Dakar, Ricardo Porém: “O nosso objetivo é o top 5”
Ricardo Porém está de regresso ao Rali Dakar para a sua sexta participação no evento. Vai fazê-lo, desta feita, com Nuno Sousa ao lado, na classe Challenger/T3. A estreia foi em 2019 num SSV, num Can-Am Maverick e terminou num mais do que respeitável 13º lugar.
No ano seguinte, o bicampeão nacional português e quatro vezes vencedor da Baja Portalegre subiu para a categoria T1 num Borgward, mas não conseguiu chegar à linha de chegada – algo que conseguiu no mesmo carro na edição de 2021, chegando em 20º lugar.
Regressou em 2023 com o novo T3 da X-Raid. Tendo corrido anteriormente com a X-Raid, o piloto português aproveitou a oportunidade para conduzir o seu novo T3 com motor Yamaha no Dakar de 2023. Para 2024, Ricardo mudou para o francês MMP T3 e terminou em 8º na classe Challenger e 34º na geral.
Depois de acumular experiências diversas, o piloto de Leiria repete o MMP T3/Challenger com que já correu este ano.
Recuando no tempo, em 2019 Ricardo Porém fez sua estreia na competição na categoria SSV com um Can-Am Maverick, integrando a equipa SouthRacing. O principal objetivo era terminar a prova, dado o desconhecimento do veículo e a ausência de experiência em terrenos arenosos, apesar disso, teve uma participação positiva, tendo aprendido as suas primeiras lições sobre as exigências do Dakar.
O Campeão Nacional de Todo-o-Terreno de 2014 e 2017 voltou em 2020. Competindo ao lado do seu irmão Manuel Porém, a dupla correu com um Borgward BX7 DKR Evo. Apesar da ambição de um bom desempenho, problemas mecânicos, incluindo falhas na caixa de velocidades e direção, os obrigaram-nos a abandonar a corrida.
Ainda assim, a experiência serviu como aprendizagem para futuras edições, nomeadamente no ano seguinte, no Dakar 2021, em que voltaram com a Borgward, desta feita com Jorge Monteiro como navegador, e novamente com o Borgward BX7 DKR Evo. A equipa adotou uma abordagem estratégica, evitando riscos excessivos, e terminou a prova na 20ª posição, mesmo que o objetivo inicial fosse o top 15. A prova foi marcada pela consistência e inteligência na gestão do carro, veículo esse que não tinha rapidez para muito mais.
O regresso deu-se dois anos depois, no Dakar 2023. De volta ao Dakar após um hiato, Ricardo Porém competiu desta feita na categoria T3, com Augusto Sanz como navegador, integrando a Yamaha X-Raid Supported Team. Apesar de contratempos iniciais que os relegaram ao 42º lugar, conseguiram recuperar e terminar em 12º, destacando-se pela vitória numa etapa, um marco importante na carreira do piloto.
No Dakar 2024 e novamente ao lado de Augusto Sanz, agora com o MMP T3 Rally Raid, Ricardo Porém tinha como meta melhorar o desempenho anterior. No entanto, problemas mecânicos na última etapa comprometeram o resultado, levando-o a finalizar em 8º lugar. Apesar da frustração, destacou a fiabilidade do carro até ali. Agora, no Dakar 2025, Ricardo Porém participa pela sexta vez na prova da ASO.
“O Dakar do ano passado não foi muito mau, mas também não foi exatamente o que esperávamos. Estivemos a lutar no Top 5 durante quase todo o rali, que era o nosso objetivo, mas depois perdemos muito tempo nos últimos dois dias. Para 2025, temos um novo projeto com um novo carro que mostrou um grande potencial. Terei também o meu amigo de infância como copiloto. Dakar é Dakar, mas tudo está alinhado para que possamos atingir os nossos objetivos”.
Nuno Sousa acompanhou o seu amigo no Dakar do ano passado, ajudando-o no bivouac e dando bom uso aos seus conhecimentos de marketing digital. Embora agora trabalhe em marketing, formou-se como engenheiro automóvel, o que espera não ser útil quando estiverem nas dunas. No entanto, tem sido útil no desenvolvimento do novo carro MMP com que vão correr. Este será o seu primeiro Dakar como concorrente, embora já tenha corrido muito em Espanha e Portugal. Como aquecimento para o Dakar, ele e o Ricardo participaram no Rallye du Maroc deste ano e o Nuno não ficou desiludido com a experiência. Gostou particularmente de estar no meio do nada. É algo a que se dedica regularmente, fazendo viagens épicas sem assistência no seu 4×4 no Norte de África.
Palmares Dakar
Dakar 2019 – Ricardo Porém / Jorge Monteiro (Can-Am Maverick) 13º T3
Dakar 2020 – Ricardo Porém/Manuel Porém (Borgward BX7 DKR Evo) Abandono
Dakar 2021 – Ricardo Porém/Jorge Monteiro (Borgward BX7 DKR Evo) 20º T1
Dakar 2023 – Ricardo Porém/Agusto Sanz (Yamaha X-Raid Supported Team T3) 11º T3
Dakar 2024 – Ricardo Porém/Augusto Sanz (MMP T3 Rally Raid) 8º T3
Dakar 2025 – Ricardo Porém-Nuno Sousa (MMP T3 Challenger T3)
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@autosport Seria interessante um artigo sobre os principais T3 e T4 que competem no dakar, para melhor se entender as diferenças de conceito em cada um e dar mais “luz” sobre os regulamentos.
Por exemplo o MMP do Ricardo Porém tem motor atrás do eixo traseiro à lá Porsche 911, sendo o unico que utiliza esta configuração. O Taurus, que tudo indica será o caro a abater parece mais equilibrado e compacto.. seria um artigo interessante.