Barbosa vence prova marcada pela dureza

Miguel Barbosa voltou a vencer, numa prova marcada pela dureza, e quase sem emoção, ao fim ao cabo, o espelho do que foi a época de TT, quer em termos absolutos, quer ao nível dos vários agrupamentos.

Como vem sendo hábito desde o início do ano, a dupla da Vodafone Liberty Seguros Team colocou a concorrência em sentido logo na Super Especial, deixando o segundo mais rápido (Filipe Campos) a 23 segundos de diferença. Ontem, o piloto de Lisboa voltaria a dominar, concluindo a primeira volta ao traçado (147 km) com um pouco mais de minuto e meio de avanço para o Mégane Proto de Campos, numa manhã aziaga para João Ramos (direcção assistida) e Rui Sousa (rótula da suspensão) – este quando era segundo da geral provisória. à tarde, seria a vez de Filipe Campos (caixa da direcção) engrossar a lista de abandonos, pelo que a Barbosa restou gerir até final.

Vice para Inocêncio

De resto, mesmo as contas do vice-campeonato – um dos poucos motivos de expectativa à partida desta prova – ficaram já definitivamente saldadas a favor de Nuno Inocêncio e Sérgio Cosme.

Com os problemas de Hélder Oliveira (caixa de velocidades do Toyota Land Cruiser cedeu) o terceiro lugar foi parar às mãos de Bernardo Moniz da Maia, o que constitui o seu melhor resultado de sempre no campeonato. A pouco mais de dez segundos do carro preparado pelo Team Dessoude terminou o velhinho Nissan Terrano II de Fernando André, quiçá o grande herói desta jornada.

Clemente bisa no T2

Numa prova fértil em abandonos, sobrou assim espaço para que os dois concorrentes que lutaram pela primazia do Agrupamento T2 terminassem em quinto e sexto da classificação, com Nelson Clemente a repetir a vitória em Beja e José Miguel Ruas a secundá-lo, também fruto da ausência de Américo Santos.

Não muito distante deste duo, João Cruz não desperdiçou a oportunidade de somar dois pontos para a sua contabilidade pessoal no campeonato, enquanto João Rito juntou ao triunfo no Agrupamento T8 um inesperado oitavo posto final – que talvez até pudesse ter sido mais positivo não fosse o muito tempo que perdeu atrás de Frederico Roque, obrigado a realizar quase toda a prova sem tracção traseira na Isuzu Rodeo.