Fórmula E: Pilotos desagradados com qualificação e pneus
A Fórmula E é pensada para criar o melhor espetáculo possível para os fãs dentro do conceito pensado. Mas algumas das regras pensadas para tal começam a não agradar muito, assim como outras pensada para limitar os custos.
Começando pelo último tema, a Fórmula E impôs uma redução de 25% no número de pneus utilizados por fim de semana. Anteriormente, cada carro podia utilizar “não mais de quatro pneus novos atrás e quatro novos à frente” (equivalente a dois conjuntos completos) para cada jornada, mas tal foi cortado para três pneus para 2021 – e quatro para um evento com jornada dupla. Como tal, nos termos do Artigo 25.3 do Regulamento Desportivo da FIA, se um piloto sofrer um furo durante o treino livre, a equipa deve substituir o pneu por um pneu não utilizado da atribuição do seu companheiro de equipa.
Isso é mais uma dor de cabeça para as equipas que têm de lidar com uma competição feita em circuitos citadinos onde o erro é muito mais frequente e se paga muito mais caro.
O piloto da Envision Virgin Racing Robin Frijns bateu durante o segundo treino antes da corrida de abertura na Arábia Saudita, mas não danificou os seus pneus. Mesmo assim, ele disse que as novas restrições “tornam a vida por vezes muito difícil”.
“Estamos a 90% do tempo a conduzir em pistas citadinas e um erro pode causar grandes danos. É bastante fácil danificar o pneu em resultado disso. Torna a vida mais difícil”.
Para o novo ciclo de regras Gen3 a chegar para a época 2022-23, quando a Hankook assumir o lugar da Michelin como fornecedor , cada carro será limitado a um conjunto de pneus (duas frentes e dois traseiros) por jornada.
Sam Bird, que ganhou o segundo Diriyah E-Prix para a Jaguar, disse: “Pensar no Gen3… isso vai ser muito difícil. Certamente, se tivermos algum toque com a parede ou tivermos um furo, o dia pode ficar muito comprometido”.
O piloto da DS Techeetah Jean-Eric Vergne acrescentou: “Não estou ansioso pelos Gen3 com um conjunto de pneus para o fim-de-semana. Não sei porque temos esta regra, para ser honesto. É bastante difícil porque às vezes podemos ter azar e ter um furo no shakedown, por exemplo. Não é um erro nosso , mas é uma possibilidade. O regulamento, tal como está escrito, não se pode alterá-lo, por isso é um pouco lotaria”.
Também o formato da qualificação voltou a ser criticado. Os pilotos vão para a qualificação inseridos em grupos de seis, que antes eram decididos ao acaso e agora são decididos pela ordem do campeonato. Isso obriga a que os pilotos mais bem classificados tenham de ir no grupo 1 o menos desejado por ser aquele onde os tempos são normalmente mais altos com a pista a melhorar a cada sessão.
O piloto da Nissan Oliver Rowland, que acredita qie tinha ritmo para estar na primeira fila em Riade, disse que a Fórmula E deveria considerar reduzir a distância entre o treino final e a qualificação para garantir que a pista tem aderência suficiente para os pilotos que começam no primeiro grupo.
“Por vezes é um pouco extremo demais”, disse Rowland à Motorsport.com quando lhe foi pedido o seu ponto de vista sobre o formato de qualificação. “Entendo que eles querem corridas emocionantes, mas ao mesmo tempo do ponto de vista de um piloto de corridas.
“Em Riade senti como se tivesse feito o melhor trabalho em relação a toda a gente e acabei com sexto e nono nas corridas. Não mostra realmente a imagem completa de tudo o que se estava a passar. Apenas penso que há uma maneira melhor de o fazer. Ou colocar a qualificação um pouco mais perto do FP2 para que a pista não perca o grip todo para o Q1. Se a qualificação for meia hora depois do treino livre dois, está melhor. É assim que eu vejo”.
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Quanto a qualificação, acho que como está irá aumentar a competividade do campeonato.
Quanto aos pneus. Acho que são muitos.
Como campeonato amigo do ambiente deveria ser um conjunto por fim de semana.
Eu acho que da DS, em vez do Vergne, deviam ter entrevistado o Félix da Costa, que como todos sabemos pelo sua boca, no anúncio da EDP na TV, é o Campeão do Mundo de Fórmula 1. Também ficámos a saber, que nem ele nem a EDP têm vergonha na cara, e só espero que ele não ganhe mais nenhuma corrida, ou ainda tocam o hino chinês.
Mentiroso!
A qualificação é uma forma artificial de aumentar a emoção do campeonato. E um campeonato além de relativamente recente, tens os anticorpos de ser elétrico, não se pode arriscar a ser dominado por uma elite. Muitas competições tentam “equilibrar” as corridas pela qualificação (desde as grelhas invertidas, como os lugares de partida WRC, etc). Não é a forma mais competitiva e meritória mas compreende-se. Sobre os pneus, é algo que os pilotos têm de gerir, e como em tudo, o azar faz parte da vida. A FE vende a imagem de competição amiga do ambiente, pelo que não poderá ter… Ler mais »