Baja Portalegre 500, Nuno Matos: “É um sonho de menino concretizado hoje!”

Numa prova imprópria para cardíacos, Nuno Matos celebrou na 30ª edição da Baja Portalegre 500 o primeiro título de Campeão Nacional de Todo-o-Terreno da sua carreira. Ao volante do Opel Mokka Proto, Matos conseguiu recuperar no último selector selectivo do evento uma diferença de 1m11s, concluindo o evento no terceiro posto da geral, com 3m59s de vantagem sobre o rival João Ramos, após ter sido o mais rápido na última tirada do dia, a SS4.

Visivelmente emocionado pelos melhores motivos, o piloto não escondeu a sua satisfação pelo momento que está a viver:

“Sabíamos que tínhamos de dar tudo e foi o que fizemos, replicando a postura na manhã. Para nós, acho que foi uma corrida para nós absolutamente fantástica, e penso que para quem seguiu na pista também deve ter sido muito interessante de seguir. Estamos muito felizes, é a minha 20.ª participação [na Baja], a minha 10.ª no campeonato… Vencer em casa, frente aos meus, num campeonato que foi super super equilibrado… É um sonho de menino concretizado hoje! Quero dar os parabéns, quer ao João [Ramos], quer ao Miguel [Barbosa], que não estava nesta luta final. Acho que fizemos um trio fantástico durante o campeonato, calhou-nos a nós a sorte, acho que também fizemos e lutámos por isso. É hora também de agradecer, agradecer à fantástica equipa que tenho – somos uma família e é em família que esta vitória se conquista, e é de todos. Obviamente também aos meus patrocinadores, que me apoiam há muitos anos. Sem eles era impossível concretizar este sonho de vida.  E aos amigos e milhares de pessoas que empurraram literalmente o nosso Mokka por estas pistas fora. Estou muito feliz e estou um bocadinho emocionado”, referiu.

Tal como João Ramos, a prestação de Nuno Matos foi também afectada por problemas mecânicos, com o novo Campeão Nacional de TT a temer pelo pior já no fim:

“Aqui ao fim tive medo. Ficámos sem direção assistida na entrada para a ribeira – a ribeira este ano acho que estava amaldiçoada – e percebemos agora também que furámos. Chegámos aqui com o carro a 125 graus, portanto deve ter ficado sem a correia dos acessórios, e estávamos com o coração nas mãos à espera que o carro  pudesse parar a qualquer minuto. Acho que foi mesmo para nos testar as nossas emoções todas, mas ele está ali dentro e nós estamos aqui, e somos campeões e estamos felizes”, concluiu.