foram quentes, mas o resultado final ficou definido pela mesma ordem da qualificação, o que também mostra que a posição em pista foi muito importante nesta tarde em Detroit. Mas não foi por vermos poucas mudanças na liderança que deixamos de ter uma excelente corrida. 

NOTA : O carro #31 foi penalizado nas verificações pós corridas, por não respeitar o peso mínimo estipulado, o que o atirou para o fim da grelha dos DPi. Assim, Albuquerque e Taylor subiram ao quarto lugar final.

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