Dakar 2016: Pode ver no Eurosport
O Dakar arranca hoje e até 16 janeiro, o Eurosport mostra diariamente (às 19h30 e às 22h00) os melhores momentos da 38ª edição, com portugueses a lutar pelo primeiro triunfo nacional na prova rainha do todo-o-terreno.
O ‘roteiro’ da viagem de 14 dias entre Buenos Aires e Rosário faz-se pela Argentina e Bolívia, depois da desistência de Chile e Peru. A edição 2016 tem a melhor lista de inscritos de sempre, onde o exercício de descortinar um vencedor nas quatro categorias (carros, motos, camiões e quads) é complicado, sendo que nas motos três dos candidatos são portugueses: Paulo Gonçalves (Honda), Hélder Rodrigues (Yamaha) e Ruben Faria (Husqvarna), todos à procura de um primeiro triunfo após terem conseguido pódios no passado. A “armada” nacional conta ainda com Carlos Sousa (acompanhado por Paulo Fiúza num Mitsubishi ASX), que procura o 12º “Top 10” em 17 presenças nos carros, onde Filipe Palmeiro navega o chileno Boris Garafulic (Mini). Mário Patrão (Honda) e Bianchi Prata (KTM) voltam a cumprir o sonho de moto e José Martins (Renault) é o único luso nos camiões.
Menos dunas, mais navegação
Pela primeira vez desde que o Dakar trocou África pela América do Sul, o deserto do Atacama fica de fora, não se cruzando os Andes. Haverá menos dunas de areia ao longo dos mais de 9000 quilómetros, dos quais metade cronometrados. Os organizadores (ASO) apostaram num rali-raid mais duro, com mais pedra, ainda mais velocidade, quase sempre acima dos 2000 metros de altitude, com um topo de 4600 metros a caminho de Uyuni. Para ajudar ao ‘calvário’, as temperaturas variam entre 40 graus na Argentina e valores negativos nas duas noites bolivianas. Os camiões vão pela primeira vez à Bolívia deliciar-se com o maior salar do mundo (Uyuni), sendo que a caravana descobre também aí o famoso Lago Titicaca. A maior novidade é a implementação de uma etapa sem assistência para todas as categorias (a quinta, com final em Jujuy), havendo uma segunda tirada maratona para as motos. O caderno de itinerários será menos detalhado, favorecendo os melhores a navegar.
Motos com muito sabor português
Nas motos, com a ausência dos triunfadores das últimas 10 edições (Cyril Despres e Marc Coma), a organização decidiu abdicar do número 1. Teremos um vencedor em estreia, em mais um confronto KTM/Honda. Desta feita haverá mais experiência no campo nipónico (Paulo Gonçalves, 2º em 2015, e Joan Barreda), mas os ‘jovens leões’ do construtor austríaco mostraram grandes qualidades em 2015, com Toby Price a terminar em 3º e Matthias Walkner a ganhar etapas. Olivier Pain, trânsfuga da Yamaha, e Jordi Villadoms são outros nomes a ter em conta do lado da KTM, tal como Javier Pizzolito e o estreante Ricky Brabec do lado da Honda. Resta saber se a moto japonesa encontra fiabilidade para contrariar os 14 triunfos consecutivos desde 2001 da KTM. De regresso à Yamaha dos terceiros lugares em 2011 e 2012, Hélder Rodrigues deseja dar à marca o triunfo que escapa desde 1988. Ruben Faria trocou a KTM pela Husqvarna, assumindo-se como líder da marca sueca, que contará ainda com Pablo Quintanilla.
Loeb é a vedeta, al-Attiyah o maior candidato
Nos carros, a lista é de ficar de boca aberta: uma dúzia de Mini All4Racing ganhadores nas quatro últimas edições, contra cinco Peugeot 2008 DKR, oito renovados Toyota Hilux, a que se juntam os Mitsubishi ASX, os Renault Duster e os Buggy Gordini e X-Raid. Estarão presentes todos os vencedores do “Dakar” na América do Sul. A grande vedeta será Sébastien Loeb, vindo dos ralis e do WTCC. Só que o francês dificilmente chegará à vitória na estreia, ao contrário dos companheiros Stéphane Peterhansel (que procura o 12º triunfo) e Carlos Sainz (vencedor em 2010), se o novo Peugeot 2008 DKR16 fizer esquecer o antecessor. As duas rodas motrizes do carro francês podem ser um problema face aos 4×4 da Mini, onde Nasser Al-Attiyah quer o tri depois de ter ganho em 2011 e 2015. Esquecer o vencedor 2014, Nani Roma, é um erro, tal como será não acreditar nas chances de Orlando Terranova.
Menos hipóteses para Mikko Hirvonen, que é mais um dos pilotos que chegam do Mundial de Ralis, uma moda no “Dakar” 2016, a que se junta Martin Prokop com um Toyota. No campo das Hilux, o destaque vai repartido para o vencedor 2009, Giniel de Villiers, e para o saudita Yazeed Al-Rajhi, que no ano passado foi o único a incomodar os Mini. Há ainda a habitual incógnita Robby Gordon, com o buggy Gordini: o carro é veloz, o piloto ainda mais, mas a soma dos fatores demora a ser equação ganhadora.
Nos camiões, a Kamaz conta com os vencedores dos três últimos anos (Mardeev, Nikolaev e Karginov) para mais um duelo com os Iveco de De Rooy e Loprais, arbitrado pelos Tatra, Man e Maz. Entre os quads, o regresso à atividade dos manos Alejandro e Marcos Patronelli fá-los sonhar com um quinto triunfo, depois de terem dividido todos entre 2010 e 2013. Rafal Sonik, primeiro no ano passado, apresenta-se uma vez mais como o principal adversário do pelotão sul-americano.
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O Mário Patrão está também com a KTM e não com a Honda como refere este artigo.