Buggies/UTV cada vez mais rápidos no TT
Por diversas ocasiões em 2013, os pequenos Buggies/UTV mostraram-se ao nível e até mais rápidos do que os melhores carros do CPTT. Performance do Rage de Bruno Martins em Fronteira comprovou fórmula de sucesso que ‘promete’ ainda melhor para 2014
Com a crescente necessidade de renovação nas listas de inscritos dos campeonatos nacionais, o crescimento da categoria Buggy/UTV tem sido uma lufada de ar fresco no TT português. Além de terem listas cada vez mais maiores e com novos pilotos – como o campeão de 2013, Nuno Tavares, que tem apenas 21 anos e veio do karting –, os buggies têm apresentado performances notáveis, que muitas vezes rivalizam e até superam as dos melhores protótipos T1 do CPTT. As 24 Horas de Fronteira permitiram mais uma comparação relativa entre o andamento puro destes dois tipos de veículos – buggies e automóveis -, já que além da tradicional prova de 24 horas também houve, no sábado, uma prova de 3 horas para os buggies e UTV.
Nos treinos cronometrados, José Pedro Fontes fez questão de bater o recorde da pista com um tempo-canhão ao volante do JMS BMC Evo2, protótipo construído pelo especialista francês Jean-Marc Schmidt e que se mostrou rapidíssimo ao longo do fim de semana. Aliás, houve grande discrepância nos tempos obtidos entre o pelotão dos carros, já que tanto nos treinos como na corrida o segundo melhor registo pertenceu a Hervé Lhoste, noutro protótipo do campeonato francês de Resistência, que ficou a 47 segundos nos treinos e a quase um minuto na corrida. Por outro lado, se houvesse uma classificação conjunta Buggies/Automóveis, 10 dos 25 tempos mais rápidos nos treinos pertenceriam aos buggies.
Relação peso-potência
Ainda assim, tanto o vencedor das 3 Horas Buggy, Bruno Martins, como o segundo classificado Nuno Tavares só não foram mais rápidos em situação de corrida que o carro da Vodafone BP Ultimate. “Na prova de Idanha-a-Nova, por exemplo, os meus tempos nos setores seletivos que partilhámos com os carros foram mais rápidos que os do Mitsubishi Racing Lancer”, refere Bruno Martins, piloto e importador da britânica Rage para Portugal. “Nas bajas, o único problema que tive foi em Portalegre com a transposição de ribeiras, que faziam entrar água para o sistema CVT. Mas os técnicos da Rage Motorsport estiveram connosco e esse problema já foi resolvido, o que torna o nosso carro muito competitivo também em bajas.” O Rage usado por Bruno Martins no CPTT tem motor Yamaha de 1049cc, 140cv de potência, transmissão automática CVT e um peso de apenas 600kg. Em Fronteira, o piloto estreou um novo Rage também de tração traseira mas com motor Kawasaki de 1400cc, 200cv, caixa sequencial de seis velocidades e um peso total ainda mais reduzido (495 kg).
“A grande vantagem é mesmo a relação peso-potência”, confirma o campeão nacional Nuno Tavares, que utiliza o Polaris 900. “O meu Polaris é menos potente que os Rage mas tem maior curso de suspensão, o que permite ser mais rápido em curva e em zonas de mau piso. É um conjunto muito equilibrado e fácil de conduzir, além de termos um sistema 4×4”, refere o jovem piloto. No capítulo dos custos, Bruno Martins indica que “o Rage de 1000cc custa 30 mil euros mais a legalização, enquanto o de 1400cc custa 35 mil euros mais legalização. Depois, o custo de uma época pode oscilar entre os 10 mil e os 30 mil euros, dependendo dos objetivos do piloto”. Já Nuno Tavares refere que o seu Polaris “custa 22.500 euros já com matrícula. Uma época no total pode ficar por 70 mil euros já com a compra do carro incluída”. Em suma, se é difícil comparar conceitos tão diferentes como os T1 e os Buggies/UTV, esta última categoria parece estar a ganhar terreno em Portugal e a atrair cada vez mais praticantes. Ricardo S. Araújo/JLA
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