Dakar de Vaidotas Zala e Paulo Fiúza: terminar em beleza uma prova muito azarada
Foi um Rali Dakar difícil para Vaidotas Zala e Paulo Fiúza e uma prova com partes bem distintas. Terminaram na 126ª posição da geral a 110h07m45s entre as quais 86 horas de penalizações, mas quando andaram de forma normal, mostraram sempre que um top 10 era perfeitamente possível.
Começaram bem, eram quartos classificados no final do 1º dia, caíram para 11º mas recuperaram e subiram posições novamente até ao sétimo posto na etapa 5, mas na maratona de 48 horas tudo foi por água abaixo.
Na etapa crono das 48h, o veículo ficou tão danificado ao embater numa duna que teve de abandonar a etapa mais cedo e com isso começaram as fortes penalizações: “A primeira metade do Dakar correu quase de acordo com o planeado. Infelizmente, a etapa do cronómetro das 48h correu mal. Tivemos um momento infeliz que acabou num problema com a suspensão. Foi por isso que não pudemos terminar a etapa. Foi realmente uma pena. Mas o objetivo para a segunda semana é claro: estar na estrada com velocidade competitiva e terminar o Dakar da mesma forma que começámos. O MINI está novamente com bom aspeto. O Paulo e eu estamos contentes por podermos continuar” dizia Zala na altura.
Depois, altos e baixos. Foram sétimos na etapa 7, oitavos na 11ª e fecharam a prova com um pódio em etapas, nas 12ª.
A sétima foi mais uma etapa com uma navegação complicada. O Paulo fez um bom trabalho. A nossa posição de partida era boa, mas passámos os últimos 70 quilómetros no meio do pó de dois Toyota. Foi muito frustrante. Mas, no geral, estamos apenas a conduzir e a desfrutar do MINI e da etapa.
No dia seguinte, 8ª etapa mais um dia para esquecer. Tivemos de parar para mudar a correia do alternador. Tenho a sorte de ter um copiloto que é um bom mecânico.”
Na 10ª mais um dia difícil e já tivemos vários. Tivemos um problema com a parte elétrica e demorámos algum tempo a localizá-lo. Isso foi no início da etapa e quase toda a gente que tinha começado atrás de nós tinha-nos ultrapassado entretanto. Por isso, tivemos de regressar à frente. Mas isso era quase impossível. Não havia vento e havia muito pó no ar.”
Na 11ª, um bom dia. Infelizmente, voltámos a passá-lo completamente no meio do pó enquanto tentávamos ultrapassar os outros. Surpreendentemente, não sofremos qualquer dano nos pneus. Não fomos muito rápidos, mas fomos consistentes”.
O resultado final não foi bom, mas com bem sabemos, o Dakar é muito mais consistência e fugir dos problemas do que outra coisa qualquer…