Fórmula 3, 2023: Muitas mudanças

Por a 3 Março 2023 10:27

Se a F2 é a porta de entrada privilegiada para a F1, a F3 é o passo a dar para estar mais perto da F2. A competição que foi remodelada em 2019, passando de GP3 a F3 tem dado boas corridas e tem-se revelado uma excelente escola para os jovens talentos. 

Se no ano passado, Victor Martins (de ascendência lusa) venceu o campeonato e ganhou lugar na F2, outros pilotos se destacaram e conseguiram dar o salto. Zane Maloney, Oliver Bearman, Isack Hadjar, Roman Staněk, Arthur Leclerc, Jak Crawford, Juan Manuel Correa, Kush Maini, Brad Benavides e Jak Crawford foram promovidos à F2 o que deu origem a muitas mudanças na grelha para este ano.

APENAS DUAS CORRIDAS POR FIM DE SEMANA

Os regulamentos técnicos e desportivos não mudaram muito em relação ao ano passado. O formato de fim de semana mantém-se. Na sexta-feira, teremos uma sessão de Treino Livre de 45 minutos e uma sessão de Qualificação de 30 minutos. À imagem da F2, teremos uma Prova de Sprint no sábado de 40 minutos + uma volta. No domingo teremos a corrida principal de 45 minutos + uma volta.

Os resultados da qualificação de sexta-feira determinarão a grelha de partida para a Corrida de domingo. A grelha de partida da Corrida de Sprint será determinada invertendo os 12 primeiros classificados da Sessão de Qualificação. O piloto que fizer a pole position receberá dois pontos.

Para a Corrida de Sprint, os 10 primeiros classificados receberão 10, 9, 8, 7, 6, 5, 4, 3, 2 e 1 pontos, respetivamente. Para a Corrida Principal, os 10 primeiros classificados receberão 25, 18, 15, 12, 10, 8, 6, 4, 2 e 1 pontos, respetivamente. A cada corrida, será atribuído um ponto ao piloto que conseguir a volta mais rápida, desde que tenha ficado nas 10 primeiras posições da classificação final da corrida.

O calendário deste ano conta com dez fins de semana com oito das nove rondas a serem disputadas na Europa, sendo que os pilotos terão de começar o ano no Bahrein, seguindo depois para a estreia do ano, Melbourne, na Austrália.

As mesmas máquinas

Quanto aos carros usados pelos jovens pilotos, não há mudanças continuando os chassis Dallara, equipados com motor de seis cilindros, 3.4L, que debita 380 cv às 8000 rpm, através de uma caixa sequencial Hewland de seis velocidades. Os monolugares são capazes de velocidades máximas de 300 km/h, fazendo dos 0-100km/h em 3.1 seg e 0-200km/h em 7.8 seg. Para este ano a novidade é o uso de um combustível com 55% da sua composição a ser de um biocombustível de origem sustentável, fornecido pela Aramco, nova fornecedora para a F2 e F3.

Novas caras para 2023

Como seria de esperar com tantas saídas, a grande maioria da grelha terá um aspeto muito diferente do ano passado. Começando pela Prema que venceu no ano passado o campeonato de equipas, apresenta um alinhamento completamente novo com Dino Beganovic (piloto Ferrari, vindo do FREC), Paul Aron (piloto Mercedes, vindo do FREC) e Zak O’Sullivan (Piloto Williams, vindo da Carlin). Também a Trident apresenta três caras novas, com Gabriel Bortoleto (vindo do FREC), Oliver Goethe (vindo da Euroformula Open) e Leonardo Fornaroli (campeão do FREC). A ART Grand Prix vai receber Nikola Tsolov (piloto Alpine, campeão da F4 espanhola), Kaylen Frederick (vindo da Hitech), mantendo Grégoire Saucy no alinhamento. A MP Motorsport terá três pilotos novos com a chegada de Mari Boya (vindo do FREC), Jonny Edgar (piloto Red Bull vindo da Trident) e Franco Colapinto (piloto Williams, ex -Van Amersfoort Racing). A Hitech passou a Hitech Pulse-Eight e recebe este ano Gabriele Minì (piloto Alpine, vice-campeão do FREC), Sebastián Montoya (piloto Red Bull, vindo do FREC). Falta conhecer o terceiro piloto que à hora de fecho desta edição não está confirmado. A Van Amersfoort Racing irá trabalhar com Caio Collet (ex- MP Motorsport), Tommy Smith (vindo do cam – peonato britânico de F3), mantendo Rafael Villagómez no alinhamento. A Carlin, que foi comprada pela Rodin Cars, sendo agora Rodin Carlin, recebe três pilotos novos com Hunter Yeany (ex- Campos), Ido Cohen (ex-Jenzer) e Oliver Gray (piloto Williams, vice-campeão F4 britânica). A Campos Racing terá este ano do seu lado Christian Mansell (ex-Charouz Racing System), Hugh Barter (vi – ce-campeão F4 francesa), mantendo Josep María Martí. A Jenzer Motorsport terá três estreantes com Alex García (vindo da Euroformula Open), Nikita Bedrin (vindo da F4 germânica) e Taylor Barnard (vice-cam – peão da F4 germânica). A PHM Racing by Charouz é novidade com a PHM a fazer parceria com a Charouz recebendo Sophia Flörsch, conhecida piloto de endurance, que terá a companhia de Roberto Faria (vindo da F3 britânica) e Piotr Wiśnicki (vindo do FREC).

FOTOS Formula Motorsport Limited

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