O que falta no Campeonato Nacional de Todo-o-Terreno para… Rui Sousa
Em Portugal o período entre 2000 e 2005 é geralmente apontado como a época áurea do TT nacional, com muitos carros, muitos pilotos de grande valia e também um forte investimento de marcas com presença a nível oficial. Depois disso a modalidade sofreu um quebra e hoje, paulatinamente, tem vindo a revigorar-se, ainda assim, não o suficiente, na opinião de Rui Sousa.
Para Rui Sousa: “Faz falta uma marca ou alguém que desenvolva um troféu, uma iniciação, para trazer novos valores, algo semelhante ao Challenge DS3 R1 nos ralis. Porque hoje em dia são sempre as mesmas caras nas provas. A modalidade devia reinventar-se.”
Neste capítulo Portugal devia pôr os olhos no passado: “Já tivemos o Troféu UMM, Nissan Terrano II, mesmo o Tomaz Mello Breyner. Nos anos áureos do TT o Troféu Nissan Terrano II chegou a ter 18 carros, igual a listas de algumas provas de hoje. Faz falta uma iniciação e o T8 não é a fórmula certa porque há carros de T8 que são bons T1. Não é por aí que se consegue aferir os dotes de pilotagem, enquanto se tivermos todos carros iguais, já é diferente.”
Por outro lado, “a nível dos traçados há situações inconcebíveis com organizações a fazerem muitas vezes um prólogo no mesmo sitio. Há que inovar, fazer-se chegar as corridas às populações. Este ano a Baja Portalegre 500 teve o parque fechado em Ponte de Sor e funcionou, acho que é esse o caminho. Este ano fizemos algumas corridas em Espanha. Lá é feita uma partida simbólica dentro da localidade na noite anterior à corrida. Em Lorca, por exemplo, houve um aparato de gente à noite espetacular. Uma pessoa passa pela cidade, as pessoas veem os carros, o que dá visibilidade aos patrocinadores, e isso cria apetência para que queiram ir ver a corrida no dia seguinte.”
Por outro lado, ”a FPAK devia tentar cativar mais os meios de comunicação social, criar novas categorias e não ter inscrições tão caras. A panóplia de equipamento que hoje é necessária é um disparate, só para participarmos temos logo uma fatura de cerca de 5 mil euros. Não se devia profissionalizar tanto as coisas.”
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Palavras sábias!
Rui Sousa bem ao estilo de Robby Gordon. Ambos sabem que sem o público não faz sentido gastar fortunas. Mais importante do que competir, é satisfazer e acarinhar aqueles que fazem a roda girar. O público e os patrocinadores.