Dakar 2025: Faltam duas semanas, inscritos, percurso, portugueses…

Por a 21 Dezembro 2024 08:29

Faltam apenas duas semanas para a 47ª edição do Rali Dakar. Organizada pela Amaury Sport Organisation (ASO), pela sexta vez na Arábia Saudita, a prova terá lugar entre 3 e 17 de janeiro de 2025. Este ano, o percurso começará em Bisha, atravessará o Empty Quarter e terminará em Shubaytah.

O formato da corrida consiste em 14 dias de corrida, divididos em 12 etapas. Haverá uma etapa maratona ‘chrono’ de 48 horas, cobrindo 950 km. Cinco etapas terão percursos separados para carros e motos. Haverá uma etapa de partida em grupo. Na apresentação da prova, a ASO prometeu mais navegação. Foi também confirmada a categoria Dakar Future Mission 1000 para veículos com motores alternativos de emissões zero ou híbridos.

As principais datas:

6ª Feira, 3 de janeiro de 2025: Pódio de partida e etapa do prólogo

6ª Feira, 17 de janeiro de 2025: Final da prova e pódio de chegada

Dakar 2025: o percurso

O percurso da 47ª edição do Rali Dakar, evento que promete desafiar amadores e lendas do rali numa jornada que se espera épica pela Arábia Saudita. O evento arranca com um prólogo exigente, 12 etapas, entre elas a temida etapa cronometrada de 48 horas, a dura etapa maratona bem como os testes extremos nas areias do mítico ‘Bairro Vazio’, tudo culminando na chegada em Shubaytah.

A largada será em Bisha, com um percurso total de cerca de 7.700 quilómetros, dos quais 5.100 serão dedicados a especiais cronometradas. Cinco etapas inéditas terão trajetos separados para veículos FIM e FIA, cobrindo 45% da distância cronometrada.

O Dakar Classic promete também um show à parte, com 76 carros e 19 camiões clássicos revisitando o charme de épocas passadas numa competição de regularidade. Enquanto isso, o Mission 1000 Challenge desafiará a tecnologia, colocando cinco veículos ‘futuristas’ à prova no mesmo cenário árduo do rali.

Regresso da etapa de 48 horas

Os participantes já sentiram o gostinho em 2024, mas o Dakar 2025 eleva ainda mais a intensidade da famosa etapa cronometrada de dois dias. Imagine rodar 958 km (FIM) ou 917 km (FIA) no deserto, enfrentando terrenos variados, apenas para ser forçado a uma pausa em acampamentos isolados, sem o menor luxo.

E tudo isso logo no terceiro dia de prova! Sem tempo para respirar, o desafio seguinte é a etapa maratona, que levará os pilotos ao tão esperado descanso em Ha’il, o coração vibrante dos ralis no país, no dia 10 de janeiro.

A segunda semana: onde os sonhos se desconstroem

A segunda semana traz ainda maiores desafios, com a maioria das especiais em trajetos separados para motos e carros. Esse formato reduz os riscos de ultrapassagens perigosas e obriga os navegadores a confiar apenas nas suas habilidades de navegação, já que não poderão seguir os rastos deixados pelas motos.

O verdadeiro teste chega no Empty Quarter, onde as últimas etapas, especialmente a penúltima, mergulharão os competidores num mar de dunas. O inesperado será regra, não exceção. E o grande final, digno de cinema, acontece em Shubaytah: uma largada em massa e uma última corrida pelas areias que prometem imagens épicas e inesquecíveis.

Com desafios técnicos, terrenos extremos e também surpresas, o Dakar 2025 será, como sempre, mais do que uma corrida, mas sim uma odisseia que gravará novas histórias no lendário mundo dos ralis de todo-o-terreno.

Lista de concorrentes portugueses no Dakar 2025

A lista de concorrentes portugueses é composta por 13 equipas entre duplas totalmente lusas, ou não. Temos 9 pilotos lusos na prova da ASO e 11 navegadores, um nos Ultimate, seis nos Challenger T3, quatro nos SSV T4 e Paulo Fiúza nos Camiões. Eis a lista.

