Dakar 2022: Audi no Dakar para fazer história?
Quando a Audi surgiu com o Quattro em 1980, muito poucos imaginariam que se iria abrir um dos capítulos mais importantes da história do Mundial de Ralis, mas foi exatamente isso que sucedeu.
Não vale a pena recordar o significado do Audi Quattro para os ralis, mas no ano em que a Audi comemora 50 anos do seu famoso slogan “Vorsprung durch Technik” (Na Vanguarda da Técnica), de Ingolstadt sai novo produto que pode revolucionar, agora o todo o terreno, já que a Audi vai correr com o novo Audi RS Q e-tron no Dakar.
O carro tem três geradores (motores) elétricos (MGU), dois para os eixos frontal e traseiro, diretamente oriundos do Audi e-tron FE07 da Fórmula E, e um terceiro para recarregar as baterias, em prova, algo que será naturalmente complementado com a recuperação de energia oriunda das travagens, como em qualquer híbrido de estrada.
O motor de combustão é oriundo do bloco TFSI ‘campeão’ do DTM.
Os testes decorrem há muito, as três duplas são do melhor que há no TT, Stéphane Peterhansel/Édouard Boulanger, Carlos Sainz/Lucas Cruz e Mattias Ekström/Emil Bergkvist.
Resta agora perceber o que pode valer o carro e a tecnologia. Neste momento o novo Audi RS Q e-tron Dakar é uma perfeita incógnita, pois a Audi não competiu, só testou, pelo que só as duplas e os seus responsáveis, engenheiro e mecânicos têm uma ideia do que pode valer o carro.
Como se percebe a Audi pretende ser o primeiro fabricante de automóveis a utilizar uma transmissão eletrificada, em combinação com um conversor de energia para competir pela vitória no dakar, contra os concorrentes ‘convencionais’ no rali mais difícil do mundo: “O quattro foi uma ‘pedra no charco’ para o Mundial de Ralis, a Audi foi a primeira marca a ganhar as 24 Horas de Le Mans com um sistema de transmissão eletrificado. Agora, queremos inaugurar uma nova era no Rali Dakar, e aproveitamos para testar e desenvolver a nossa tecnologia e-tron, em condições extremas”, disse Julius Seebach, Diretor Geral da Audi Sport GmbH e responsável pelo desporto automóvel na Audi. “O nosso RS Q e-tron foi criado numa folha de papel em branco em tempo recorde e representa a ‘Na vanguarda da Técnica’.
Novamente, a Audi está a tentar fazer o que nunca foi feito antes. Devido ao facto de não poderem carregar as baterias no deserto, a Audi tem a bordo do Audi RS Q e-tron, o motor TFSI e também um conversor de energia que carrega a bateria enquanto o carro roda. O sistema de transmissão do Audi RS Q e-tron é elétrico. Os eixos dianteiro e traseiro estão ambos equipados com a unidade moto-geradora (MGU) do atual Audi e-tron FE07 de Fórmula E, que foi desenvolvido pela Audi Sport para a temporada 2021. Só foi necessário fazer pequenas modificações para utilizar esta MGU no Dakar.
Um terceiro MGU, de conceção idêntica, faz parte do conversor de energia, e serve para recarregar a bateria enquanto se conduz. Além disso, a energia é recuperada durante a travagem. A bateria pesa cerca de 370 quilogramas e tem uma capacidade de cerca de 50 kWh. A potência máxima do sistema do ‘e-drivetrain’ é de 500 kW (680 cv). O Audi RS Q e-tron necessita apenas de uma engrenagem de avanço. Os eixos dianteiro e traseiro não estão ligados mecanicamente, como também é comum em veículos elétricos.
A entrada no Dakar é feita em conjunto com a Q Motorsport uma espécie de ‘spin off da X-Raid. O Director da Equipa é Sven Quandt. Agora, resta saber o que pode valer nas pistas sauditas, o Audi RS Q e-tron.
Como já referimos, a equipa é um autêntico ‘dream team’: Mattias Ekström junta-se às lendas Carlos Sainz e Stéphane Peterhansel.
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Acho que será uma espécie de repetição de entrada da Peugeot: no primeiro ano aprendem, no segundo vencem.
Eu deixei de seguir o Dakar quando mudaram para o pais actual.
Mas acho que vou abrir uma excepção para acompanhar a Audi. Muito interessante este conceito.