CPM: João Fonseca vence duelo épico

Por a 10 Setembro 2019 10:00

O campeonato de Portugal de Montanha regressou e deu aos fãs um espectáculo digno de ser apreciado. João Fonseca e José Correia protagonizaram uma batalha que levou a rubro o muito público presente, num fim-de-semana em que o campeonato voltou a provar toda a sua competitividade.

A bela e altiva serra da

Arrábida, única pelo panorama que proporciona, encantou todos

quantos foram até terras sadinas para saborear a sétima e penúltima

prova da temporada 2019 do campeonato de Portugal de Montanha JC

Group.

O seu traçado desafiante que,

ainda para mais, era novidade total para muitos dos pilotos do

plantel, cobrou um “preço” caro traduzido pelos muitos erros e

toques consequentes que foram sucedendo.

Em termos organizativos, o

Clube Automóvel de Motorismo, ergueu uma prova digna dos pergaminhos

da sua história e da sua inclusão na competição maior da

modalidade.

Terão sido algumas as

cutículas e unhas roídas, tendo sido muitos mais os aplausos com

que o público brindou os dois grandes protagonistas da prova: João

Fonseca e José Correia, autênticos “pistoleiros” aos comandos,

respectivamente, de um Silver Car EF 10 e de um Osella PA2000 EVO-2

PA30.

A sua luta foi sem tréguas e

elevou a “performance” dos dois a um patamar à parte.

No final, a vitória pendeu

para o lado de Fonseca, que esteve imperial nas duas subidas finais

de prova, com realce para a derradeira, onde “voou” até ao alto

em 1:44.921, à média horária de 123,52 km/h, selando mais uma

vitória que o coloca de novo no comando do campeonato.

Com esse “tempaço” final,

João Fonseca regressou ainda a terras beirãs com o estatuto de novo

recordista deste também novo traçado da Arrábida.

Dois pequenos erros na segunda

subida de prova, quando rodava em modo “full

attack”, foram

condicionantes da progressão de José Correia que esteve na

liderança da tabela de tempos , durante quase todo o programa

competitivo. O patrão da JC Group Racing Team foi recompensado com

um excelente 2º lugar que, pelo andamento registado, lhe terá

sabido a pouco.

À melhoria da sua condição

física, ultrapassado que está o período de recuperação de uma

intervenção cirúrgica, adiciona a cada vez maior adaptação ao

Osella, ameaçando cada vez mais chegará à vitória que tanto

almeja conquistar.

Para o piloto de Braga ficou a

satisfação de ter sido o mais rápido em 4 das sete subidas

realizada, assumindo na Arrábida a sua melhor exibição da

temporada.

Logo atrás dos dois

protagonistas da jornada, quedou-se Hélder Silva.

Cedo verificou que não

conseguiria colocar o seu Juno CN 09 na discussão do triunfo e

apontou a mira ao 3º lugar absoluto final, que o mantém na luta

pelo cetro nacional absoluto.

O regressado Joaquim Rino

colocou o seu BRC EVO 05 no 4º lugar, ficando logo atrás de si Luís

Nunes, o melhor entre os carros de Turismo.

Nunes e o seu Ford Fiesta ST

R5 voltaram a rubricar uma exibição vibrante, sendo quintos da

geral e dominando as contas da Divisão Turismos 2, onde foi

secundado por Luís Silva (BMW M3), com este a assegurar ainda o 10º

posto global e por João Guimarães (Peugeot 206 RC), terceiro na

divisão.

Nuno Guimarães (BRC CM 02)

foi 6º da geral, depois de uma prova muito eficaz.

O 7º posto o prémio mais do

que justo para a “faena” de Parcídio Summavielle.

O fafense está a tornar-se

num caso sério de competitividade, formando com o seu Skoda Fabia R5

um conjunto extremamente competitivo. Venceu ainda a Divisão Turismo

1, na frente de Manuel Rocha e Sousa (Seat Leon Tdi).

O 8º classificado registou na

Arrábida o sexto triunfo consecutivo na Divisão Turismo 3.

Joaquim Teixeira foi até à

Arrábida assinar mais uma prestação de grande nível, coroada com

esse triunfo e uma presença no Top 10.

Sempre muito competitivo na

pilotagem do Seat Leon Supercopa do Bompiso Racing Team, Teixeira

construiu mais um resultado de grande nível.

O alinhamento dos dez mais

incluiu a 2ª classificada da divisão, Gabriela Correia, uma vez

mais a provar que a sua juventude (17 anos) lhe dá garra e ganas, a

que junta uma maturidade impressionante. Em apenas um ano de carreira

desportiva, a “Princesa da Montanha” tem já um palmarés

invejável. As contas do pódio da divisão fecharam com Sérgio

Nogueira (Renault Clio RS).

Pedro Marques (Cupra TCR)

voltou a dominar a Divisão Turismos 4.

Também de regresso às lides

da montanha, Edgar Reis assegurou o 11º lugar final, vencendo ainda

a batalha que travou com Mário Silva na Categoria GT, com ambos a

usarem dos Porsche 997 GT3 Cup.

A discussão pela primazia

entre os clássicos voltou a ver um Flávio Saínhas sem rival.

Aos comandos do seu Ford

Escort MKI o piloto impôs o seu talento, reclamando mais uma justa

vitória na geral dos clássicos, triunfando também na Divisão 5.

Também desta divisão veio o

seu principal oponente, Aníbal Rolo.

O veterano voltou a rodar

forte no seu Renault 5 Turbo e foi recompensado com um justo 2º

lugar.

O pódio absoluto dos

clássicos fechou com o vencedor da Divisão 6.

Fernando Salgueiro (Ford

Escort MKII) chegou ao ultimo degrau do pódio depois de uma luta

titânica com o seu colega de equipa Ricardo Loureiro. Este

protagonizou uma forte saída de pista na ultima subida, que

maltratou o Ford Escort MKII e lhe provocou ferimentos, sendo

transportado de imediato para o hospital, estando já em franca e

total recuperação. Com tudo isso, Loureiro conseguiu ser 2º da

Divisão 6, tabela onde Carlos Fava (VW 1303) reclamou o 3º posto.

Daniel Rolo não só dominou

de forma imperial a luta pelo triunfo na Taça de Portugal de

Clássicos de Montanha 1300,m como ousou colocar o seu Datsun 1200

Coupé sempre na primeira metade da tabela de tempos, isto entre 34

participantes.

Bem longe de si, José Pedro

Figueiredo (Datsun 1200) assegurou o 2º posto na TPCM1300, levando

de vencida Domingos Fernandes (Autobianchi), que foi 3º.

Nas contas da Taça de

Portugal de Montanha 1300, João Diogo Santos voltou a impor o seu

Fiat Punto 85 Sport, sendo novamente secundado por Francisco Milheiro

(Peugeot 106).

O campeonato ruma agora a

norte, para o clímax final.

Em pleno coração de

Trás-os-Montes, Boticas vai receber a oitava e última prova da

temporada.

Momento de todas as decisões,

a prova organizada pelo Demoporto vai ter ainda o aliciante de

receber ser candidata a tornar-se o palco da edição 2020 do FIA

Hill Climb Masters, competição que é uma autêntica taça das

nações para a modalidade.

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