CPM: João Fonseca vence duelo épico
O campeonato de Portugal de Montanha regressou e deu aos fãs um espectáculo digno de ser apreciado. João Fonseca e José Correia protagonizaram uma batalha que levou a rubro o muito público presente, num fim-de-semana em que o campeonato voltou a provar toda a sua competitividade.
A bela e altiva serra da
Arrábida, única pelo panorama que proporciona, encantou todos
quantos foram até terras sadinas para saborear a sétima e penúltima
prova da temporada 2019 do campeonato de Portugal de Montanha JC
Group.
O seu traçado desafiante que,
ainda para mais, era novidade total para muitos dos pilotos do
plantel, cobrou um “preço” caro traduzido pelos muitos erros e
toques consequentes que foram sucedendo.
Em termos organizativos, o
Clube Automóvel de Motorismo, ergueu uma prova digna dos pergaminhos
da sua história e da sua inclusão na competição maior da
modalidade.
Terão sido algumas as
cutículas e unhas roídas, tendo sido muitos mais os aplausos com
que o público brindou os dois grandes protagonistas da prova: João
Fonseca e José Correia, autênticos “pistoleiros” aos comandos,
respectivamente, de um Silver Car EF 10 e de um Osella PA2000 EVO-2
PA30.
A sua luta foi sem tréguas e
elevou a “performance” dos dois a um patamar à parte.
No final, a vitória pendeu
para o lado de Fonseca, que esteve imperial nas duas subidas finais
de prova, com realce para a derradeira, onde “voou” até ao alto
em 1:44.921, à média horária de 123,52 km/h, selando mais uma
vitória que o coloca de novo no comando do campeonato.
Com esse “tempaço” final,
João Fonseca regressou ainda a terras beirãs com o estatuto de novo
recordista deste também novo traçado da Arrábida.
Dois pequenos erros na segunda
subida de prova, quando rodava em modo “full
attack”, foram
condicionantes da progressão de José Correia que esteve na
liderança da tabela de tempos , durante quase todo o programa
competitivo. O patrão da JC Group Racing Team foi recompensado com
um excelente 2º lugar que, pelo andamento registado, lhe terá
sabido a pouco.
À melhoria da sua condição
física, ultrapassado que está o período de recuperação de uma
intervenção cirúrgica, adiciona a cada vez maior adaptação ao
Osella, ameaçando cada vez mais chegará à vitória que tanto
almeja conquistar.
Para o piloto de Braga ficou a
satisfação de ter sido o mais rápido em 4 das sete subidas
realizada, assumindo na Arrábida a sua melhor exibição da
temporada.
Logo atrás dos dois
protagonistas da jornada, quedou-se Hélder Silva.
Cedo verificou que não
conseguiria colocar o seu Juno CN 09 na discussão do triunfo e
apontou a mira ao 3º lugar absoluto final, que o mantém na luta
pelo cetro nacional absoluto.
O regressado Joaquim Rino
colocou o seu BRC EVO 05 no 4º lugar, ficando logo atrás de si Luís
Nunes, o melhor entre os carros de Turismo.
Nunes e o seu Ford Fiesta ST
R5 voltaram a rubricar uma exibição vibrante, sendo quintos da
geral e dominando as contas da Divisão Turismos 2, onde foi
secundado por Luís Silva (BMW M3), com este a assegurar ainda o 10º
posto global e por João Guimarães (Peugeot 206 RC), terceiro na
divisão.
Nuno Guimarães (BRC CM 02)
foi 6º da geral, depois de uma prova muito eficaz.
O 7º posto o prémio mais do
que justo para a “faena” de Parcídio Summavielle.
O fafense está a tornar-se
num caso sério de competitividade, formando com o seu Skoda Fabia R5
um conjunto extremamente competitivo. Venceu ainda a Divisão Turismo
1, na frente de Manuel Rocha e Sousa (Seat Leon Tdi).
O 8º classificado registou na
Arrábida o sexto triunfo consecutivo na Divisão Turismo 3.
Joaquim Teixeira foi até à
Arrábida assinar mais uma prestação de grande nível, coroada com
esse triunfo e uma presença no Top 10.
Sempre muito competitivo na
pilotagem do Seat Leon Supercopa do Bompiso Racing Team, Teixeira
construiu mais um resultado de grande nível.
O alinhamento dos dez mais
incluiu a 2ª classificada da divisão, Gabriela Correia, uma vez
mais a provar que a sua juventude (17 anos) lhe dá garra e ganas, a
que junta uma maturidade impressionante. Em apenas um ano de carreira
desportiva, a “Princesa da Montanha” tem já um palmarés
invejável. As contas do pódio da divisão fecharam com Sérgio
Nogueira (Renault Clio RS).
Pedro Marques (Cupra TCR)
voltou a dominar a Divisão Turismos 4.
Também de regresso às lides
da montanha, Edgar Reis assegurou o 11º lugar final, vencendo ainda
a batalha que travou com Mário Silva na Categoria GT, com ambos a
usarem dos Porsche 997 GT3 Cup.
A discussão pela primazia
entre os clássicos voltou a ver um Flávio Saínhas sem rival.
Aos comandos do seu Ford
Escort MKI o piloto impôs o seu talento, reclamando mais uma justa
vitória na geral dos clássicos, triunfando também na Divisão 5.
Também desta divisão veio o
seu principal oponente, Aníbal Rolo.
O veterano voltou a rodar
forte no seu Renault 5 Turbo e foi recompensado com um justo 2º
lugar.
O pódio absoluto dos
clássicos fechou com o vencedor da Divisão 6.
Fernando Salgueiro (Ford
Escort MKII) chegou ao ultimo degrau do pódio depois de uma luta
titânica com o seu colega de equipa Ricardo Loureiro. Este
protagonizou uma forte saída de pista na ultima subida, que
maltratou o Ford Escort MKII e lhe provocou ferimentos, sendo
transportado de imediato para o hospital, estando já em franca e
total recuperação. Com tudo isso, Loureiro conseguiu ser 2º da
Divisão 6, tabela onde Carlos Fava (VW 1303) reclamou o 3º posto.
Daniel Rolo não só dominou
de forma imperial a luta pelo triunfo na Taça de Portugal de
Clássicos de Montanha 1300,m como ousou colocar o seu Datsun 1200
Coupé sempre na primeira metade da tabela de tempos, isto entre 34
participantes.
Bem longe de si, José Pedro
Figueiredo (Datsun 1200) assegurou o 2º posto na TPCM1300, levando
de vencida Domingos Fernandes (Autobianchi), que foi 3º.
Nas contas da Taça de
Portugal de Montanha 1300, João Diogo Santos voltou a impor o seu
Fiat Punto 85 Sport, sendo novamente secundado por Francisco Milheiro
(Peugeot 106).
O campeonato ruma agora a
norte, para o clímax final.
Em pleno coração de
Trás-os-Montes, Boticas vai receber a oitava e última prova da
temporada.
Momento de todas as decisões,
a prova organizada pelo Demoporto vai ter ainda o aliciante de
receber ser candidata a tornar-se o palco da edição 2020 do FIA
Hill Climb Masters, competição que é uma autêntica taça das
nações para a modalidade.
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