Miguel Barbosa vence e antecipa a conquista do título

Numa altura em que faltam ainda duas provas para o final do campeonato, a questão do título ficou já resolvida. Se um quinto lugar até seria suficiente, em face do abandono prematuro de Nuno Inocêncio, foi com uma vitória que o lisboeta se sagrou Campeão Nacional pela terceira vez.

Mais rápido na Super Especial de sábado, o lisboeta cedo viu o seu único adversário na corrida ao título ficar pelo caminho. De facto, Nuno Inocêncio partiu o motor do Mitsubishi Pajero DiD logo ao terceiro quilómetro do primeiro Sector Selectivo, isto numa prova em que teria de ser pelo menos segundo se quisesse adiar a decisão do campeonato.

Após terminar a primeira volta com uma vantagem de 53 segundos para Rui Sousa e mais de minuto e meio para Bernardo Moniz da Maia, o piloto da Nissan voltou a entrar forte na segunda, garantindo uma margem mais do que suficiente para depois se limitar a controlar a vantagem até final.

Sousa e Campos no pódio

Vencedor em 2005, na última vez que a prova se realizou, Rui Sousa teve agora de se contentar com a segunda posição final, numa prova em que acusou alguma falta de ritmo. À tarde, o piloto do Proto D-Max inscrito pela Prolama ainda tentou colocar alguma pressão ao líder, mas nada havia a fazer. Em todo o caso, o resultado coloca-o na luta pelo vice-campeonato».

No regresso à condução do Proto Mégane, agora assistido pelo Team Dessoude, Filipe Campos viu-se e desejou-se para confirmar o último lugar do pódio, tal o esforço físico a que foi sujeito, tudo devido a um amortecedor de direcção danificado.

Melhor entre os carros diesel, Hélder Oliveira confirmou aqui mais um excelente resultado com o Land Cruiser da Padock Competições, que roubou a quarta posição a Bernardo Moniz da Maia no segundo e decisivo sector.

Grancha sem sorte

Ainda assim, pior sorte teve Pedro Grancha que, após ter chegado a passar pela liderança da prova, viu as suas ambições comprometidas após o tubo do intercooler romper, obrigando-o a cumprir os últimos 80 quilómetros do sector inaugural sem pressão no turbo do Pajero Proto. Solucionado o problema, o piloto da VR2 ainda logrou ainda recuperar de 11º até ao sétimo da geral – imediatamente atrás do outro Pajero de Ricardo Leal dos Santos – em parte devido aos abandonos de João Ramos (despiste) e de José Dinis Lucas (motor), ele que chegou a ser sexto na estreia aos comandos do Pajero DiD ex-Pedro Grancha.

João Cruz encerrou, por sua vez, o lote dos lugares pontuáveis, mesmo depois de ficar sem alavanca de caixa de velocidades no Hyundai Santa Fé, enquanto Nelson Clemente juntou ao nono lugar da geral a vitória no Agrupamento T2, logo na primeira vez que pilotou a Nissan Pathfinder ex-Motivo.

CAMPEONATOS:

Pilotos – Absoluto: 1º M. Barbosa, 58 pontos; 2º N. Inocêncio, 32; 3º R. Sousa, 28; 4º F. Campos, 24; 5ºs C. McRae e C. Sousa, 20; 7º H. Oliveira, 17; 8º J. Ramos, 14; 9ºs A. Santos e B. Gadasin, 12.

T1: 1º M. Barbosa, 126 pontos; 2º N. Inocêncio, 86; 3º F. Campos, 69; 4º H. Oliveira, 65; 5º R. Sousa, 60.

T2: 1º A. Santos, 130 pontos; 2º F. Roque, 95; 3º J. Viana Ruas, 89; 4º A. Machado, 66; 5º J. Dinis Lucas, 59.

T8: 1º N. Matos, 106 pontos; 2º J. Marques, 80; 3º R. Estrelado, 52; 4º M. Lagos, 50; 5º F. Gil, 49.