WRC está de regresso com o Rali da EStónia
Depois de quase seis meses de interregno, o Mundial de Ralis está de regresso com o Rali da Estónia, que se realiza dentro de uma semana. Acabou-se o confinamento, as entrevistas por Zoom, os testes, as provas-teste. Agora é a sério novamente. Finalmente. E logo com um novo evento, o Rali da Estónia. À falta do Rali da Finlândia, as paisagens e o tipo de estradas vão ser facilmente reconhecidas pelos adeptos.
É um rali em que os pilotos passam 75% com o acelerador a fundo pelo que esperem muita velocidade, embora muito menos saltos do que na Finlândia.
Esta será a primeira viagem oficial à Estónia, com o espetáculo ao cronómetro a ‘contar’ para o campeonato está de novo na estrada. Meus senhores, apertem os cintos.
Todos aguardam com expetativa a noite da próxima sexta-feira pois o Mundial de Ralis está de volta! A abertura do Rally Estónia surge na forma de um troço de 1,28 km no limite da cidade anfitriã da prova, Tartu, que marcará o início de um rali rápido, que se espera frenético.
A pandemia não desapareceu, pelo que o pessoal ligado à prova será testado, tal coo sucede em todas as restantes competições.
As estradas à volta de Tartu são algumas das mais rápidas do mundo. No ano passado, Ott Tänak ganhou este evento com uma velocidade média de 120.30 km/h. Isso teria sido suficientemente rápido para chegar às 20 provas mais rápidas da história do WRC. E esse foi um evento de ‘teste’, sem contar para nada. Se o tempo ajudar, a velocidade média desta prova pode muito bem chegar ao top.
Ott Tänak, ‘jogar’ em casa, terá todos os olhos em si, é o herói local, mas infelizmente para ele, ao ocntrário do que sucedeu o ano passado, com as estradas cheias de adeptos a agitar bandeiras da Estónia, este ano tudo será muito controlado devido à Covid-19, mas não há nada que impeça os estónios que vivem perto dos troços, sair de casa e desfrutar.
Uma vitória de Tänak não é de descurar, mas não é o único favorito, sendo que na sua equipa vão estar Thierry Neuville e Craig Breen, com o belga também na luta. Na Toyota, Sébastien Ogier, Elfyn Evans e Kalle Rovanpera guiam os carros que melhor se têm dado em estradas rápidas, muito devido à aerodinâmica mais refinada dos Yaris WRC, e convém não esquecer que a M-Sport/Ford tem dois pilotos finlandeses, Teemu Suninen e Esapekka Lappi, muito habituados a estradas como as da Estónia.
Resumindo, para além do óbvio Tänak, Neuville pode surpreender, vai haver uma fascinante contenda intra-Toyota já que Sébastien Ogier, Elfyn Evans e Kalle Rovanperä têm todos o potencial para subir ao pódio. E por fim os finlandeses Esapekka Lappi e Teemu Suninen, pois não há dúvidas nenhumas quanto à velocidade do Fiesta WRC.
Como foi até aqui
Até aqui, realizaram-se três provas: Monte Carlo, Suécia e México. Três provas, três vencedores diferentes, Thierry Neubille (Hyundai) venceu em Monte Carlo, prova marcada pelo grave acidente de Ott Tanak (Hyundai). Na pouca neve da Suécia o triunfo foi para Elfyn Evans (Toyota), naquele que foi um dos ralis mais curtos da história do WRC. Por fim, no México ‘caliente’ e já afetado pelo susto inicial da pandemia de Covid-19, o vencedor foi Sébastien Ogier (Toyota), que também é o líder do campeonato. O francês soma 62 pontos, fruto de um 2º, 4º e triunfo no México. No segundo lugar está o seu companheiro de equipa Elfyn Evans (Toyota), com 54 pontos fruto de um 3º lugar no Monte Carlo, triunfo na Suécia e quarto lugar no México. Thierry Neuville (Hyundai) é terceiro com 42 pontos. O belga venceu em Monte Carlo, mas foi apenas sexto na Suécia e 16º no México.
Kalle Rovanpera (Toyota), no seu ano de estreia com um World Rally Car, é quarto, com 40 pontos. Foi quinto em Monte Carlo, foi ao pódio pela primeira vez no WRC na Suécia e foi quinto no México.
Depois do acidente de Monte Carlo, Ott Tanak foi segundo nas duas restantes provas e tem, por isso apenas 38 pontos. Seguem-se os dois pilotos da M-Sport/Ford, Teemu Suninen (26 pontos) e Esapekka Lappi (24).
Com a anulação de várias provas o WRC tem ainda para cumprir, em teoria, os ralis da Estónia, Turquia, Itália/Sardenha e Bélgica. Pode ainda surgir uma surpresa, a Croácia, mas para já não há nada oficial.