Ricardo Leal dos Santos: “Ainda me estou a habituar às capacidades do BMW X3”

Por a 22 Dezembro 2010 12:35

“Primeiro, vamos trabalhar para aprender e continuar a integrar-nos nesta estrutura, sabemos que é uma escala progressiva e que tem de ser feita por fases, por objetivos. Temos objetivos traçados para esta corrida que não são muito ambiciosos, que é ficar no top dez, mas essencialmente é aprender. O meu primeiro Dakar de carro foi há cinco anos atrás e de ‘frigorífico’, como costumamos dizer, e já chegámos até aqui e tudo pode acontecer”, afirmou Leal dos Santos, afiançando que para o Dakar “não existem papéis definidos dentro da equipa, isso ainda não foi discutido com o Stéphane [Peterhansel] nem ele sabe, mas é algo que vai depender do andamento da prova e que vai ser definido etapa a etapa”.

Os primeiros testes e a prova em Marrocos foram de aprendizagem para Leal dos Santos, em adaptação ao mais competitivo BMW X3 CC, o qual é um claro passo em frente em relação ao datado X5. “O X3 é muito mais compacto do que o X5. Cada vez que atirava o X5 para uma vala sentia tudo a tremer e pensava que ia perder peças. Com este não, o carro passa por cima de tudo e até custa a acreditar e é um facto que absorve muito melhor o chão”.

Essa facilidade de transpor objetos com o X3 acaba por ser, ainda, algo de difícil habituação para o piloto português: “Custou-me um pouco habituar-me à capacidade de passar por cima de tudo e não acreditava que fosse possível, ainda tenho que me habituar e vou demorar algum tempo a descobrir os verdadeiros limites. O centro de gravidade mais baixo fá-lo curvar muito melhor, ao passo que o X5 adornava e era preciso convencê-lo a curvar. O plano de preparação e manutenção também é muito diferente – podemos atacar e dar o máximo – e no final do dia temos uma equipa muito maior e com um número de peças muito maior que nos permite não ter de poupar material, o que faz diferença clara no relógio. Outra coisa abismal é o carro a andar na areia – trepa todas as dunas, mesmo as mais inclinadas e que parecem impossíveis”.

“Dakar como os Jogos Olímpicos do TT”

As lembranças do Dakar em África continuam na mente de quase todos e, por isso, a questão é corrente: é preferível ter o Dakar em solo sul-americano ou africano? Para Leal dos Santos, a escolha pela Argentina e Chile é acertada e capaz de manter o espírito aventureiro da mítica competição.

Ricardo Leal dos Santos: 'Ainda me estou a habituar às capacidades do BMW X3'

“Aprendemos a entender o Dakar mais ou menos como os Jogos Olimpicos do Todo-o-Terreno e sabemos que pode mudar de continente e de estratégia. Por mim, prefiro que mude frequentemente. Cada vez que o Dakar muda de terreno torna os pilotos com menos experiência – que é o meu caso – mais próximos dos outros e isso é uma vantagem enorme. Além disso, podemos conhecer novos terrenos, como o deserto do Atacama, que não fazia ideia nenhuma, enquanto o africano é ver várias vezes a mesma coisa. Para o público acredito que pode ser estranho, mas nós habituámo-nos a gostar de novas experiências todos os dias e gostava era mesmo era que para o ano tivéssemos um Dakar na Mongólia, depois outro na Austrália e depois outro em África”, observou.

“A parte desportiva não é tão diferente, não vejo grandes diferenças, mas há uma grande vantagem e uma grande razão pela qual o Dakar está na Argentina e no Chile: para além das ameaças de terrorismo que são verdade, havia um conjunto de bandidos africanos que sabiam que o Dakar ia para lá e iam assaltar-nos, eu fui assaltado várias vezes e tive diversos problemas e na Argentina é absolutamente o ambiente contrário, é festa em todo o lado”, explicou.

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