240- João Ferreira-Filipe Palmeiro (X-Raid, Mini JCW Rally Plus), nos Ultimate T1+

307- Mário Franco-Rui Franco (Franco Sport) Challenger T3)

318- Pedro Gonçalves-Hugo Magalhães (Challenger T3)

320- Luis Portela Morais-David Megre (Challenger T3)

321- Rui Carneiro-Ola Floene (Nor) (Challenger T3)

322- Ricardo Porém-Nuno Sousa (Challenger T3)

340- Maria Luis Gameiro-José Marques (Challenger T3)

406- Enrico Gaspari (Ita)-Fausto Mota (SSV T4)

412- Alexandre Pinto-Bernardo Oliveira (SSV T4)

424- João Dias-João Miranda (Santag Racing, SSV T4)

426- Carlos Vento (Esp)-Jorge Brandão (SSV T4)

605 – Vaidotas Zala, Max Van Grol, Paulo Fiúza (Camiões, T5)

Dacia e Ford confrontam Toyota e X-Raid nos Ultimate

As regras inovadoras da FIA e da FIM vão injetar uma dose extra de suspense no campeonato, que vai começar daqui a duas semanas com a 47ª edição do Dakar: 50 veículos FIA inscreveram-se, entre eles 24 carros Ultimate, 16 veículos da Challenger/T3 e 10 SSV.

A Dacia e a Ford M-Sport juntam-se à Toyota Gazoo Racing, à Overdrive Racing e à X-raid e alteram o equilíbrio de forças na competição automóvel. Os títulos Challenger e SSV estão em disputa depois dos dois atuais campeões terem decidido subir um degrau na hierarquia.

Os Dacia Sandrider entraram em cena com um ‘assalto’ em três frentes na final do campeonato em outubro passado, com Nasser Al Attiyah e Sébastien Loeb a garantirem uma dobradinha e a deixarem um aviso aos seus rivais antes da época de 2025. O tricampeão do mundo e o seu vice-campeão de 2022 estão prontos para partir. Cristina Gutiérrez vai correr ao seu lado, completando o trio da Dacia.

A Ford/M-Sport vai colocar quatro pilotos no W2RC. Carlos Sainz, que começou a época de 2024 com o seu quarto triunfo no Dakar, contará com o apoio do compatriota Nani Roma, vencedor do Dakar em duas (2004) e quatro rodas (2014). A apoiar estas duas lendas dos rally-raids na equipa americana estão Mattias Ekström e Mitch Guthrie Jr., um recém-chegado da classe Challenger.

A X-Raid reuniu também quatro pilotos para os seus Mini 3.0i JCW a gasolina. Guillaume de Mévius foi o grande destaque da temporada de 2024, conquistando o segundo lugar geral no seu primeiro Dakar na classe Ultimate – competindo pela Overdrive Racing – e conquistando o terceiro lugar no Rallye du Maroc, onde o belga se familiarizou com o Mini e conheceu o seu novo copiloto, o bicampeão mundial (2022 e 2023) Mathieu Baumel.

O Red Devil vai fazer o inferno ao lado de Denis Krotov, Lionel Baud e do campeão da Taça do Mundo de Bajas de 2024, João Ferreira.

A Toyota também está determinada a causar impacto, com sete pilotos da Hilux na lista de inscritos. Três vão competir pela Overdrive Racing, incluindo o duas vezes medalhado com a prata no W2RC (2023 e 2024) Yazeed Al Rajhi. Jean-Marc Fortin renovou o contrato de Juan Cruz Yacopini, terceiro em 2023, e recrutou Rokas Baciuška, cuja ascensão meteórica o levou às alturas das classes SSV (2022 e 2023) e Challenger (2024).

Quatro pilotos de fábrica da Toyota Gazoo Racing compõem o resto do contingente. Lucas Moraes, que terminou no pódio geral do W2RC pela primeira vez em 2024, depois de ter subido ao pódio do Dakar de 2023, voltará a partilhar o mesmo ‘teto’ com Seth Quintero. Saood Variawa está a entrar na sua segunda época W2RC ao lado do também sul-africano Henk Lategan. A Toyota, tricampeã de construtores, tem pela frente uma dura luta pela defesa do título, agora que a Dacia e a Ford entraram no ringue.

