António Félix da Costa: “Sinto um misto de frustração por toda a temporada”

A Formula E despediu-se este fim-de-semana, em Nova Iorque, da temporada 2017/2018 e do monolugar GEN1. Félix da Costa de tudo fez para terminar nos lugares pontuáveis, mas a juntar à falta de competitividade dos carros da MS&AD Andretti, o piloto foi ainda traído por problemas mecânicos que dificultaram fortemente a tarefa do piloto luso.

Se no dia de sábado, dia da 1ª corrida do fim-de-semana, António Félix da Costa ainda esteve à beira de terminar nos pontos, ao finalizar a prova no 11º posto, depois de uma luta intensa, mas onde ficou bem patente as diferenças de andamento face aos carros das equipas da frente, com AFC a referir que “foi o resultado possível, simplesmente não tivemos andamento para mais. Consegui gerir bem a energia, maximizar o carro nos momentos mais importantes da corrida, mas a nossa velocidade pura foi simplesmente inferior aos nossos adversários”. No domingo, o piloto de 26 anos iniciou o dia da melhor forma com o terceiro melhor tempo no treino livre, aproveitando o facto da pista se encontrar molhada para reduzir a diferença para os seus adversários.

As expetativas eram boas para a qualificação, mas novo dissabor para Félix da Costa, que não completou uma única volta na sessão, devido a um problema na transmissão. Com isto o piloto luso viu-se obrigado a largar do final da grelha, mas com toda a garra que lhe é reconhecida, o piloto português iniciou uma espetacular recuperação até ao 10º lugar, posição que viria a perder devido a uma penalização de 10 segundos (imposta devido à troca de caixa de velocidades entre a qualificação e acorrida).

Se tudo corria ao contrário para o piloto oficial da BMW, o pior estava para vir, quando a duas voltas do final se viu mesmo obrigado a abandonar devido a um problema na caixa de velocidades. Um final muito complicado para um piloto que nunca baixou os braços e foi o único da MS&AD Andretti que conseguiu oferecer alguma luta aos seus adversários.

No final deste dia AFC confirmava que “sinto um misto de frustração por toda a temporada e por mais um fim-de-semana complicado, mas ao mesmo tempo um sentimento de alivio por terminar esta época, que foi provavelmente das mais complicadas da minha carreira, psicologicamente falando. Do meu lado sinto que extrai todo o potencial do carro, mas simplesmente fomos normalmente um dos carros mais lentos do pelotão. Resta-me agradecer à equipa o esforço e dedicação, mas agora é hora de concentrar e trabalhar para a temporada 5, que está ai à porta e onde deposito grandes esperanças. Finalmente a BMW vai estar representada oficialmente na Formula E e acredito que teremos condições na próxima época para lutar pelos lugares cimeiros. A razão destes dois últimos anos era esta, esperar pela entrada oficial da BMW, portanto chegou a altura de mostrar o meu real valor aqui na Fórmula E e lutar por pódios e vitórias!”

A Fórmula E fecha assim a sua 4ª temporada e despede-se do carro GEN1. Na próxima temporada 2018/2019 a competição Mundial de monolugares elétricos irá estrear um novo carro – o GEN2, que além da melhoria significativa de performance, irá permitir aos pilotos disputarem toda a corrida apenas com um carro, o que significa mais um importante passo neste campeonato, que cada vez mais tem ganho visibilidade e espaço no desporto automóvel.