Crónica: A expansão do TCR em 2016 e os países em falta
Os planos de Marcello Lotti para ‘reconquistar’ o mundo das corridas de carro de turismo continuam a avançar, com a expansão do conceito não só em várias competições nacionais, mas também internacionais. Existem, no entanto, alguns países europeus importantes que estão fora dos planos de expansão, e que poderiam ajudar a solidificar a nova categoria.
A nível internacional, Lotti só pode ter motivo para estar satisfeito. Embora a grelha tenha tido números variáveis de prova para prova, e pouco mais de uma dezena dos 45 pilotos classificados no campeonato tenha participado efetivamente no mesmo, a TCR Series conseguiu ter um número mais do que aceitável de participantes nas 11 jornadas, com muita procura pela prova de encerramento, o GP de Macau. Tal como acontecia antes no WTCC.
Em simultâneo, conseguiu arrancar com a TCR Asia Series, atraindo pilotos de várias nacionalidades, numa zona do planeta onde os campeonatos internacionais de turismo têm tido dificuldade em implantar-se. Para 2016, a expansão internacional inclui a realização de um troféu europeu em seis provas de cada um dos seis campeonatos europeus, mas Lotti ganhou uma pequena vitória ao ver os seus carros não só autorizados pela FIA como regulamentação nacional TCN2, como ainda vão integrar o ETCC em 2016. Como os SEAT Leon com especificação de troféu já eram mais rápidos que os antigos S2000, esta deverá assumir o posto de classe principal deste campeonato (gerido pelos rivais da Eurosport Events) a curto prazo. Também as provas da 24H Series e as 24 Horas de Nürburgring vão ter classes para TCR.
No que diz respeito aos campeonatos nacionais, vários países como Portugal, Itália, Alemanha e Benelux vão ter competições, assim como a República Dominicana e até os Estados Unidos (onde os carros de turismo são sempre secundários às corridas de stock cars e de GT). Mas existem alguns países europeus onde a categoria TCR ainda não se conseguiu implantar, nomeadamente Reino Unido, França e Suécia, com os britânicos e suecos a serem um potencial mercado importante, já que têm os carros de turismo como categoria principal há vários anos, e dariam força adicional ao conceito.
Historicamente, os franceses nunca tiveram tanto interesse em carros de turismo como em sport-protótipos ou monolugares (como se viu pela criação da estranha Superprodução nos anos 80 na era do Grupo A e pela debandada em massa das equipas de fábrica de Superturismo após a época de 1995), mas os outros dois países vão ter sempre alguma resistência ao conceito.
O BTCC tem regulamentação própria (o NGTC) desde 2011, e é um sucesso a nível local, com grelhas de quase 30 carros e construídos a 100% no Reino Unido, pelo que não haverá grande interesse em substituí-los. Existe, no entanto, uma porta aberta em Inglaterra, uma vez que as 24 Horas de Silverstone (antigas 24H Britcar) foram integradas no calendário da 24H Series e vão ser disputadas exclusivamente por carros de turismo, com os TCR como carros principais.
Os suecos também estão contentes com o modelo de silhuetas com base mecânica Solution F, uma forma criada para os importadores das marcas no mercado sueco poderem reduzir os custos elevados dos antigos S2000, e têm o atual regulamento assegurado até 2017. Importa também conquistar China a Argentina, dois países onde as corridas de turismo estão fortes, mas que usam regulamentos próprios e estáveis, com participação muito ativa das marcas.
Paulo Manuel Costa
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