CPTT, Baja Oeste: Terceira vitória seguida de João Ferreira

Por a 8 Maio 2022 13:45

João Ferreira/David Monteiro (Mini JCW Rally) venceram pela terceira vez em três provas, este ano no CPTT. Com mais uma brilhante atuação, desta feita de trás para a frente, chegaram ao triunfo depois de terminar o 1º dia…no quarto lugar. 

Caiu o pano sobre a segunda edição da Baja Oeste de Portugal, um evento que trouxe o TT para muito mais perto de grandes centros urbanos, o que se refletiu de imediato numa imensa mole humana. Já o ano passado, a prova da Escuderia Castelo Branco tinha deixado claro esse facto, público, foi ‘coisa’ que não faltou, e este ano essa questão…multiplicou-se. Hoje em dia, só a mítica Baja Portalegre 500 bate esta prova da ECB em termos de público, e tal como disse Nuno Matos: “é uma prova que presta um grande contributo ao CPTT e que é um prazer de disputar, pois estamos sempre, literalmente, acompanhamos por adeptos em todos os momentos, o que é fantástico.” 

Em termos desportivos, não há duas sem três! Apesar de terem terminado o primeiro dia de prova 1m49,2s atrás de João Ramos/Filipe Palmeiro (Toyota Hilux), no quarto lugar, e ainda com João Dias/João Miranda (BRP Can Am Maverick X3) e Tiago Reis/Valter Cardoso (Toyota Hilux) à sua frente, João Ferreira/David Monteiro (Mini JCW Rally) suplantaram a margem para os três concorrentes e asseguraram o terceiro triunfo seguido no Campeonato de Portugal de Todo o Terreno.

Uma recuperação fantástica, com a prova a ter no ponto intermédio 3 da SS2 o seu momento de viragem, já que João Ramos estava a perder 20.9s e de repente passou a ceder 2m54.4s, devido a um furo, caindo posições no SS, e na geral. O piloto da Dama Negra ainda recuperou alguma coisa até final, mesmo tendo furado segunda vez, mas já não foi a tempo de impedir o triunfo de João Ferreira, terminando a 2m40.6s na SS2, o que significou uma margem de 51.4s na geral. Contudo, no final, foi penalizado em cinco minutos devido a não levar no seu carro um roda sobressalente. A explicações, veja na caixa (ler em separado). CLIQUE AQUI

João Dias voltou a ter uma prestação muito meritória no seu BRP Can Am Maverick X3, e acabou por terminar em segundo, terminando a 1m39.5s da frente, vencendo novamente o T3, o que sucedeu pela terceira vez em três provas, desta vez com um saboroso 2º lugar. Uma prestação notável a todos os níveis, pois sendo verdade que aproveitou o facto desta prova ter zonas em que os SSV pode jogar taco a taco com os T1, a verdade é que sem boa pilotagem nada há a fazer e João Dias conseguiu-o de forma brilhante.

Numa prova que foi para si muito dura, Tiago Reis ainda terminou o primeiro dia em terceiro, a pouco menos de um minuto da frente, mas depois não conseguiu melhor do que um lugar no pódio. O piloto ainda sofre com as mazelas do acidente da Baja TT ACP, não está a 100% em termos físicos, logo na antevisão da prova confessou ter que perceber o que conseguiria fazer e a verdade é que foi para si uma prova de grande esforço, ainda assim com um resultado positivo.

Se logo no prólogo nos confessou essa preocupação, o que dizer depois de dois longos e duros setores seletivos. Depois do terceiro lugar em Beja e do abandono em Grândola, terá que fazer uma boa ‘2ª volta’ de modo ainda a ver o que é possível fazer em termos de luta pelo título.

Mais uma boa prova de Luís Recuenco/Sergio Peinado (Mini JCW Rally), que terminaram na quinta posição da geral, o seu melhor resultado do ano, depois de terem sido 14º em Beja e nonos na Baja TT ACP. Foram consistentes, mas não mostraram rapidez para mais. 

Alejandro Martins/José Marques (Mini John Cooper Works Rally JCW Rally) terminaram na sexta posição da geral, numa prova que se complicou mais do que o previsto. Ganharam o prólogo, mas na SS1 tiveram vários contratempos.

Queixaram-se do road book, digital e tradicional, onde segundo o piloto não batia a ‘bota com a perdigota’ diversas vezes. Com isso, não conseguiu melhorar a posição com que terminou o 1º dia, a sexta. Depois de ter sido 5º em Beja e ido ao pódio em Grândola, este foi para já a pior prestação do ano, até aqui.

