Fórmula E: Receio de ‘desvios’ técnicos por causa de novos construtores
A chegada de novos construtores à Fórmula E para surge numa altura em que a disciplina vai estrear a segunda geração de monolugares, com uma nova especificação de baterias que vai permitir uma corrida com só um carro. Todas estas mudanças levantam algumas questões entre as equipas já existentes na competição.
Na sexta temporada vai-se assistir à chegada da Mercedes e da Porsche ao campeonato, juntando-se assim à Renault, Audi, BMW, Jaguar, DS e Mahindra, e o receio é de que os custos possam ‘disparar’. “Maiores custos vão ser no futuro uma preocupação. Temos de controlar os custos através de regras que são ditadas pela FIA. Não queremos a abertura ao (desenvolvimento do) chassis, à aerodinâmica e às baterias”, considerou Vincent Gaillardot, O responsável técnico da Renault. Alerta para a necessidade de cuidar de uma competição que ainda vai na sua ‘infância’ e que não deve ser estragada só porque chegam novos construtores: “Temos de ser fortes nessas áreas, pois caso contrário vamos causar danos no crescimento da Fórmula E”.
A questão das baterias é um dos pontos de maior debate para as atuais equipas e construtores envolvidos na disciplina, em termos de construção, desenvolvimento e fornecimento. Um assunto que segundo Gaillardot é subestimado, nomeadamente em termos da sua complexidade:“Penso que a Williams fez um grande trabalho com a sua primeira bateria. Sim há algumas críticas, mas no geral fizeram m bom trabalho e estou certo que a McLaren também foi uma grande escolha em termos de escolha para a segunda geração de baterias. Conhecemos alguns construtores que vão pressionar para uma competição de baterias, mas precisamos de esperar e ver o que faremos no futuro, mas a longo prazo”.
Foram decididas recentemente alterações pelo Grupo de Trabalho da Fórmula E, que envolve o promotor do campeonato, construtores e equipas, e que foi atualizado em termos de estrutura, quer técnica, quer desportiva. Alez Tai, da DS Virgin Racing acredita que esta entidade, juntamente com a FIA, vai fazer tudo o que estiver ao seu alcance para salvaguardar a sobrevivência da competição: “A Fórmula E é, provavelmente, a disciplina com o futuro mais risonho, porque estes são os carros que vamos guiar no futuro, por isso o facto de termos o interesse da Mercedes e outras marcas é uma confirmação desse facto. O interesse e a motivação de todos os nossos parceiros são ditados por uma inovação mais difícil. E nós aceitamos o desafio”.
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