Carlos Sousa subiu para sétimo

A quinta etapa do Rally da Europa Central, que se disputará até ao próximo fim-de-semana na Hungria, correu melhor a Carlos Sousa que, passou para o 7º lugar da classificação geral, no VW Race Touareg 2 do Lagos Team, recuperando assim o lugar que ocuparia provavelmente se não tivesse furado o pneu anteontem. A etapa de hoje, com partida e chegada a Veszprem, num total de 211 quilómetros em contra-relógio, não correu da melhor forma ao Ruben Faria, que perdeu muito tempo na primeira especial com problemas de falta de gasolina. Hélder Rodrigues é já 13º e o melhor piloto português nas motos.

A primeira Especial, com 157 quilómetros, correu bem à dupla, Carlos Sousa/Andy Schulz, que manteve um ritmo que os levou à oitava posição. Ruben Faria, mesmo com os problemas provocados pela falta de gasolina rubricou o 22º tempo, enquanto Hélder Rodrigues continua a cumprir o objectivo de rodar o mais possível, sendo por isso mais lento do que se poderia esperar, com o 39º lugar. A segunda Especial do dia, mais curta, com somente 54km, foi positiva para o português que ficou na sétima posição entre os concorrentes dos automóveis, recuperando o sexto lugar, que no final do dia de ontem ambicionava, mas não se livrou de passar algumas peripécias.

Carlos Sousa: “Quando furei, há dois dias, tinha caído para o nono lugar, beneficiando os pilotos que me passaram nessa altura. Hoje, foi o dia em que voltei à minha posição ‘normal’, também por nosso mérito que andámos bem. Podia ter corrido ainda melhor, mas tinha uma fuga de óleo no diferencial da frente. Ao passar pelas diversas ribeiras, o óleo formou uma pasta com a lama e a água, e ficou tipo espelho, não via nada, foi o pânico total. Felizmente com muita insistência do limpa-vidros a visibilidade foi melhorando, e pude voltar a acelerar. O rali ainda tem mais dois dias e 366 quilómetros para percorrer. Nesta disciplina tudo pode acontecer, nunca se sabe o dia de amanhã,” lembrou o piloto que leva as cores da Caixa Geral de Depósitos, Galp Energia, TMN e Sagres Zero.

Com uma segunda especial mais curta, foi a vez de Hélder Rodrigues poder andar mais depressa e terminar no 15º lugar. Ruben Faria queixou-se de problemas, conforme referiu: “Na primeira Especial, entrei novamente a atacar, passando no CP1 em terceiro, e no CP2 no quarto lugar. Mais perto do final, a moto começou a dar sinais de falta de gasolina. Tive de parar para tentar passar o combustível do depósito extra para o outro. Não consegui, e tive de andar a pedir combustível às pessoas que estavam a ver a prova,” problemas que não pararam por aqui, como explicou o piloto do Lagos Team.

“Na segunda especial, o meu ‘Road Book’ indicava o início de uma zona em que tínhamos de ir a 30 Km/h. Mas depois, nunca mais apareceu o final da zona de restrição. Andei assim seis ou sete quilómetros, até que percebi que podia voltar a acelerar. Isto aconteceu com vários pilotos, e vamos falar com os organizadores para de alguma forma, corrigir esta falha” Explicou Ruben Faria na esperança de que os erros sejam compensados.

Hélder Rodrigues, está à beira de entrar no Top 10, cumprindo mais 366 km na etapa de hoje: “Estou a fazer um rali com muita atenção. Foi uma táctica que está a começar a pagar dividendos, já sou o 13º classificado da geral e o melhor dos portugueses. Gostava de entrar no Top 10 e manter-me como melhor representante nacional dos motards.”