As principais incidências da 1ª semana do Dakar!
O Dakar 2016 está a meio. Ontem os concorrentes gozaram o merecido descanso depois de muitos km ao cronómetro ao longo de uma semana rica em acontecimentos. A esta altura a Peugeot coloca três 2008 DKR 16 no comando da prova, com Sébastien Loeb, Stéphane Peterhansel e Carlos Sainz, respetivamente. O primeiro dos ‘outros’ é Nasser Al-Attiyah que surge em quarto. Com o dia de descanso a decorrer, recordamos por isso as principais acontecimentos da semana nos autos, etapa a etapa.
1ª ETAPA – domingo (anulada)
2ª ETAPA – segunda-feira
À semelhança do dia anterior, também devido ao mau tempo, a etapa foi reduzida de 510 para 387 km cronometrados, terminando em CP4. Nasser AL-Attiyah afirmou entrar ao ataque para o troço, mas não conseguiu suplantar os MINI. Os pilotos acabaram por ter muita lama ao km182 que complicou a vida a vários pilotos. Xevi Pons, Ford Ranger, foi dos primeiros a ter problemas, perdendo cerca de uma hora. O mesmo se passou com Nani Roma, que cedo perdeu as hipóteses de voltar a lutar pelo triunfo no Dakar, registando um atraso de 45m com o seu MINI ALL4 Racing também atascado. Não tão grave, Robby Gordon também perdeu 17m, com o seu Gordini em igual situação. Os Peugeot passaram bem a lama, ajudados pela elevada altura ao solo e as suas rodas de grandes dimensões. Carlos Sainz teve alguns problemas de motor e não foi além do 14º tempo, perdendo quase 13 m devido a isso. Mikko Hirvonen aproveitou bem a maior parte do traçado ao estilo rali para fazer uma boa etapa. O traçado parecia favorável aos 4X4, mas foram os Peugeot que fizeram uma dobradinha. Loeb venceu e admitiu ter ficado surpreendido, naquela que foi uma dobradinha da equipa francesa, com Stéphane Peterhansel a ser segundo. Carlos Sousa teve problemas com a poli da bomba de água do seu Mitsubishi ASX Racing e perdeu duas horas com esse ‘detalhe’.
3ª ETAPA – terça-feira
A especial voltou a ser reduzida, perdendo a parte do traçado mais plana. Giniel De Villiers mostrou-se surpreendido com a performance da Peugeot porque achava que a sua Toyota Hilxu lhe deveria ter ganho tempo naquela especial, o que não aconteceu. Loeb, que admitiu ter andado sempre a fundo, partiu e terminou na frente, com Sainz a ser segundo. Na MINI Nani Roma passou a mochileiro de luxo, dado o atraso do dia anterior. Nasser Al-Attiyah foi terceiro, De Villiers quarto e Hirvonen continuou a rodar a bom ritmo sendo quinto. No final Loeb admitiu ter andado sempre a fundo. O português Carlos Sousa subiu de 94º para 73º.
4ª ETAPA – quarta-feira
Dia em que se disputou a 1ª parte etapa maratona. A mesma especial com os mesmos seis pneus e sem assistência para o dia seguinte. A par disso era uma etapa realizada em altitude que beneficiava os carros turbo. A Peugeot esteve novamente bem. Agora foi Perterhansel a vencer, seguido de Sainz e Loeb. A marca francesa colocava três carros nas três primeiras posições. Loeb foi o primeiro na estrada numa altura em que o Dakar entrava em zonas em que a navegação era crucial, enquanto até aí tinham sido especiais ao jeito WRC, apesar de muito longas. Já Nasser Al-Attiyah dizia à partida que o Dakar para ele começava ali, enquanto De Villiers era um dos pilotos que iria ter dificuldade nesta fase em altitude, porque a sua Toyota é potente, mas em altitude, sendo um motor atmosférico, perdia muito… e perdeu. Foran nove minutos, descendo a sexto da geral. Já Yazeed Al-Rahji, que este realizou um Dakar 2015 excelente, este ano tem andado desaparecido. Fez sexto nesta etapa e com isso subiu a 11º, mas muito aquém daquilo que já demonstrou. Despres estava a melhorar e ficou muito perto de ajudar a Peugeot a conseguir o tetra na etapa, foi 5º e passou a oitavo da geral. Este foi o seu melhor resultado nos autos e um bom exemplo é o facto de ter perdido apenas um minuto para Al-Attiyah. Sabendo-se que são pilotos de valias muito diferentes nos autos, a margem é totalmente ‘culpa’ do excelente Peugeot 2008 DKR 16. O segredo está mesmo no carro, não na pilotagem. Nasser lutou com os Peugeot, mas acabou apenas em quarto e na geral ficou a 11 minutos do líder: “Tentei atacar mas não consegui acompanhar os buggy, são demasiado rápidos”, disse Al-Attiyah no final. Loeb perdeu algum tempo para Peterhansel, 27 segundos, e revelou que foi cuidadoso neste primeiro troço mais à Dakar. Sainz furou e perdeu três minutos a mudar a roda. Contas feitas foi o 66º triunfo de Peterhansel em etapas no Dakar e o 33º nos carros. Subiu para 2º da geral, foi a primeira vez que venceu com a Peugeot uma etapa no Dakar e foi também o 50º triunfo da Peugeot no Dakar. Já Carlos Sousa foi 24º na etapa e subiu para 54º geral. Bom resultado também o conseguido por Leeroy Poulter, em Toyota Hilux. Etapa menos boa para Mikko Hirvonen, que foi 12º e está em 7º da geral.
