Nacional de Todo-o-Terreno: Um grande ano em perspectiva

Com arranque agendado para o primeiro fim-de-semana de Março, o Campeonato Nacional FPAK de Todo-o-Terreno promete vir a tornar-se numa das mais interessantes e competitivas edições dos últimos anos, estando já a gerar justificada expectativa junto dos seus participantes.

Entre o alargado grupo de pilotos que terá o título absoluto como principal objectivo, apenas Miguel Barbosa não tem ainda o seu projecto confirmado a 100 por cento, embora «a hipótese mais forte» seja repetir o campeonato com o Proto Dessoude que utilizou no último Lisboa-Dakar, «até devido ao enorme potencial que este carro continuar a ter em provas do tipo Baja».

Ramos em duas frentes

Depois de um período de alguma indefinição, João Ramos mantém a aposta no Nacional, alargando os seus planos também ao Troféu Ibérico, «podendo ou não realizar todas as provas». Em todo o caso, a principal novidade é a desejada estreia do motor D-4D no seu Toyota RAV4 – ainda que só depois da Baja Terras d’el Rei – concluído que foi o seu desenvolvimento em Inglaterra.

De volta às competições nacionais, Alexandre Ré poderá muito bem ser a surpresa deste campeonato, num ano em que também apostará na Taça Internacional FIA de Bajas. O aveirense reassume a condução do Nissan Pathfinder preparado pela espanhol Tot Curses, entretanto aligeirado em termos de peso e já trabalhado ao nível do motor V6 de 4 litros.

Campeão em título, Pedro Grancha mantém a aposta no Mitsubishi Pajero DiD inscrito pela VR2 Motorsport, mas com motor evoluído e novas suspensões. O seu antigo Pajero V6 a gasolina será entretanto reconvertido, passando a utilizar mecânica semelhante ao Pajero DiD, mas com a vantagem de manter o chassis anterior, cuja distância entre eixos é superior. No Algarve, será conduzido por Vítor Mateus. Mas, a partir daí, poderá regressar às mãos de Pedro Grancha.

Noutro Pajero DiD, mas da equipa Red Line Off Road Team, Nuno Inocêncio cumpre a promessa de regressar a tempo inteiro ao campeonato, depois de um ano sabático em que se limitou a disputar o Lisboa-Dakar.

Com renovadas aspirações ao título, Filipe Campos mantém a ligação à Gransport de Luís Dias, partindo para a segunda época com o Mégane Proto, «revisto em termos de peso, com novo escape e já equipado com caixa de seis velocidades».

Casa cheia na Prolama

Por seu turno, Rui Sousa abandona o Agrupamento T2 para retomar a condução do protótipo estreado em 2005, agora com a denominação oficial de Isuzu D-Max Proto. Numa fase inicial, manterá debaixo do seu capot o V6 de 3,5 litros a gasolina, para mais tarde dar lugar a um bloco Diesel de origem Isuzu, em princípio, desenvolvido de raiz a partir de um V6 de 3 litros. Com casa cheia em 2007, a Prolama dará ainda assistência às Nissan Navara (ex-equipa oficial) conduzidas por Edgar Condenso e, em estreia, Nelson Clemente, enquanto no Agrupamento T2 alargará a oferta a uma segunda Isuzu Rodeo, já em fase de construção.

No plano oposto, a Moletto Sport luta para sobreviver, com Luís Costa (Toyota Land Cruiser) e Lígia Albuquerque (Nissan Navara TTTMB) poderem ser os dois únicos pilotos da equipa em 2007, enquanto Hélder Oliveira deverá avançar para a compra do Land Cruiser que utilizou no último ano. Noutro Land Cruiser do Agrupamento T1, Paulo Marques junta-se a José Janela em defesa das cores do Team Famalicão.

Adruzilo com Peugeot Proto

De saída do TTMB, competição venceu logo no seu ano de estreia, Adruzilo Lopes passará a conduzir o Peugeot Proto ex-Arménio Canhoto – um veículo de chassis tubular que tem no motor PRV de 3,5 litros o seu principal trunfo. O objectivo, garante, «é lutar pelos cinco primeiros lugares da geral».

Miguel Farrajota, seu anterior adversário no TTMB, assume, por sua vez, os comandos da Nissan Navara ex-André Amaral, passando este último a evoluir o Dépieres Proto no próximo campeonato. Com presença confirmada apenas nas duas primeiras provas, José Mendes contará com novo motor no Astro Proto estreado no ano passado.