Challenger

Entretanto, na classe Challenger, cinco equipas estruturadas e um punhado de ‘lobos solitários’ vão lutar para preencher o vazio de poder deixado pela promoção de Rokas Baciuška à Ultimate.

Yasir Seaidan espera dar seguimento ao seu recente triunfo nos SSV com o título Challenger em 2025. O saudita saltou para a equipa BBR, juntando-se a Nicolás Cavigliasso, o segundo classificado de Baciuška, e à sua navegadora, a campeã de 2024, Valentina Pertegarini. Outra saudita, Dania Akeel, que terminou a época de 2024 no top 5, vai correr ao seu lado. O jovem Pau Navarro completa a equipa francesa, que contará com cinco Taurus T3 Max.

Missão cumprida para a Red Bull Off-Road Junior Team USA by BFG: Quintero, Gutiérrez e Guthrie serão todos pilotos de fábrica na classe Ultimate em 2025, enquanto Guillaume de Mévius, que também fazia parte da sua estrutura, está também a jogar nas grandes ligas.

Uma nova geração de talentos do rally-raid está a surgir sob a forma de dois pilotos de 23 anos. O americano Corbin Leaverton é um digno sucessor de Quintero e Guthrie. O californiano já conquistou vários títulos nas provas do World Off Road Championship Series (WORCS) e Best in the Desert (BITD) do outro lado do oceano.

Gonçalo Guerreiro, campeão nacional de todo-o-terreno em 2022, tri-vencedor da Baja Portalegre no seu escalão, será o piloto da Europa a representar a equipa e o seu País. O argentino David Zille conduzirá um Taurus (Daklapack Rallysport), tal como o Team BBR e o Red Bull Off-Road Junior Team USA by BFG.

Nasser Al Attiyah está a fazer ondas com a estreia da sua própria equipa. A Nasser Racing, que tem o apoio da Federação do Qatar (QMMF), terá três equipas: Khalifa Al Attiyah, o outro irmão Al Attiyah, que fez a sua primeira aparição internacional no Rali da Andaluzia de 2021; Abdulaziz Al Kuwari, o detentor do título do Campeonato do Médio Oriente de Ralis (MERC), que Nasser Al Attiyah venceu dezanove vezes; e o espanhol Eduard Pons, que conquistou a Taça do Mundo de Baja na classe Challenger (terceiro na geral) esta época.

A G Rally Team e a Franco Sport vivem segundo a máxima “se não está partido, não o arranje”. A equipa fundada por Guillaume de Mévius vai continuar a depositar a sua confiança em Rui Carneiro e na outra piloto feminina da classe, Puck Klaassen. Entretanto, a equipa portuguesa com veículos Yamaha inscreveu Mário Franco e Pedro Gonçalves. O emirático Khalid Aljafla (Aljafla Racing), que terminou no pódio da Taça do Mundo de Baja 2024 na classe Challenger (quinto na geral), e o polaco Adam Kus (Akpol Recykling) também se juntam à caravana.

SSV

Na classe SSV, a subida de Seaidan para Challenger está a alimentar um sonho americano! Sarah Price, segunda na geral no 46º Dakar na sua última participação internacional, está a transbordar de ambição depois de se tornar piloto da Can-Am Factory. A equipa South Racing de Scott Abraham aposta no novo Can-Am Maverick R e concentra-se na classe SSV com um triunvirato argentino: o campeão da Taça do Mundo de Baja em SSV (segundo na geral), Fernando Álvarez, o tetracampeão da Taça do Mundo Manuel Andújar e Diego Martínez.

Itália aposta na quantidade e na experiência. Dois italianos que ficaram entre os 10 primeiros em 2024 estão de regresso para mais: Enrico Gaspari (TH Trucks) e Michele Antonio Cinotto (CST XtremePlus Polaris Team) num Polaris.

O alemão Roger Grouwels (Raceart), o português Alexandre Pinto (que venceu o Road to Dakar Challenge no Rallye du Maroc) e o espanhol Carlos Vento (Old Friends Rally Team) estão todos prontos para a sua estreia. Claude Fournier (MMP), o avô da casa W2RC, não pretende faltar a uma única ronda do campeonato!

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