Mitsubishi Petrobras optou por eletrónica mais ‘moderada’ nos ASX de Carlos Sousa e Guilherme Spinelli

Por a 4 Janeiro 2015 18:16

A entrada de Carlos Sousa neste Dakar 2015 foi menos vistosa do que a de 2014, quando o consagrado piloto português levou um Great Wall à vitória na especial de abertura. Agora, o piloto navegado por Paulo Fiúza preocupou-se sobretudo em perceber se o Mitsusbishi ASX Racing estava em plenas condições, depois de alguns problemas que a equipa detetou no último Atacama Rally. Talvez por isso, a estrutura técnica da Mitsubishi Petrobras optou por uma eletrónica de gestão do motor menos ambiciosa até porque este primeiro troço era algo desinteressante do ponto de vista da pilotagem, com longos estradões entrecortados por ganchos a 90 graus.

Carlos Sousa e Paulo Fiuza concluíram a especial inaugural no 12º lugar da classificação geral, a pouco mais de 3 minutos do primeiro líder do rali, Nasser Al-Attiyah.

Um resultado “perfeitamente dentro das expetativas” de Carlos Sousa, “até porque abordámos esta primeira especial com uma postura bastante conservadora, quase como se tratasse de um shakedown. Os objetivos para estes primeiros quilómetros eram, essencialmente, perceber se tudo estava a funcionar bem com o carro e procurar entrar o mais rapidamente possível no ritmo de corrida, o que nem sempre foi fácil… O percurso era o que esperávamos, com longas retas intercaladas por apertados ganchos, sem grande dificuldade do ponto de vista da condução, embora a exigir já alguma concentração. Perdemos um pouco para a concorrência ao nível da 

velocidade de ponta, o que também já era esperado, mas gostámos globalmente  o comportamento do carro. Amanhã será já um dia bastante mais complicado e exigente, com a organização a brindar-nos logo ao segundo dia de prova com a especial mais longa deste Dakar. A partir daqui, o objetivo é ir subindo de lugares todos os dias”, resumiu o piloto português à chegada a Vila Carlos Paz.

Numa etapa dominada pelos MINI – três carros nos cinco primeiros lugares –, Nasser Al-Attiyah

foi o mais rápido a cumprir os 170 km da especial, deixando o seu colega equipa e herói local, o argentino Orlando Terranova, a 22 segundos de diferença, enquanto Robby Gordon fechou o pódio a 1m04s do qatari. Guiga Spinelli, no outro ASX Racing da equipa Mitsubishi Petrobras, foi 29º da classificação, a 7m08s do primeiro líder do rali.

CLASSIFICAÇÃO – APÓS ETAPA 1

1º Al-Attiyah/Baumel MINI 1h12m50s

2º Terranova/Grave MINI + 22s

3º Gordon/Campbell Gordini + 1m04s

4º De Villiers/Von Zitzewitz Toyota + 1m12s

5º Hollowczyc/Panseri MINI + 1m16s

(…)

12º SOUSA/FIUZA Mitsubishi + 3m04s

29º SPINELLI/HADDAD Mitsubishi + 7m08s

A ETAPA DE AMANHÃ

Etapa 2: Vila Carlos Paz – San Juan

Total: 625 km

Especial: 518 km

Ao segundo dia de prova, os concorrentes têm já pela frente aquela que será a mais longa

especial de todo o rali, com 518 km de setor cronometrado até San Juan, num primeiro e

verdadeiro teste à concentração dos pilotos, com piso duro no início, partes com muito pó a

meio da especial e um final com muita areia.

CURIOSIDADE DO DIA

A primeira vez que Carlos Sousa se aventurou num Dakar foi em 1996. Com partida de

Granada (30 de Dezembro) e final na capital senegalesa (14 de Janeiro), a prova foi disputada

ao longo de 6.179 km cronometrados. Apesar de um valente susto na primeira etapa africana,

Carlos Sousa logrou concluir o rali no 12º lugar da geral. Pierre Lartigue venceu nos

automóveis e Edi Orioli nas motos.

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