Regresso da Fórmula 1 a Portugal novamente na agenda

Por a 7 Junho 2017 15:37

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Ross Brawn afirmou em março que gostaria de ter uma corrida de Fórmula 1 extra-campeonato por ano para testar ideias para os fins-de-semana de Grandes Prémios. Na altura, o AutoSport levantou desde logo a hipótese: E se essa corrida fosse no Autódromo Internacional do Algarve? O circuito está pronto. Mas porque não sonhar ainda mais alto?

Ross Brawn não voltou a falar do assunto das corridas extra-campeonato, contudo, a reboque do facto da Liberty Media querer alargar o calendário do Mundial a partir de 2019, para mais de 21 corridas, porque não pensar em Portugal? Faz todo o sentido, o próprio Bernie Ecclestone já tinha mostrado abertura no passado, e foi o que revelou Carlos Barbosa nessa altura, em 2014.

Numa extensa entrevista à Notícias Magazine (DN/JN), Carlos Barbosa, presidente do ACP, falou da F1, e da abertura que Ecclestone demonstrava relativamente a ter F1 novamente em Portugal, mas que sem investimento isso nunca acontecerá: “A Fórmula 1 custaria qualquer coisa como 20 milhões por ano. O próprio Ecclestone quer voltar a Portugal, já mo disse, mas como tem quem lhe dê dinheiro nos países do Médio Oriente, praticamente o dobro, vai para lá. A Fórmula 1 é um negócio. Temos um circuito ótimo para a fazer, o Algarve. O Estado ia ter um retorno de 100 a 300 milhões. Não há dinheiro, não se pode ter vícios, como é evidente. Mas muitas vezes esbanja-se quando as verdadeiras coisas que podem dar um retorno muito grande ao país…”, disse ao DN/Notícias Magazine, em agosto de 2014.

É evidente que terá sempre que existir vontade política para que se possa sonhar sequer com uma prova de Fórmula 1 no Autódromo Internacional, mas durante um discurso de inauguração do hotel situado nas imediações do circuito algarvio, em setembro último, António Costa foi desafiado por Isilda Gomes, Presidente da Câmara Municipal de Portimão, a trabalhar para levar um Grande Prémio até ao AIA e o Primeiro-Ministro de Portugal não foi completamente antagónico à ideia: ”o que nos propôs é bastante aliciante, bastante empolgante, vale a pena prosseguir o trabalho”.

Portanto, a questão não é nova e nada mudou agora. Se houver dinheiro, Portugal é um país apetecível para receber a F1, tem um autódromo portentoso, numa zona que não é preciso explicar a ninguém o que é com o Turismo, nada ali falta para receber a disciplina, e com a Fórmula 1 muito menos faltaria público, pois com um evento destes não deixaria de vir gente de todos os cantos de Portugal, bem como da vizinha Espanha. Em termos de calendário, sabe-se que estão confirmados os regressos da Alemanha e França, no próximo ano, e se em 2014 se falou em 20 milhões por ano, talvez atualmente o valor não divergisse muito, mas pelos exemplos que temos quanto ao Rali de Portugal, em que foi preciso as Câmaras Municipais do ‘Norte’ se juntarem para ajudar a dar sequência à prova, não sabemos se a vontade do atual governo seria muito diferente.

O AIA está pronto para uma corrida de F1

O AIA goza de condições que lhe permitem, em condições normais pode receber a F1 em qualquer mês do ano. No inverno, ou no verão. O traçado português está a três horas de avião das bases das equipas de Fórmula 1, tem um aeroporto perto, no que diz respeito a questões climatéricas, apesar do improvável mau-tempo que se abateu sobre o AIA sempre que a Fórmula 1 o visitou, o Algarve é ainda conhecido pelo Sol e pelas temperaturas amenas que oferece aos seus visitantes, mesmo no inverno.

Em março, falámos com Paulo Pinheiro, CEO do Autódromo Internacional do Algarve (que ainda não foi possível contactar agora) e este reconheceu as vantagens de uma corrida de Fórmula 1, para toda a região e para o circuito, mesmo que na altura o assunto tenha sido o ‘tal’ Grande Prémio extra-campeonato. “Uma corrida de Fórmula 1 será sempre muitíssimo bom e interessante, seja para nós circuito seja para o turismo, já que o impacto económico é enorme e a exposição mediática também”, afirmou ao AutoSport.

No que diz respeito ao circuito em si, Pinheiro aponta que toda a estrutura está dimensionada para um Grande Prémio do Fórmula 1, e estava apenas à espera de uma última classificação da FIA devido às modificações regulamentares que tornaram os carros mais rápidos, que já aconteceu. “O circuito e as nossas infraestruturas estão prontos, ainda para mais agora com o hotel em funcionamento, temos todas as condições para receber uma corrida de Fórmula 1”, afirmou o líder do AIA.

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4 Comentários
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gambuzino
gambuzino
7 anos atrás

Epá, sou o primeiro a apoiar o regresso da F1 a Portugal e ainda para mais no AIA, mas daí até dizer que “o Estado ia ter um retorno de 100 a 300 milhões.”….. Acho que vai um otimismo um bocado grande, mas pronto!

ernie
ernie
Reply to  gambuzino
7 anos atrás

O estado não digo, mas o país talvez conseguisse os 100 milhões ou mais, porque a projecção internacional, pelo menos em termos de turismo, seguramente iria ser enorme e essa é a maior exportação que temos, e como tal a que devemos desenvolver mais, até porque desde que começaram as alterações climáticas mais a sério, já temos um clima bastante equilibrado o ano todo. Afinal o que é que o Azerbeijão tem em termos de oferta turística que nós não tenhamos melhor? Sinceramente, nem sei como ainda não tentaram trazer a Formula E ao Porto ou a Vila Real, que… Ler mais »

dumberdog
dumberdog
7 anos atrás

Se não estou em erro, o único autódromo nacional que tem actualmente a homologação mais alta da FIA, ou seja para organizar grandes prémios de F1 e não somente testes, é o autódromo do Estoril; embora, na minha opinião, essa seja uma mera formalidade no que toca ao AIA pois é de longe o mais moderno e mais apto a receber GPs de F1.
Em 2009, tanto a Mclaren como a Ferrari elogiaram as potencialidades do circuito, aquando dos testes de pré-temporada.

sidekick
sidekick
Reply to  dumberdog
7 anos atrás

O AIA fica longe pra caramba, lá para perto de África… Só em fuel e autobahns e + o resto deixava o ordenado! Pode ser se a geringonça vier a considerar essas despesas reembolsáveis…:P

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