5ª ETAPA – quinta-feira
Loeb voltou a vencer em etapas, terceira da prova em ano de estreita. Um verdadeiro fora de série. Robby Gordon sofreu uma hora de penalização por ter utilizado um trator para sair da lama no 2ª dia. Na etapa chegou a rodar em terceiro. Já Cyril Despres foi o primeiro homem da Peugeot a ter grandes problemas, de eletrónica, perdendo 1h15m e caindo para 22º da geral. A Peugeot fez nova tripla com Loeb, Sainza e Peterhansel. AL-Attiyah ainda rodou no top três, mas acabou por não ir além do quarto lugar. Carlos Sousa e Paulo fiúza desistiram ao cair num buraco ao km 188. Foi a terceira vez em 17 participações que o piloto luso não terminou o Dakar, tal como em 2000, quando teve o seu grave acidente e em 2014, quando o motor da Great Wall cedeu.
6ª ETAPA – sexta-feira
Este foi o dia dos veteranos, mas com a Peugeot a mandar. Sainz e Peterhansel lutaram pelo triunfo na etapa e o francês foi mais feliz, alcançando a sua 67ª vitória em etapas na prova, 34ª nos autos, e desempatando assim com as 33 que tem nas motos. O piloto passou para a liderança da prova, algo que não acontecia desde o Dakar 2014, depois da história com Nani Roma. Foi dormir em 1º com 27s de vantagem para Loeb. Este perdeu 8m15, foi apenas o 4º tempo, e perdeu assim a liderança para o seu companheiro de equipa. O francês viu-se a braços com dois furos e um contratempo com o acelerador do 2008 DKR 16, facto que entregou a vitória na especial e o comando do Dakar a Peterhansel. Mikko Hirvonen vencedor de 15 ralis no WRC, passou a 6º da geral. Al-Rajhi, com a sua Hilux de motor V8 atmosférico, foi o melhor dos outros, 3º, e ascendeu a oitavo. Leroy Poulter furou e cedeu 23 minutos e caiu para sétimo da geral. Nani Roma recuperou e subiu a 13º. Nasser Al-Attiyah tentou tudo mas não chegou para os Peugeot e perdeu perdeu quase nove minutos, ficando a 15m1m9 do líder. Al- Attiyah continuava a ser o melhor dos outros mas já a 15 minutos do primeiro classificado. “Não parece fácil para já vencer troços, mas o nosso plano continua a ser ganhar o Dakar.” O vencedor do prólogo, Ten Brinke desistiu depois de ver a sua Toyota Hilux arder, o que sucedeu devido a um furo, que levou o pneu a incendiar-se. Robby Gordon começou bem mas acabou mal o dia, um Dakar para esquecer para o norte-americano do Gordini. Ficou sem gasolina e Sheldon Creed acabou por o rebocar até ao bivouac, mas teve um problemas com o volante e teve de guiar com um alicate a fazer de volante.
7ª ETAPA – sábado
Peterhansel tentou, mas sendo o primeiro na estrada não conseguiu bater Sainz e Loeb, e foi também batido por Al-Attiyah na etapa. O francês perdeu a liderança para Loeb, que mesmo assim perdeu algum tempo com uma fuga de óleo no seu 2008 DKR 16. Tudo isto permitiu a Sainz vencer a etapa, a estreia este ano. Al-Attiyah conseguiu novamente um terceiro lugar, seguidon de Perterhansel. Depois do problemas com lama na 2ªetapa que o atrasou imenso, Orlando Terranova continuou a recuperar, aproximando-se do top 15, sendo 17º. Quem está a realizar uma boa prova é é Mikko Hirvonen. Na etapa foi quinto lugar a que subiu na geral., ultrapassando De Villiers, que voltou a queixar-se de falta de potência na sua Hilux. A MINI teve falta de velocidade de ponta em relação aos Peugeot. Sébastien Loeb entendeu-se bem com a navegação. Os carros fizeram duas partes da especial, ao contrário das motos, quads e camiões.
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