Stéphane Peterhansel: O senhor Dakar
Quem gosta dos Ralis teve Loeb agora tem Ogier, quem gosta de Fórmula 1 teve Senna agora tem Hamilton. Mas quando o assunto é Todo-o-Terreno, Stéphane Peterhansel é a referência. Foi assim nas duas agora é assim nas quatro rodas. Não é, nem de perto, o mais rápido, mas é o mais experiente e o melhor, e como todos sabemos, o Dakar é muito mais do que rapidez…
Thierry Sabine foi o criador do conceito Dakar, o mais duro e mediático rali do Mundo. Mas com o passar das edições, vários pilotos conseguiram deixar a sua marca de tal forma que assumiram, também eles, uma parte da História da prova. Por entre notáveis e vencedores, nenhum se aproxima de Stéphane Peterhansel.
Para além das várias conquistas e de ser apenas um de dois pilotos que conseguiram vitória em duas e quatro rodas, Peterhansel encarna o que é ser piloto do Dakar. De baixa estatura, franzino (nos tempos da Yamaha), mas aguerrido e empenhado desde tenra idade, o piloto francês chegou ao Dakar quando outro grande vulto francês dominava a prova. Cyril Neveu era a referência da prova, numa altura em que os automóveis ainda não tinham ganho a projecção que hoje possuem.
Em 1988, com 23 anos, a estreia vale-lhe um 18º lugar, com o colega de equipa, André Malherbe, a ficar tetraplégico, para no ano seguinte, terminar em 4º e em 1990 ganhar como novo colega de equipa… Neveu! Em 1990 ascende à liderança, com vitória na etapa, no dia em que nasce o primeiro filho, mas teria que esperar mais um ano para começar a fazer história.
Em 1991, com 25 anos, vence o primeiro Dakar, feito que viria a repetir em 1992, 1993, 1995, 1997 e 1998, apenas falhando as edições de 1994 (ausência devido a alterações regulamentares) e 1996 (abandono devido a erro da organização no reabastecimento). Uma grave lesão no pulso e a vontade de dar continuidade à carreira leva-o para os automóveis.
Quem pensava que o culminar da carreira tinha ficado para trás estava enganado. Em 1999, estreia-se aos comandos de um Nissan e termina em 7º, em 2000 é segundo com um estrutura privada e um protótipo desenvolvido pelo próprio e em 2001 vence a Produção para o Team Dessoude, impondo-se ainda no Troféu Andros e sagrando-se Campeão do Mundo de Enduro (250cc)! Atributos mais que suficientes para a toda-poderosa Mitsubishi lhe confiar um Pajero para obter mais três triunfos (2004, 2005 e 2007), falhando vitórias em 2003 e 2006 por erros de pilotagem a poucas etapas do fim. Com o domínio da Volkswagen entre 2009 e 2011, só em 2012 Stéphane Peterhansel regressou aos triunfos, desta feita com o Mini All 4 Racing, feito que repetiu em 2013. Em 2014, perdeu para Nani Roma, por decisão de Sven Quandt e o ano passado, já na Peugeot, não teve armas para fazer face a Nasser Al-Attiyah. Um ano depois, aí está o Sr. Dakar a fazer novamente história e a dar à Peugeot o primeiro triunfo desde 1990.
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Uma vergonha este Dakar. Mesmo assim parabéns ao Helder,ao Mário,à Sanz,e ao Duclos,vitima do roubo do capacete, e que arruinou a sua corrida.Parabéns ao Mikko,para mim uma uma boa surpresa.Já o Loebe,acho que foi mal acompanhado…
Agora era mudar-se para os camiões e ganhar mais seis edições
Essa do «quem teve Senna agora tem Hamilton» é do melhor que há… Se formos tapados podemos sempre dizer que quem teve gripe tem agora sarampo…!
Michael Schumacher, a referência inigualável na F1, e que ninguém tem talento para sequer se equiparar, há todavia gente que tenta por todos os meios ignorar os seus feitos até agora inalcançados. Em vão. Segundo a pena esclarecida de alguns, a razão é porque de que não dá sinais de acordar… Mas com toda a certeza podemos afirmar que «se irá da morte libertando»!
Recordo-me de ver um Schumacher,sem concorrência umas 4 épocas, e uma bem roubadinha ao Hill.Ja para não falar dos parceiros de equipa, que nunca davam luta por ordem da equipa.