Carlos Sousa: “Sabíamos que tínhamos uma tarefa difícil, mas que seria possível alcançar este quinto lugar.”

O Lagos Team teve uma participação positiva no Rally da Europa Central com a dupla Carlos Sousa/Andy Schulz a levarem o VW Race Touareg 2 ao quinto lugar final, um bom resultado, na prova de abertura da Dakar Series.

Já os dois motards da equipa portuguesa, conseguiram ao longo de uma semana difícil, mostrar o seu potencial, ainda que não o tivessem traduzido em resultados globais. Hélder Rodrigues, cumpriu a missão de chegar ao fim do rali, com o objectivo de fazer o maior número de quilómetros possíveis, e terminou no 14º lugar. Quanto a Ruben Faria, o piloto mostrou que têm de contar com ele, realizando tempos sempre nos mais rápidos, no grupo que discutiam diariamente a liderança, mas o facto de ter partido o motor logo após o início da primeira etapa, atirou-o para a última posição, com uma elevada penalização, acabando a prova em 55º entre os 77 classificados.

Carlos Sousa e Andy Schulz, integrados tecnicamente na Volkswagen Motorsport, conseguiram terminar na quinta posição, atrás de dois VW e outros dois Mitsubishi oficiais, numa prova que não foi muito fácil para o melhor piloto português de Todo-o-Terreno.

Carlos Sousa: “Sabíamos que tínhamos uma tarefa difícil, mas que seria possível alcançar este quinto lugar. Á partida, havia um grupo de pilotos que começou a imprimir um ritmo demasiado alto para uma prova com estas características. Andámos sempre perto dos lugares cimeiros até furarmos um pneu, caindo para nono. Pagámos caro o facto de estar parados desde Setembro até agora, mas as diferenças de tempos para os primeiros nunca foram razão de desmotivação. Acreditámos que a nossa estratégia de estar muito concentrados todos os dias, viria a possibilitar um bom resultado, num rali muito duro e difícil, sem comparação com nada onde tenha corrido. Estamos satisfeitos e esperamos no futuro ter um programa desportivo melhor.”

Motards com exibição mas sem resultado…

Hélder Rodrigues: “O 14º lugar final e a melhor classificação dos portugueses que correram nas motos é fruto de uma prova regular, em que tive ainda de evitar cometer riscos. Foi muito importante para a minha preparação, pela dureza e dificuldades que diariamente enfrentámos. Estou satisfeito com o resultado, sabendo que poderei num futuro próximo voltar a lutar a 100% pelos lugares da frente.”

Ruben Faria: “O facto do motor ter gripado logo no Km 7, estragou a possibilidade de um resultado condizente com o que fui fazendo todos os dias. Ataquei sempre, e mesmo numa prova tão difícil como esta, posso tirar boas conclusões tendo em conta que andei sempre a lutar pelos melhores lugares em todas as etapas. Sei que o primeiro dia me prejudicou bastante ao cair para último, mas depois lutei com todo o empenho e neste momento o que interessa são os resultados que fiz todos os dias.”