«Não faz sentido atalhar sabendo que há o GPS»

O campeão de todo o terreno, Pedro Grancha, foi forçado a optar pelo abandono, antes da entrada no parque fechado, para evitar a desclassificação. Em causa estava um eventual corte de percurso, detectado pelo sistema GPS.

«É inglório terminar a corrida desta forma. Da parte da manhã furámos e tivemos alguma dificuldade em mudar a roda, perdendo com isso bastante tempo e terminando na 8ª posição. Para a parte da tarde partimos claramente ao ataque, na tentativa de melhorar a nossa posição e somar o máximo de pontos para o campeonato. Não me passa pela cabeça andar a atalhar, sabendo que há uma monitorização por parte do GPS. O problema é que, após a primeira passagem, as fitas quase desaparecem e os enganos de percurso são frequentes. Por vezes, como terá sido o caso, nem um quilómetro teremos roubado ao traçado, já que a vantagem, que daí adveio, terá sido inferior a um minuto. Acho muito injusto que a consequência seja a desclassificação. Confrontado com esta situação e não havendo tempo para ir ao terreno perceber exactamente o que se possa ter passado, optei por não colocar o carro em parque fechado, no final da corrida. O Campeonato não está a começar bem, mas não vou baixar os braços e na próxima corrida irei dar o meu máximo e lutar pela vitória ?, salienta Pedro Grancha.

O Campeonato Nacional de Todo o Terreno prossegue a 13 e 14 de Abril com a realização do Rali TT Serras do Norte, competição organizada pelo Motor Clube de Guimarães e com Macedo de Cavaleiros a ser o centro nevrálgico da corrida. Antes dessa competição Pedro Grancha participa no Rali da Tunísia. Esta prova africana arranca no próximo Domingo, 1 de Abril, com uma primeira etapa na ilha francesa da Córsega.