Francisco Barreto e Carlos Silva (Ford Ranger) terminaram na 7ª posição da geral, a mesma bitola que têm tido esta época, depois do 8º lugar em Beja e o sexto em Grândola. No primeiro dia, uma avaria numa transmissão levou-os a rodar em 3 rodas motrizes’, o que levou a uma sensível perda de tempo. Com consistência, terminaram a prova num bom registo.

Alexandre Pinto e Fausto Mota (Bombardier Can Am Maverick X3) venceram o T4 e foram oitavos da geral. Numa prova dura, e muitas vezes sinuosa em boas partes do percurso, os pequenos SSV puderam dar mais luta aos muito mais potentes T1, e com isso não é de admirar o terceiro lugar de João Dias e o oitavo desta dupla. 

Nuno Tordo e João Serôdio (Nissan Navara) terminaram em nono da geral e venceram com grande à vontade o Agrupamento T8, com uma boa margem face a Michael Braun/Ivo Santos (Porsche Cayenne Proto). Três provas, três triunfos para Nuno Tordo e liderança consolidada no campeonato.

Johan Senders/Luís Bento levaram a sua nissan Navara ao terceiro lugar do T8 e ao 11º lugar da geral, na frente de Rui Oliveira/Pedro Oliveira (BRP Can Am Maverick X3), segundos do T4 e 12º da geral. 

Depois de dois segundos lugar em Beja e Grândola, Ricardo Nascimento/Ricardo Brito (BMW X5) foram aqui apenas quartos do T8, depois duma prova mais complicada.

Joel Marrazes/José Motaco (Nissan Navara) foram 19º da geral e venceram o T2 bem destacados face aos segundos classificados do agrupamento, João Franco/Pedro Inácio (Nissan Navara DD2). 

A prova da Escuderia Castelo Branco foi dura, e houve vários concorrentes a ficar pelo caminho. Por exemplo, Alexandre e Rui Franco (Mercedes V230 TD) , que terminaram o 1º dia no sétimo lugar da geral, ficaram pelo caminho na SS2. 

Quem também estava a andar muito bem, eram terceiros da geral, perto do fim do SS1, Nuno Madeira/Filipe Serra (Ford Ranger) tiveram uma forte saída de estrada, capotaram e danificaram muito o carro. Já não voltaram para a SS2.

Também Nuno Matos e Joel Lutas não resistiram à dureza da prova, já que o turbo do Opel Mokka Proto cedeu ao Km3 do SS2, isto depois de terem terminado o 1º dia no top 10.

César e Tânia Sequeira (Mini Proto) ficaram à beira do top 10 no 1º dia, mas viriam a ficar pelo caminho no segundo. 

Outros dos grandes azarados da prova foram Christian Baumgart/Alberto Andreotti que andaram nas lutas da frente no SS1, mas já perto do fim a cerca de 20 km da meta o motor da Toyota Hilux desligou-se e só funcionou com intermitência até ao final do SS, atirando a equipa para os confins da classificação, onde tiveram muita e boa ‘companhia’, todos com problemas de diversa índole, desde mecânicos auto infligidos como foi o caso de André Amaral e Nélson Ramos que saíram de estrada, batendo com força numa árvore, ficado pelo caminho. 

Lino Carapeta e Rui António (Bowler) também se atrasaram muito logo no 1º dia, o mesmo sucedendo com Miguel Casa e João Luz (VW Amarok), e ainda a rápida dupla brasileira  Adroaldo Weisheimer/Rafael Capoani (Toyota Hilux) que inicialmente também andaram por posições da frente da prova. José Faria e José Janela (Ford Ranger T8) tiveram problemas com o diferencial. 

O CPTT volta à ação ainda este mês, dias 27 a 29 de maio, com a Baja de Loulé, quarta ronda do Campeonato Portugal de Todo-o-Terreno.

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1 Comentário
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Rui André Pereira
Rui André Pereira
2 anos atrás

Podem dizer que estava mal marcada, podem dizer que o percursos tem demasiados controles de velocidade mas o que é facto que no seu segundo ano a Baja TT do Oeste é um fenómeno de sucesso.
Mesmo o adepto menos atento sabe da Dama Negra, da Ranger do Madeira, a Toyota da transfradelos, o Mini da Bomcar, os SSV da Sgs etc… Isto é publicidade pura…se queriam divulgação aqui está ela!
Marcamos encontro para 2023
Obrigado Escuderia

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