Fórmula E, Mónaco: O campeão voltou
António Félix da Costa vingou Valência, vingou o azar que o tem perseguido ao longo da época, deu um salto na classificação geral e provou a todos que é sem dúvida um dos maiores talentos do desporto motorizado mundial. No Mónaco, o campeão voltou e fê-lo em grande.
Depois de um 2020 abençoado com um título conseguido com uma margem histórica, 2021 estava a ser um ano duro para Félix da Costa. Corridas menos bem executadas, em que pormenores impediram melhores resultados foram entraves para o campeão em título da Fórmula E. Teve um pódio na primeira corrida do ano, depois da penalização do seu colega de equipa, mas as duas jornadas seguintes não sorriram às cores portuguesas, especialmente em Valência com o episódio da gestão de energia na corrida 1, em que largou da pole e teve a vitória na mão.
No Mónaco, voltou a fazer a pole mas desta vez a corrida, que foi muito difícil, não lhe escapou das mãos, mantendo sempre o controlo das operações. A vitória no Mónaco é daquelas para ser relembrada muitas vezes, não só por ter sido num dos palcos mais desejados do mundo do automobilismo, mas também pela forma como foi conseguida. Félix da Costa nunca perdeu a calma, nem quando Robin Frijns passou por ele no início da prova, numa manobra que pareceu quase um convite para que o neerlandês assumisse a frente do pelotão para ajudar Félix da Costa a gerir a energia. Soube usar o fanboost no melhor momento, quando Mitch Evans estava ao ataque com Attack Mode ativado. Talvez não contasse que o piloto da Jaguar passasse tão facilmente por Frijns e por ele próprio, mas nunca perdeu o contacto com o primeiro lugar, estando sempre no top 3 dos pilotos que mais energia recuperaram.
A estratégia era simples… gerir o melhor possível para poder atacar no fim. Foi isso que aconteceu. Nas duas últimas voltas e com mais energia, atacou sem dar hipótese de resposta. Um recital por parte do português que conseguiu aliar inteligência ao talento, com uma gestão muito bem pensada. Foi o melhor fim de semana do #13, naquela que foi provavelmente a melhor corrida do ano. O título de melhor ultrapassagem do ano parece também estar entregue pelo que “só falta” aproximar-se da frente para tentar revalidar o título.
Félix da Costa está no auge das suas capacidades, apesar da sua ainda ter muito anos para dar ao desporto automóvel. A confiança que por vezes pareceu escapar ao português, agora é companheira constante nesta viagem de sucesso. Só com muita confiança se pode fazer uma corrida assim, com calma mas com algum risco.
E dizem que é nos citadinos que o talento mais conta, pelo que o talento de Félix da Costa voltou a levar “selo de qualidade”. Depois de ter reinado em Macau por duas vezes, regressou ao pódio no Mónaco, algo que já tinha feito no tempo do GP3 (em 2012) mas desta vez fez com que o hino nacional soasse nas ruas do Principado… tal como fez Álvaro Parente em 2007, ano em que venceu no Mónaco na World Series by Renault, levando a melhor sobre um tal de Sebastian Vettel.
Somos um país pequeno, mas com grandes talentos que vão levando a nossa bandeira aos grandes palcos. Mónaco, Le Mans, Daytona, são apenas alguns dos locais de culto dos fãs do desporto motorizado que já viram a bandeira verde e vermelha no ponto mais alto do pódio. Félix da Costa voltou a fazer-nos vibrar até ao fim. Queremos mais… queremos o bi. E agora que o azar parece ter sido finalmente afastado falta meia época para voltar ao topo. Estamos todos a torcer por isso.
Here’s @afelixdacosta taking the winners dive after the #MonacoEPrix !! #ABBFormulaE #FormulaE
— FormulaNerds (@FormulaNerds) May 8, 2021
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Uau!!!!!! Depois de ter sido posto de lado por um tal de Helmut Marko (Red Bull) em detrimento do russo Kvyat (as latinhas vendem-se muito mais na Russia) que já foi dispensado da esfera Red Bull, o António volta a mostrar a fibra de campeão.