Lino Carapeta: “Não quisemos arriscar a quebra do motor…”

Bem instalados no 14º lugar da classificação geral e com perspectivas de recuperar algum tempo perdido, o Team Tanqueluz/Paredecar voltou a ter problemas na etapa de ontem, que ligou Al Qaryat a Idri na Líbia.

O colector de escape do Bowler Wildcat partiu-se, pouco antes de Lino Carapeta e Ricardo Cortiçadas encontrarem os primeiros cordões de dunas da prova.

“Não quisemos arriscar entrar nas dunas com este problema no carro. Para além do colector de escape, a válvula de descarga da pressão do turbo também ficou afectada, o que poderia danificar o motor. O problema surgiu ao quilómetro 190, numa especial com mais de quatrocentos e cinquenta quilómetros, e por isso optámos por fazer uma ligação até Idri, em andamento moderado, sempre a controlar a pressão do turbo”, afirmou Lino Carapeta.

Numa prova longa e exigente como o Rali da Tunísia, as surpresas espreitam constantemente os concorrentes. O Team Tanqueluz/Paredecar vai continuar em prova, mas sofrendo uma penalização de três horas, o que fará com que a equipa desça alguns lugares na classificação geral.

“Foi preferível penalizar e continuar em prova. Ao empenar, o colector de escape acabou por esmagar a válvula de descarga do turbo, e isso fazia com que se atingissem pressões altíssimas, o que iria dar graves problemas ao motor. O carro já está a ser preparado para estar pronto para a etapa de amanhã”, explicou Filipe Correia, o responsável técnico da Paredecar e director desportivo do Team Tanqueluz.

Para amanhã, Lino Carapeta e Ricardo Cortiçadas vão enfrentar uma etapa maratona com 426 Km, sem assistência no final, numa ligação entre Idri e Barquin, com regresso à mesma localidade na Líbia.