Fórmula E, E-Prix Berlim: De Vries venceu a corrida 2, Félix da Costa sexto
Nyck De Vries foi o homem do dia em Berlim. O piloto da Mercedes e campeão em título voltou a mostrar-se depois de várias corridas longe do que se esperava dele. Uma grande corrida do neerlandês, que teve a companhia no pódio de Edo Mortara, o grande vencedor do fim de semana, e Stoffel Vandoorne, que manteve a liderança do campeonato. António Félix da Costa foi sexo e com motivos para estar descontente com o que aconteceu no final.
De Vries foi o melhor piloto do dia. Um arranque espetacular catapultou-o para a liderança da prova, onde começou a cavar um fosso interessante para a concorrência. Foi dos primeiros a ir ao Attack Mode (AM) e fez uma gestão estratégica perfeita. Edo Mortara tentou aproximar-se mas não teve argumentos para tal e teve de se contentar com o segundo lugar. Com uma vitória e um segundo lugar, Mortara foi o homem do fim de semana. Stoffel Vandoorne fez mais uma vez uma boa corrida, à imagem de ontem, com uma boa recuperação, tendo sido muito melhor que os outros candidatos ao título que largaram perto dele. Lucas di Grassi fez uma boa corrida, tentou subir ao pódio mas não teve argumentos para segurar Vandoorne. Robin Frijns podia ter tido um resultado melhor, mas falhou a primeira ativação do AM e com isso ficou a perder. No final, lutou pelo quinto lugar com Félix da Costa e passou o português, mas pareceu ter havido um toque na traseira do DS Techeetah. Félix da Costa fez uma boa corrida, chegou a andar em segundo lugar mas o ritmo no meio da corrida não foi o melhor. No final voltou a mostrar um andamento mais competitivo e o quinto lugar estava no bolso, não fosse o toque de Frijns. Oliver Rowland fez uma boa prova, André Lotterer parecia ter andamento para um pouco mais, tal como Jean-Éric Vergne e Mitch Evans teve de se contentar com o décimo posto.
AND WE GO GREEN IN BERLIN!
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O filme da corrida
Nyck De Vries fez um arranque espantoso e passou para a liderança, superando Frijns e Mortara. Félix da Costa teve um ataque agressivo mas perdeu uma posição, ficando atrás de Di Grassi e Lotterer. Lotterer tratou de passar Di Grassi pouco depois, ficando às portas do pódio.
Os primeiros do campeonato, Vandoorne, Vergne e Evans mantiveram as posições nas primeiras voltas. Vergne foi passado por Evans pelo oitavo lugar. O piloto francês começou a perder muitas posições nesta fase, caindo para décimo pouco depois.
De Vries foi o primeiro a ativar o Attack Mode, ao mesmo tempo de Félix da Costa e Vandoorne. Na volta seguinte, Frijns e Lotterer também foram ao AM. Frijns falhou a ativação, um erro que poderia custar caro ao piloto da Envision. A Ativação para esta corrida era única e dava oito minutos num modo de potência superior. A progressão de AFC nesta fase era positiva e graças ao AM ia galgando posições, até ao segundo lugar, ficando atrás de De Vries. O top 4 era De Vries, AFC, Vandoorne e Lotterer, os quatro já com o AM cumprido. Mais atrás vinha Mortara, Di Grassi, Frijns e Rowland, todos com o AM ativado, isto quando faltavam 25 minutos para o fim. Mortara começava a recuperar e passava Vandoorne, perseguindo Félix da Costa. Um pouco mais atrás, Vandoorne e Di Grassi trocavam de posição pelo quarto lugar. Mortara passou AFC que ficava à mercê de Di Grassi e Frijns.
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As lutas pelo top 5 iam-se sucedendo e Félix da Costa conseguiu passar por Frijns, graças ao Fanboost e o português instalava-se no quarto lugar (depois de ter caído para o sexto), não muito longe do terceiro classificado, Di Grassi. Mas Vandoorne também se aproximava do #13 da DS Techeetah e pouco depois o Mercedes passou para o quarto posto, relegando novamente AFC ao quinto lugar. Já perto do fim Rowland passou por Félix da Costa, com português a cair para o sexto lugar, enquanto na frente tudo se mantinha igual
Nos últimos minutos, Vandoorne começou a atacar Di Grassi, com Mortara e De Vries confortáveis nos seus lugares. Vandoorne passou o brasileiro com uma excelente manobra pelo último lugar do pódio. Mais atrás, Félix da Costa passou por Rowland, devolvendo a manobra do britânico. Mas Frijns mantinha-se por perto, ameaçando o piloto da DS Techeetah. Nas últimas curvas, Frijns tentou o ataque a AFC, mas tocou no piloto português que quase ia batendo contra o muro, segurando miraculosamente o carro.
A bandeira de xadrez já estava a ser mostrada e Nyck de Vries foi confirmado o vencedor, seguido de Edo Mortara e Stoffel Vandoorne a completar o top 3. Lucas Di Grassi cruzou a linha de meta em quarto, seguido de Robin Frijns e António Félix da Costa em sexto.
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Aquele toque do Frijns foi porco, mas nada me surpreende vindo deste “piloto” que já nos habituou a ganhar campeonatos a albarroar adversários e a FIA continua a permitir este tipo de desportivismo, ou no caso do porco, a falta dele. Este e o Lotterer já não é a primeira, nem a 2° vez que embirram com o Antônio.
O Lotterer, hoje, voltou a espremer o AFC na largada. Não bateram por muito pouco.
Muito estranho, o que se passou, este fim de semana em Berlim. Duas corridas e nem um safety car para amostra! Isto não é normal.
Quanto ao AFC, continua a não gerir muito bem a energia, falta saber se é culpa dele ou da equipa, já que acontece em todas as corridas. Nas últimas voltas tem sempre um pouquinho de energia a menos do que os que estão ao seu redor, tornando-se presa fácil. Foi isso que permitiu ao Frijns ultrapassá-lo, embora de forma muito pouco desportiva.