F1, McLaren não acredita que a filosofia do seu carro os faça chegar ao topo
Depois das atualizações trazidas para o Grande Prémio da Hungria, o diretor técnico da McLaren, James Key, não acredita que exista potencial na filosofia do MCL36 para chegar ao topo.
A McLaren optou por jogar pelo seguro com os novos regulamentos técnicos de 2022, procurando manter as suas opções em aberto no que toca à definição de um caminho de desenvolvimento.
Porém, um problema nos travões atrasou imediatamente a equipa de Woking na ronda de abertura, no Bahrein, embora desde então a equipa se tenha estabelecido como uma das líderes do segundo pelotão, a par da Alpine, equipa com a qual trava uma luta incessante pelo quarto lugar no Campeonato de Construtores.
Contudo, Key explicou agora que a McLaren se tem de questionar a si própria sobre qual rumo seguir no futuro com o seu carro e precisam de analisar se esta filosofia de carro já deu tudo o que podia, deixando a McLaren realmente longe da Mercedes, Ferrari e Red Bull.
Quando questionado pelo GPFans sobre o que seria necessário para a McLaren se juntar ao primeiro pelotão, Key respondeu: “Penso que, para ser honesto, todos os carros têm um certo nível de potencial e desenvolvemos dentro desse potencial, até certo ponto”.
“As atualizações [trazidas para a Hungria] em que o carro parece bastante diferente é na verdade apenas o próximo passo lógico após as evoluções de Barcelona, e este trabalho já está a decorrer há bastante tempo”.
“Penso que se chega a um ponto em que se diz: ‘Será que o conceito do nosso carro atingiu o seu pico e agora precisamos de começar a procurar em novas direções?’”
Então, olhando para 2023, se a McLaren se quiser verdadeiramente juntar às equipas da frente, Key admite que a sua equipa “tem de, com toda a honestidade, começar a olhar em novas direções”.
“Otimizámos o máximo que pudemos agora e o próximo passo, é olhar para novas direções, que nos deem mais potencial para desenvolver”, acrescentou Key.
“Temos de desbloquear novas áreas de desenvolvimento e vamos olhar para isso pormenorizadamente no próximo ano. Porque, obviamente, há duas equipas que estão a mostrar o que é possível aqui [com os novos regulamentos]”.
Se a McLaren realmente quiser desafiar de topo na Fórmula 1 novamente, então não será simplesmente suficiente tentar copiar a filosofia do carro da Red Bull ou da Ferrari.
A Aston Martin provocou bastante polémica quando apresentaram um AMR22 com muitas alterações e com muitas semelhanças ao RB18, da Red Bull.
Em última análise, a Red Bull decidiu não tomar qualquer medida, com a Aston Martin a não se tornar uma ameaça para qualquer uma das equipas da frente, nem sequer para o segundo pelotão. Em vez disso, a equipa de Silverstone, mantém-se no nono lugar do Campeonato dos Construtores.
Assim, se a McLaren quiser dar um passo claro em direção ao topo, a equipa vai precisar das suas próprias inovações, ou pelo menos vai ter de se certificar de que otimizam, na totalidade, qualquer componente que introduzam no seu carro e que seja inspirada noutro.