Que futuro para a Taça do Mundo de Todo-o-Terreno?
Reclamando há já vários a subida de estatuto a Campeonato do Mundo, a verdade é que a actual Taça do Mundo de Todo-o-Terreno parece cada vez mais condenada ao insucesso. Mal-amada pela própria FIA, tem no mediático Dakar o seu principal concorrente e, ao mesmo tempo, inestimável aliado, numa relação por vezes profícua mas, quase sempre, incompreendida. Afinal, e como as próprias equipas o declaram, as provas que constituem este calendário servem, quase tão só e apenas, como testes de preparação ao evento maior do início de cada ano, seja ele em África ou na América do Sul.
Por pressão dos construtores, a competição viu-se reduzida a quatro únicos eventos, um em cada continente, desde há dois anos. Ironicamente, em nenhum dos quatro disputados este ano correm em simultâneo as três principais principais do pelotão, casos da Mitsubishi, VW ou X-Raid/BMW. Aliás, no evento inaugural, disputado na Tunísia, chegou-se mesmo ao cúmulo de todas pautarem pela ausência, também porque na mesma data, e sob o olhar cúmplice da FIA, se ter disputado o Rali da Europa Central, o tal que veio compensar a anulação do último Lisboa-Dakar e, ao mesmo tempo, inaugurar o label Dakar Series, num conceito posteriormente adoptado ao Pax Rally.
Liderando a revolta contra a ASO, a NPO tentou ainda consertar uma estratégia, juntando pilotos e organizadores numa reunião que prometeu muito de início, mas que afinal pouco ou nada acrescentou ao actual vazio de ideias, à excepção de uma ou outra sugestão tendo em vista o calendário de… 2009.
Colocando-se ao lado da ASO e consertando uma estratégia de total renúncia a qualquer evento disputado este ano em África, as três equipas oficiais dividiram-se, depois, pelo Transibérico (Mistsubishi e X-Raid), Sertões-PLP (Volkswagen) e UAE Desert Challenge (X-Raid), retirando todo e qualquer interesse a uma competição que chegou a ser ameaçada pela anulação do Por las Pampas Rally, após a inesperada e repentina saída de um dos seus patrocinadores principais, valendo aí o providencial acordo com a organização brasileira do Rali Internacional dos Sertões.
Alheio a tudo isto, Nasser Al-Attiyah chega à última prova do ano ainda com a possibilidade de vencer a Taça do Mundo e suceder a Carlos Sainz. Fica ainda assim o registo de ter apenas disputado duas provas, secundando Luc Alphan numa e vencendo a outra sem qualquer oposição. Mérito, em todo o caso, ao árabe voador, que já antes tinha antecipado o título da Taça Internacional FIA de Bajas, aí com o pleno de quatro vitórias em outras tantas participações (Arábia Saudita, Itália, Espanha e Hungria).
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