Na carreira de um piloto, existem sempre muitas histórias. Umas, tristes, outras, alegres. As primeiras não podem ser lembradas nesta rubrica, pois a intenção é divertir os leitores. Mas, deixem que vos diga, também nem todas as histórias alegres podem ser partilhadas. Vocês sabem porquê – depois quem passa pela “vergonha” somos nós! Porque, é claro, nós também cometemos erros e, alguns deles são, se calhar “demasiado” caricatos. Poderia falar das vezes em que já perdi aviões e isso atrapalhou os meus planos das mais diversas maneiras. Mas não: escolhi a minha primeira corrida em monolugares.
Tinha acabado de sair dos karts e, aos 16 anos, decidi estrear-me na F3 espanhola. A equipa era a G-TEC e, antes de chegar ao Estoril, onde foi essa prova, tinha apenas dois dias de treinos. Ou seja: pouco sabia sobre conduzir um carro. Os treinos cronometrados até nem correram muito mal: fui sexto. O pior foi na volta de formação da grelha, onde fiz um pião. Fiquei bem chateado; não sabia se podia ou não recuperar posições e, assim, larguei do último lugar. Na corrida, de tão aborrecido que estava, ganhava uma posição e logo a seguir perdia-a, depois de mais um erro. Foi assim até ao final e nem me lembro em que lugar fiquei. De certeza, não foi bem classificado! Mas aprendi…